sexta-feira, 28 de junho de 2013

Nasa testa robô que irá a Marte no deserto do Atacama

Zoe no deserto do Atacama, 26 de junho de 2013
Zoe, um protótipo do qual sairá um robô que a Nasa enviará em missão a Marte em 2020, faz testes de funcionamento no deserto do Atacama, no norte do Chile, que reúne as mesmas características físicas do planeta vermelho.
O robô explorador iniciou os testes com um primeiro trajeto em um terreno situado 2.300 metros sobre o nível do mar, em pleno deserto do Atacama, e sob o estudo de cientistas da Universidade de Carnegie Mellon dos Estados Unidos e da Universidade Católica do Norte do Chile.
"Começou em 15 de junho, percorreu 30 quilômetros. Testamos equipamentos deste protótipo para aproveitar as partes que sejam utilizáveis" que serão incorporadas ao robô que viajará em 2020, disse esta sexta-feira à AFP Guillermo Chong, pesquisador do Departamento de Ciências Geológicas da Universidade Católica do Norte.
O deserto do Atacama, o mais árido do mundo, foi usado pela agência espacial americana em ocasiões anteriores para testar outras unidades que viajaram em missões espaciais, graças à semelhança de sua superfície e condições climáticas com outros corpos celestes.
"A radiação ultravioleta, a 'hiperaridez', as mudanças de clima entre o dia e a noite, a falta de macrovida e a ausência de água" são algumas das analogias entre Marte e o deserto do Atacama, afirmou o pesquisador.
O protótipo, cujo movimento é controlado dos Estados Unidos, fará testes até o próximo domingo no deserto chileno.
Durante este tempo, Zoe buscará vestígios de microvida no deserto, enquanto os especialistas revisarão seus equipamentos como sensores usados para a detecção de vida, a definição de minerais que venham a ser coletados, a captação de energia e para tirar fotografias.
Zoe tem um peso aproximado de 771 quilos. Seu chassi é feito de alumínio e outras ligas, tem várias câmaras e na parte superior tem dois painéis solares, enquanto suas rodas são de bicicleta, mas o robô que irá a Marte terá rodas de metal, sustentou Chong.
O robô, que já foi testado em 2005 nestas paragens, também conta com um laboratório interno e uma broca que lhe permitirá fazer sondagens de até um metro de profundidade, mediante os quais poderá detectar microorganismos.
O investimento durante a fase de testes do protótipo chegará a 100.000 dólares. Fonte: Yahoo notícias

Japão recebe primeiro comboio de combustível nuclear desde Fukushima

Um comboio de combustível nuclear MOX que saiu da França em abril chegou nesta quinta-feira ao porto próximo à central de destino de Takahama (oeste do Japão).
Esta é a primeira carga deste combustível (uma mistura de óxidos de urânio e plutônio) que o Japão recebe desde o acidente nuclear na central de Fukushima, provocada pelo terremoto e tsunami de 11 de março de 2011.
O "Pacific Heron" e o "Pacific Egret", dois navios especializados idênticos, saíram do porto francês de Cherburgo em 17 de com destino ao Japão, seguindo um itinerário secreto.
Os navios são operados pela empresa britânica PNTL, filial da International Nuclear Services, o grupo francês Areva e empresas elétricas japonesas.
O combustível é transportado apenas em um dos navios (o outro o acompanha por precaução), em embalagens específicas de 30 cm de espessura que pesam uma centena de toneladas cada para 10 toneladas de material atômico, segundo a Areva, responsável pelo retratamento.
O comboio demorou dois meses e meio para chegar ao destino, onde foi recebido por 50 manifestantes antinucleares. Fonte: Yahoo Nótícias

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Falha no Facebook revelou e-mails e telefones de 6 milhões

CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, em evento

Uma falha em um software do Facebook compartilhou de forma involuntária os números de telefones e endereços de e-mails de seis milhões de usuários, admitiu a própria empresa nesta sexta-feira.

