segunda-feira, 16 de março de 2015

EUA e Irã negociam intensamente programa nuclear

John Kerry (e) e Mohammad Zarif reúnem-se em Lausanne

O secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, negociaram intensamente nesta segunda-feira a fim de alcançarem até o fim de março um acordo histórico sobre o programa nuclear de Teerã.
As duas autoridades, de países que não têm relações diplomáticas há 35 anos, discutiram com suas delegações durante quase cinco horas em um palácio de Lausanne, na Suíça.
Kerry e Zarif, que nutrem uma certa proximidade alimentada por meses de contatos e negociações, conversaram a sós por 20 minutos, segundo um diplomata americano.
Depois de 12 anos de tensões internacionais e 18 meses de negociações entre a República Islâmica e as potências do grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França, China e Alemanha), foi decidida a data de 31 de março como último prazo para um acordo político que garanta que o Irã não construirá uma bomba atômica.
A partir de então, deve ser alcançado um acordo completo que inclua os detalhes técnicos até 1º de julho.
Com o acordo, seriam suspensas as sanções internacionais impostas a Teerã pelo enriquecimento de urânio, um processo que pode resultar na fabricação da bomba atômica.
Zarif viajará ainda hoje para Bruxelas, onde se reunirá às 17h15 (12h15 no horário de Brasília) com a chefe da diplomacia europeia Federica Mogherini e, em seguida, com seus homólogos alemão, Frank Walter Steinmeier, francês, Laurent Fabius, e britânico, Philip Hammond, segundo um comunicado da UE.
Pouco antes desta reunião, Mogherini advertiu que as duas próximas semanas serão "fundamentais" a fim de "encontrar um terreno comum para um bom acordo". Por sua vez, Hammond considerou que apesar de as partes "terem se aproximado, resta um longo caminho" a percorrer.
Mais otimista, John Kerry expressou no domingo sua "esperança de que, nos próximos dias, isso seja possível", sem esconder "as diferenças significativas" entre o 5+1 e Teerã.
Domingo, Zarif também havia manifestado sua expectativa de "encontrar soluções nos próximos dias", a duas semanas para o fim do prazo.
Desacordos
Sobre o ritmo da suspensão das sanções, o Irã e o 5+1 discordam. Teerã quer a retirada de uma só vez de todas as medidas punitivas adotas nos últimos anos pela ONU, Estados Unidos e União Europeia, que o sufoca economicamente e isola diplomaticamente.
O presidente americano, Barack Obama, prometeu várias vezes que faria tudo, inclusive militarmente, para impedir o Irã de possuir um dia a bomba atômica.
Mas desde setembro de 2013 e uma conversa por telefone com seu colega iraniano, Hassan Rohani, tem privilegiado o caminho da diplomacia com Teerã e se reconciliou com o poder xiita, uma prioridade de sua política externa.
Para o desgosto de Israel, que se opõe a qualquer acordo e a uma possível reconciliação entre seu inimigo Irã e seu aliado americano.
Um possível avanço histórico na questão nuclear iraniana, no entanto, desencadeou protestos no Congresso americano, controlado pelos republicanos.
"Aparentemente, o governo está prestes a concluir um acordo muito ruim com um dos piores regimes do mundo, permitindo-lhe manter a sua infraestrutura nuclear", denunciou no domingo o líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell.
Diante da hostilidade dos legisladores americanos, a ala dura do Irã também se posicionou, com o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, apontando na semana passada uma "traição" de América.
nr-burs/pjt/alc/mr F0nte: Yhaoo Noticias

quinta-feira, 12 de março de 2015

Nasa se prepara para lançar missão que estudará campo magnético da Terra

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Washington, 12 mar (EFE).- A missão pioneira da Nasa para estudar a interação do campo magnético da Terra com o de outros corpos celestes, como o Sol, está pronta para partir, confirmou nesta quinta-feira a agência espacial americana.
O lançamento está previsto para as 22h44 locais (23h44 de Brasília) das instalações da Nasa na base de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA).
Os quatro observatórios espaciais idênticos que compõem o Sistema Multiescala Magnetosférico (MMS, sigla em inglês), que partirá em uma missão de dois anos, estão já a bordo de um foguete Atlas V.
A Nasa informou que a previsão meteorológica continua favorável em 70% e que o lançamento deve durar cerca de meia hora.
A missão proporcionará a primeira vista tridimensional da reconexão magnética da Terra com o Sol, um processo que ajudará a entender como se conectam e desconectam os campos magnéticos no universo.
Os cientistas esperam obter dados sobre a estrutura e a dinâmica da energia trocada pelos campos magnéticos quando estes se encontram, um momento no qual há uma liberação explosiva de energia.
A reconexão magnética produz fenômenos como as auroras, quando o vento solar penetra em nosso "escudo protetor" e as partículas de energia liberadas entram no campo magnético da Terra.
A missão MMS utilizará a magnetosfera da Terra como um laboratório para estudar a reconexão magnética, a aceleração de partículas energéticas e a turbulência.
"Com a MMS teremos a oportunidade de ver, pela primeira vez, a reconexão magnética de dentro, justo quando ela ocorre", disse Jim Burch, vice-presidente da Divisão de Engenharia e Ciência Espacial do Instituto de Pesquisa Southwest e principal pesquisador da missão.
Além disso, Burch destacou a importância desse projeto "para a pesquisa da fusão nuclear, onde a reconexão magnética demonstrou ser um sério obstáculo para o aproveitamento desta fonte potencial de energia", disse em comunicado.
A nave espacial MMS inclui 100 instrumentos, 25 em cada unidade, que foram construídos com sensores de grande capacidade que lhes permitirá fazer medições 100 vezes mais rápido do que é possível até agora.
A missão começará a enviar dados à Terra em setembro e está previsto que funcione durante dois anos, mas a Nasa não descarta ampliar sua vida útil. EFE Fonte: Yahoo Notícias