Nenhuma informação financeira vazou e "não há evidência de que esta falha tenha sido utilizada criminosamente", destacou o Facebook, lamentando o incidente.
Os usuários afetados foram notificados por e-mail e o impacto será, provavelmente, "mínimo", já que o acesso aos dados ocorreu apenas entre usuários que tinham conexões.
"Chegamos à conclusão de que os números de telefone e endereços eletrônicos de 6 milhões de usuários do Facebook foram compartilhados (...), mas não temos qualquer evidência de que este incidente foi explorado criminosamente e não recebemos queixas dos usuários". Fonte: yahoo notícias

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Nasa lança iniciativa para rastrear e capturar asteroides

Rocha de basalto lunar exposta no Museu de História Natural em Viena,  18 de junho de 2013
A Nasa lançou esta terça-feira uma ampla iniciativa que envolve as agências federais, a comunidade científica, o setor industrial, as universidades e o público em geral, com a finalidade de rastrear e localizar todos os asteroides que poderiam representar uma ameaça para o mundo.
O plano se insere nos "Grandes Desafios da Casa Branca", uma série de ambiciosos objetivos em nível nacional e internacional que requerem inovação e avanços científicos e tecnológicos.
Este "Grand Challenge" se baseia em colaboração multidisciplinar e em uma grande variedade de associações entre a Nasa e outras agências internacionais, assim como do governo americano, as empresas, as universidades e astrônomos amadores.
Este projeto se complementa com uma missão anunciada recentemente pela Nasa, na qual uma nave não tripulada capturará um asteroide e o rebocará até a órbita lunar, a fim de poder enviar astronautas para estudá-lo.
"A Nasa já trabalha no acompanhamento de asteroides que poderiam representar um perigo para o nosso planeta e, apesar de termos encontrado 95% dos maiores (com mais de um quilômetro de diâmetro), cuja órbita está perto da Terra, temos que detectar a todos", declarou a administradora adjunta da Agência Federal americana, Lori Garver.
"O 'Grande Desafio' se concentra na detecção de (...) asteroides e no que fazer em caso de uma ameaça potencial", explicou. "Neste contexto, vamos aproveitar a participação do público e sua capacidade de inovação e dos cidadãos científicos para ajudar a resolver este problema global".
Asteroides de diferentes tamanhos, resíduos da formação do Sistema Solar, circulam nos arredores da Terra.
A Nasa já detectou quase todos estes objetos celestes com mais de um quilômetro de diâmetro, um dos quais causador da extinção dos dinossauros, ao colidir com a Terra há 65 milhões de anos.
Os cientistas afirmam que uma colisão com um destes grandes objetos é muito rara e nenhum dos já detectados representa um risco previsível no futuro.
Embora os grandes asteroides sejam facilmente identificáveis, detectar outros menores e mais numerosos é mais difícil.
O Congresso americano pediu à Nasa em 2005 que detectasse todos os asteroides com mais de 140 metros de diâmetro que potencialmente podem destruir uma cidade grande.
Segundo a Nasa, há provavelmente 25.000 asteroides com pelo menos 100 metros de diâmetro ao redor da órbita terrestre. Só foram detectados 25% deles.
A caça de asteroides ganhou maior urgência desde 15 de fevereiro, no dia de uma passagem antecipada de um destes objetos muito perto da Terra e da surpreendente queda de um asteroide de 15 metros de diâmetro na Rússia.
Este último, ao se desintegrar, provocou uma onda de choque que quebrou muitas janelas, ferindo centenas de pessoas.
Em um contexto de orçamento curto, a Nasa também se esforça por desenvolver outros sistemas capazes de localizar objetos celestes pequenos.
Além disso, financia um projeto da Universidade do Havaí chamado Atlas (Sistema de Alerta do Impacto Terrestre de Asteroides), que vasculhará todo o céu a cada noite e detectará asteroides com diâmetro de 45 metros uma semana antes de um impacto na Terra.
Para os asteroides de 150 metros de diâmetro, este sistema, que poderia funcionar em 2015, dará a voz de alerta três semanas antes.
Ex-cientistas da Nasa deram em 2012 o pontapé inicial à Fundação B612 para financiar, construir e lançar o primeiro telescópio espacial privado para rastrear asteroides e "proteger a humanidade", capaz de eliminar a maioria destes objetos ainda invisíveis. Fonte: Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Explosão em fábrica química mata 1 e fere 73 nos EUA