terça-feira, 10 de março de 2015

Argentina fabricará drones para seu sistema de defesa

Drone é visto em mostra de tecnologia no Centro de Convenções de Las Vegas, EUA, no dia 8 de janeiro de 2015

A Argentina iniciará a fabricação de drones para integrá-los a seu sistema de defesa, em um projeto envolvendo 2,095 bilhões de pesos (238 milhões de dólares), anunciou nesta terça-feira o Diário Oficial.
O contrato foi firmado entre o ministério da Defesa e a INVAP, empresa estatal dedicada à criação e ao desenvolvimento de sistemas tecnológicos complexos.
A INVAP, que desenhou o satélite argentino lançado em outubro passado, terá a sua disposição o orçamento de 238 milhões de dólares para criar o Sistema Aéreo Robótico Argentino (SARA).
A acordo prevê o uso de drones - de vários tamanhos e com autonomia de entre 12 e 20 horas de voo - inclusive para equipar navios da Marinha para operações de busca.
Na América Latina, o Brasil utiliza drones há dois anos nas Forças Armadas e na Polícia Federal. Fonte: Yahoo Notícias

segunda-feira, 9 de março de 2015

Solar Impulse 2 inicia em Abu Dhabi uma volta ao mundo histórica

(Foto: Reuters)(Foto: Reuters)

O avião Solar Impulse 2, que funciona exclusivamente com energia solar, iniciou nesta segunda-feira em Abu Dhabi uma volta ao mundo sem precedentes, na qual promoverá o uso das energias renováveis e testará a resistência dos pilotos.

"Começou a aventura", declarou o piloto suíço Bertrand Piccard após a decolagem do avião, comandado na primeira etapa por seu compatriota André Borschberg.
A aeronave revolucionária, que não utiliza nenhum combustível, decolou às 7h12 locais (0h12 de Brasília), antes do nascer do sol, no pequeno aeroporto de Al Bateen, na capital dos Emirados Árabes Unidos.

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O Solar Impulse 2 segue rumo ao leste e sua primeira escala é Mascate, capital do sultanato de Omã, onde deve pousar no fim do dia. O trajeto de quase 400 km deve durar 12 horas.
Após duas horas e 15 minutos de voo, o Solar Impulse 2 já havia percorrido 13% do trajeto até Mascate, segundo André Borschberg.
O piloto conversou com a imprensa e ligou para esposa, segundo o site da missão.
"O desafio a seguir é real para mim e para a aeronave", disse o piloto de 63 anos pouco antes da decolagem.
"É um desafio humano", destacou.
Vestidos com uniformes de cor laranja, os dois pilotos, Borschberg e Piccard, fizeram as últimas inspeções durante a noite.
Borschberg entrou na cabine do avião sob os aplausos de toda a equipe.
O início da missão, previsto para sábado, foi adiado pelos fortes ventos na região de Abu Dhabi durante o fim de seman.
A volta ao mundo em 12 etapas é o resultado de 13 anos de pesquisas de Borschberg e Piccard, que além da façanha científica querem transmitir uma mensagem política.
"Queremos compartilhar nossa visão de um futuro limpo", declarou Piccard, para quem esta missão deve contribuir para a luta contra o aquecimento global.
"A mudança climática oferece uma fantástica oportunidade para levar ao mercado novas tecnologias verdes, que ajudarão a preservar os recursos naturais de nosso planeta, criar postos de trabalho e sustentar o crescimento econômico", disse.
A aeronave, coberta com 17.000 células solares que cobrem asas de 72 metros e alimentam seus quatro motores elétricos de hélice.
O SI2, concebido em fibra de carbono, não pesa mais de 2,5 toneladas, tanto quanto um jipe com tração nas quatro rodas, menos de 1% do peso do Airbus A380.
O Solar Impulse 2, que voará a até 8.500 metros de altitude, seguirá depois de Omã para as cidades indianas de Ahmedabad e Varanasi. Depois irá a Mandalay, em Mianmar, Chongqing e Nanquim, na China, antes de cruzar o Pacífico com uma escala no arquipélago americano do Havaí.
Piccard e Borschberg irão parar posteriormente em Phoenix e Nova York, de onde partirão ao sul da Europa ou ao norte da África, última escala antes do retorno a Abu Dhabi, no fim de julho ou início de agosto. Fonte: Yahoo Notícias