GEISMAR, Estados Unidos, 13 Jun (Reuters) - Uma explosão e um incêndio deixaram um morto e 73 feridos nesta quinta-feira na fábrica química Williams Olefins, em Geismar, nos Estados Unidos, e as autoridades dessa cidade industrial determinaram à população que não saia às ruas nas próximas horas por causa da fumaça.
A explosão ocorreu às 8h37 (10h37 em Brasília), provocando uma enorme bola de fogo e uma coluna de fumaça. A fábrica, à margem do rio Mississippi, a cerca de 100 quilômetros de Nova Orleans, é uma das 12 instalações industriais químicas em um trecho de 16 quilômetros do rio.
O incêndio, alimentado por propileno petroquímico, ardeu por mais de três horas, mas os técnicos do governo ainda não detectaram níveis perigosos de emissões, segundo o governador da Louisiana, Bobby Jindal, que concedeu entrevista coletiva perto do local.
Cerca de 300 funcionários foram retirados da fábrica, que interrompeu suas operações. As autoridades declararam toque de recolher em um raio de 3 quilômetros do local.
(Reportagem de Karen Brooks, Francesca Trianni, Kathy Finn, Jonathan Leff, Michael Pell e Robert Gibbons) Fonte: yahoo notícias

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Cortar emissões de HFCs poderia conter aquecimento em até 0,5ºC

Imagem da NASA de dezembro de 2012 mostra luzes das cidades na Europa, África e Ásia
Eliminar os "super gases estufa", que grandes emissores como China e Estados Unidos concordaram em restringir, poderia conter o aquecimento global em até meio grau Celsius até 2050, revelou um relatório publicado esta quarta-feira.
Divulgado às margens das negociações climáticas da ONU em Bonn, o relatório destacou que um novo acordo sino-americano para reduzir as emissões de hidrofluorcarbonos (HFCs) "pode fazer a diferença".
"Se conseguirmos remover os HFCs, teríamos benefícios significativos", disse a jornalistas em Bonn Bill Hare, diretor do 'think tank' Climate Analytics, co-autor do estudo.
Se os HFCs forem eliminados globalmente, isto "poderia resultar em uma redução do aquecimento entre 0,1 e 0,5 grau Celsius", afirmou.
O cálculo se baseia em uma contenção mundial que, até 2020, poderia poupar a atmosfera de emissões anuais equivalentes a cerca de 300 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) ou aproximadamente o que a Espanha emite em um ano.
Os HFCs são usados em refrigeradores, aparelhos de ar condicionado e solventes industriais como alternativa aos clorofluorcarbonos (CFCs) e hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), produtos químicos que destroem a camada de ozônio.
Geradas especialmente pela produção em países em desenvolvimento, as emissões de HFCs têm uma perspectiva de crescimento da atual uma gigatonelada (1 Gt, ou seja, um bilhão de toneladas) de CO2 equivalente (CO2e) por ano, para de quatro a nove GtCO2e ao ano em 2050.
Os Estados Unidos e a China são hoje os principais emissores de gases de efeito estufa, e respondem juntos por mais de 40% das emissões globais.
O relatório também advertiu que o aquecimento global tem a probabilidade de exceder, talvez até dobrar, a meta de 2ºC estabelecida pela ONU para uma mudança climática administrável.
Com base em diferentes relatórios sobre tendências de emissões, o mundo provavelmente ficará 3,8ºC mais quente em 2100, com 40% de probabilidade de exceder os 4ºC, e 10%, os 5ºC, alertou o estudo.
"Estamos nos defrontando com uma imagem muito perturbadora", disse Hare.
"Estamos ficando cada vez mais céticos de que os compromissos (dos governos) serão totalmente implementados", acrescentou.
O relatório foi divulgado na última rodada das negociações climáticas globais em Bonn, que têm tropeçado em objeções procedimentais dos russos.
O processo atual da ONU, que visa a um novo acordo em 2015 para conter as emissões de gases-estufa causadoras do aquecimento global, tem sido contido desde o princípio por minúcias, contendas e defesas de interesses nacionais.
Desta vez, a Rússia, apoiada por Belarus e Ucrânia, congelou o trabalho de um dos três corpos técnicos, o Corpo Subsidiário de Implementação (SBI em inglês), que pretende apresentar um importante trabalho de campo na próxima rodada das conversas climáticas da ONU, prevista para novembro, em Varsóvia.
O SBI tem a tarefa de mensurar os avanços feitos rumo à redução de emissões alteradoras do clima e esboçar o próximo orçamento para o secretariado da Convenção-quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), sob cujos auspícios as negociações climáticas globais são celebradas.
Moscou exasperou-se por considerar que suas objeções foram ignoradas no último grande encontro anual, celebrado em Doha, em dezembro do ano passado, pelo presidente catari da conferência, que aprovou um acordo estendendo o Protocolo de Kyoto até 2020 para conter as emissões de gases-estufa.
A decisão de Doha paralisou a venda planejada por Moscou de 5,8 bilhões de toneladas de créditos de carbono, acumuladas durante a primeira rodada do protocolo, que expirou no final de 2012 . fonte Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