sábado, 7 de março de 2015

Google trabalha em versão do Android destinada à realidade virtual

Sede da Google, na cidade americana de Mountain View
A gigante americana da internet Google trabalha em uma versão de seu sistema operacional Android destinada à realidade virtual, publicou neste sábado o "Wall Street Journal (WSJ)".
O grupo Mountain View (Califórnia), que não quer perder o trem deste mercado promissor, formou uma equipe de engenheiros cuja função será desenvolver este sistema operacional para que ele seja integrado a futuros dispositivos e aplicativos de realidade virtual, explica o jornal, citando duas fontes.
A Google já recrutou 10 engenheiros para uma divisão específica, que será dirigida por Clay Bavor.
Esta versão do Android será compatível com os sistemas operacionais de outros terminais (smartphones, tablets, objetos conectados) e representará uma oportunidade para que os desenvolvedores ofereçam seus aplicativos, diz o WSJ, assinalando que a Google planeja disponibilizar o sistema gratuitamente.
O objetivo da Google é se antecipar ao concorrente Facebook, que desenvolve seu próprio acessório de realidade virtual, com seu próprio sistema operacional, como a Apple com o iPhone.
Como os concorrentes, a Google aposta no auge da realidade virtual, onde investe com força.
No salão de videogames de San Francisco, realizado esta semana, a realidade virtual foi o destaque. A Sony anunciou que irá comercializar seus óculos, Morpheus, a partir de 2016. Outras, como a Microsoft (HoloLens) e a fabricante de celulares taiuanesa HTC, também estão na corrida. Fonte: Yahoo Notícias

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Japão desenvolve submarino capaz de descer a profundidade recorde de 12km

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Tóquio, 25 fev (EFE).- O Japão está desenvolvendo um submarino tripulado capaz de submergir a uma profundidade recorde de 12 quilômetros e destinado a explorar o fundo marinho, informou nesta quarta-feira o jornal japonês "Asahi".
O submarino Dubbed Shinkai 12000 será capaz de submergir abaixo dos 10.911 metros, o ponto mais profundo do oceano conhecido até o momento, na Fossa das Marianas.
O submarino, que está sendo desenvolvido com fins científicos, deveria estar em operação no final da década de 2020, segundo apontou a Agência japonesa de ciência e tecnologia terrestre e marítima, líder do projeto de desenvolvimento.
A missão do submarino será buscar recursos naturais e organismos no fundo marinho.
A cabine da tripulação será uma esfera de vidro endurecido de dois metros de diâmetro com uma espessura de entre 5 e 10 centímetros.
O grande desafio do projeto será garantir a durabilidade do vidro, que em profundezas extremas pode se romper com um mínimo arranhão, explicou a agência.
O aparelho terá capacidade para seis tripulantes, contará com banheiro e um espaço de descanso e poderá realizar missões de dois dias.
Até agora, o submarino destas características mais potente no Japão é o Shinkai 6500, criado há mais de 25 anos e capaz de submergir a 6,5 mil metros.
Países como a Rússia e França contam com submersíveis que podem alcançar profundezas de 6 mil metros, e China possui um que alcança os 7 mil metros. EFE  Fonte:  Yahoo Notícias

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Japão cria relógios de precisão que desajustam a cada 16 bilhões de anos

Pesquisadores japoneses anunciaram terem criado dois relógios de tal precisão que irão desajustar um segundo a cada 16 bilhões de anos, um tempo superior à própria existência do planeta Terra.
Os chamados instrumentos "criogênicos de redes ópticas" não são bonitos - mais parecem um macrocomputador do que um relógio tradicional -, mas presumem uma precisão que não pode ser medida pelos relógios atômicos atuais, que definem a duração de um segundo.
De acordo com a equipe de pesquisadores dirigida por Hidetoshi Katori, professor na Universidade de Tóquio, estes aparelhos são muito mais precisos que o relógio atômico de césio empregado para definir a duração do segundo, que se desajusta a cada 30 milhões de anos.
Os novos relógios superam, além disso, a precisão do relógio atômico apresentado em agosto de 2013 por pesquisadores americanos, e que perdia um segundo a cada 13,8 bilhões de anos.
O sistema revelado pelos pesquisadores japoneses é tão delicado que deve funcionar em um ambiente extremamente frio, de -180 graus Celsius, para reduzir o impacto de ondas eletromagnéticas e manter o nível de precisão.
Este novo avanço pode ter implicações importantes na localização por satélite (GPS), baseada na diferença de tempo, e na quantificação da temperatura e de forças como a gravidade ou campo magnético. Fonte: Yahoo Notícias