domingo, 9 de junho de 2013

Telescópio ALMA capta 'armadilha de poeira' da formação de planetas

Telescópio ALMA é visto em 13 de março de 2013
Uma "armadilha de poeira", captada em torno de uma jovem estrela, poderia explicar o processo de formação dos planetas, informou nesta quinta-feira o Observatório Europeu Austral (ESO), que opera o potente radiotelescópio ALMA, no norte do Chile.
Graças ao Grande Conjunto de Radiotelescópios do Atacama (ALMA, na sigla em inglês), o maior do mundo, uma equipe de astrônomos descobriu uma área no disco de poeira que rodeia uma estrela onde as partículas podem crescer por acúmulo.
O grupo liderado por Nienke van der Marel, da Universidade de Leiden (Holanda), captou uma imagem do disco de poeira que rodeia o sistema estelar "Oph-IRS 48" e encontrou uma área onde os grãos de maior tamanho estavam presos e tinham crescido muito.
Esta área, que denominaram de "armadilha de poeira", é a chave que poderia explicar como se formam os planetas, um mistério que a ciência ainda precisa resolver.
"Este tipo de armadilhas de poeira seria realmente o berço de planetas recém-nascidos", disse Van der Marel.
Até agora, os astrônomos sabiam que os planetas nascem nos discos de poeira que rodeiam as estrelas pelo acúmulo de poeira. No entanto, não conheciam bem o processo, já que embora as partículas de poeira se choquem constantemente, também se destroem quando voltam a se chocar, retornando ao tamanho mínimo.
A descoberta desta "armadilha de poeira", publicada na edição de sexta-feira da revista Science, explicaria como as partículas encontram refúgios dentro do anel de poeira para crescer e ganhar tamanho sem ser destruídas até alcançar o tamanho de cometas, planetas e outros corpos rochosos.
NO caso do sistema estelar "Oph-IRS 48", Van der Marel explicou que "é provável que estejamos observando uma espécie de fábrica de cometas, já que as condições são adequadas para que as partículas cresçam de um tamanho milimétrico até o de um cometa".
Segundo a astrônoma, embora seja difícil que no caso que eles estudaram um planeta possa se formar - estes costumam se formar a uma distância menor da estrela -, "em um futuro próximo o ALMA poderá observar armadilhas de poeira mais próximas de sua estrela anfitriã, nas quais funcionam os mesmos mecanismos".
O ALMA, com 66 antenas de 7 a 12 metros de diâmetro, fica na árida Planície Chajnantor, mais de 5.000 metros acima do nível do mar, nas proximidades do povoado de San Pedro de Atacama, 1.600 km ao norte de Santiago. Fonte: Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 4 de junho de 2013

Avião solar completa terceira etapa da travessia americana

Solar Impulse


O avião Solar Impulse, primeira e única aeronave movida por energia solar, decolou do Texas (sul dos EUA) na segunda-feira e pousou no Missouri (centro), usando um "revolucionário" hangar inflável no aeroporto de Saint Louis, devastado pelos tornados que castigaram esta região do país.
"Tenho a impressão de voltar de outro mundo", afirmou o piloto da aeronave, o suíço Bertrand Piccard, ao pousar no Missouri.
A terceira etapa, das cinco previstas pelos criadores, Piccard e André Borschberg, para atravessar o território dos Estados Unidos, começou na semana passada na Califórnia.
O objetivo é promover a tecnologia deste avião que depende de 12.000 células fotovoltaicas para produzir eletricidade suficiente como para carregar sua bateria de lítio de 400 quilos, necessária para alimentar os motores elétricos a hélice de 10 cavalos de força, tanto de dia quanto de noite.
Depois de deixar Missouri, a aeronave se dirigirá ao aeroporto Dulles, perto da capital Washington, em meados de junho, e finalmente, chegará no aeroporto Kennedy de Nova York em julho.
A parada em St. Louis "é muito importante e simbólica" para os organizadores da travessia, pois é uma forma de prestar homenagem ao pioneiro da aviação Charles Lindbergh e seu "Spirit of St. Louis", o primeiro avião que voou de Nova York a Paris sem escalas.
O trecho entre Texas e Missouri é o mais longo realizado por Piccard até o momento com a aeronave.
A unidade permanecerá entre uma semana e dez dias em cada parada, onde o público poderá ver o avião e fazer perguntas aos pilotos e outros participantes do projeto.
O Solar Impulse, projeto iniciado há dez anos, fez seu primeiro voo em junho de 2009.
Em 2010, o avião solar voou 26 horas ininterruptas para demonstrar sua capacidade de acumular energia suficiente durante o dia para continuar voando à noite.
Um ano depois, a aeronave fez o primeiro voo internacional entre Bélgica e França e em junho de 2012, a primeira viagem transcontinental de 2.500 km entre Madri (Espanha) e Rabat (Marrocos) em 20 horas.
O aeroplano é particularmente sensível a turbulências e não tem espaço para passageiros, mas Piccard insistiu em que estas questões não são contratempos, mas desafios para o futuro.
Piccard e Borschberg preveem dar a volta ao mundo em 2015 com uma versão melhorada deste dispositivo. Fonte: Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

sábado, 1 de junho de 2013

ONU não vê risco de aumento de casos de câncer em Fukushima

Viena, 31 mai (EFE).- A ONU não espera um aumento de casos de câncer pelo acidente da central atômica de Fukushima em 2011, embora reconheça que o medo da radiação significa para a população uma forte carga psicológica, que pode ocasionar doenças.
Essa é uma das conclusões de um relatório elaborado pelo Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação Atômica (Unscear) divulgado nesta sexta-feira em Viena.
Segundo Wolfgang Weiss, coordenador da equipe de autores do estudo, a evacuação em massa após o acidente fez com que os níveis de radiação recebidos pela população fossem dez vezes menores do que se a população tivesse ficado na zona mais afetada pelo vazamento radioativo.
"Reduziram-se as doses a níveis que são tão baixos que não esperamos ver nenhum aumento de câncer no futuro", disse o físico alemão em um encontro com jornalistas.
Weiss explicou que no relatório foram levados em conta duas substâncias contaminantes, o iodo, de curta duração, e o césio, ativo por mais tempo.
Em ambos os casos, de acordo com o relatório, não há motivo para preocupação, com a informação disponível atualmente, com o aumento de casos de tumores.
Especialmente em relação ao iodo, substância especialmente perigosa para as crianças e que pode causar câncer de tireoide.
As doses da substância detectadas no entorno de Fukushima foram muito menores do que após a catástrofe nuclear de Chernobyl, em 1986.
Segundo Weiss, o relatório atualiza os dados e a metodologia do estudo apresentado em fevereiro passado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que advertia para uma possibilidade de aumento no risco de casos de câncer.
O físico alemão explicou que quando a OMS fez seu relatório "não tinha uma visão completa" da situação e que o novo estudo conta com mais dados que indicam que as doses de radiação foram menores.
Apesar dos aspectos positivos das conclusões do novo relatório, Weiss advertiu que a percepção por parte da população afetada no Japão é mais pessimista.
"Nossos argumentos se baseiam na ciência. Os argumentos da população afetada não se baseiam na ciência mas no suposto efeito desses níveis de radiação, e isto causa estresse e todo tipo de problemas psicológicos no país", analisou.
Weiss destacou além disso que os estudos e controles de saúde após o acidente de Fukushima não acabam com este relatório e seguirão durante vários anos.
Ao todo, 80 especialistas de 18 países elaboraram o estudo da Unscear, cuja versão final será apresentada em outubro no Japão.
O relatório conta com o apoio de outros organismos da ONU, como OMS, Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). EFE Siga o Fonte: Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook