sábado, 3 de novembro de 2012

Toxina de veneno de cascavel é eficaz contra câncer, indica estudo do Butantã



Rio de Janeiro, 1 nov (EFE).- Uma substância extraída do veneno da cascavel pode aumentar a expectativa de vida de pacientes com câncer de pele, segundo experimentos realizados por pesquisadores brasileiros, por enquanto em ratos de laboratório.
A cromatina, uma proteína isolada do veneno desta serpente sul-americana, aumentou em até 70% a sobrevivência de ratos com câncer de pele (melanoma), informou nesta quinta-feira o Instituto Butantã, responsável pela descoberta.
A proteína também ajudou a retardar significativamente o desenvolvimento do tumor ou inclusive a inibir sua formação totalmente, segundo o Butantã, instituto vinculado à Secretaria de Saúde do estado de São Paulo.
Os responsáveis pelo estudo inédito descobriram que a proteína é capaz de induzir a morte das células, mas que sua ação tóxica é exclusiva sobre as células do melanoma, ou seja, que não afeta outras células do organismo.
O Instituto Butantã, um organismo especializado no estudo de animais venenosos como serpentes, aranhas e escorpião, se destacou pelo desenvolvimento de diferentes remédios e vacinas a partir de substâncias extraídas dos venenos.
Segundo os pesquisadores do Butantã, a cromatina tem grandes vantagens em comparação com outras drogas para tratar o câncer devido a que é facilmente solúvel em diferentes substâncias e a que não provoca graves reações alérgicas.
A substância, além disso, aparentemente não interfere no processo de divisão celular das células normais, ao contrário de outras drogas anticancerígenas, que se acumulam dentro do tumor.
Isso devido a que a cromatina apenas permanece por 24 horas dentro do tumor.
Essa mesma característica, segundo o Butantã, permite pensar no desenvolvimento de uma futura droga que apenas teria que ser aplicada em uma dose diária para tratar o câncer.
Como a substância diferencia as células cancerígenas das normais, os pesquisadores também a estão testando como ferramenta biotecnológica para detectar essas diferenças e ajudar no desenvolvimento de novos remédios de combate ao câncer.
"Dessa forma demonstramos que a cromatina serve como protótipo para o desenvolvimento de novas drogas com propriedades parecidas", explicou a pesquisadora Irina Kerkis, coordenadora do projeto, em declarações citadas no comunicado.
Os pesquisadores admitem que ainda é preciso realizar outros testes em animais e até em humanos para pensar na possibilidade do desenvolvimento de um novo fármaco.
A prioridade, no entanto, é poder sintetizar a proteína, ou seja, produzi-la em laboratório sem ter de extraí-la do veneno, antes de experimentá-la em humanos.
"A partir de então poderemos realizar os testes clínicos (com humanos), desde que todos os resultados sejam bem-sucedidos. Poderemos ter remédios contra o melanoma e outros tipos de câncer em até cinco anos", segundo Irina. EFE Fonte Yahoo notícias

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Regras rigorosas para a banda larga começam a valer hoje, e a Anatel está de olho

asharkyu/Shutterstock
asharkyu/Shutterstock

Ano passado, a Anatel aprovou regras rigorosas para a banda larga brasileira, tanto fixa quanto móvel, para garantir maior velocidade e atendimento melhor. Estas regras passam a valer hoje, para provedores com mais de 50.000 usuários.
Quando dissemos há um ano que a banda larga poderia virar serviço de excelência no Brasil, muita gente duvidou. E com razão: na época, as novas regras eram só uma promessa. Agora elas entram em vigor – e a Anatel está de olho.
A velocidade média da banda larga deverá ser de, pelo menos, 60% do contratado durante o mês. Essa exigência não existia antes. E o serviço não pode cair em 99% do tempo no mês (98% para banda larga móvel).
Além disso, a velocidade instantânea – isto é, medida em qualquer momento – deve ser de pelo menos 20% do contratado. Até ontem, todo provedor tinha que garantir só 10%. Ainda há limitações para a latência, jitter e perda de pacotes.
Mas como a Anatel vai monitorar isso? A agência vai distribuir 12.000 equipamentos para aferir a qualidade da banda larga fixa em todo o país, nos provedores: Oi, Net, Vivo, GVT, Algar (CTBC), Embratel, Sercomtel e Cabo.
O equipamento, chamado Whitebox, se conecta ao roteador e envia dados de velocidade à Anatel (nada de dados pessoais, no entanto). Você pode se inscrever para recebê-lo em casa acessando www.brasilbandalarga.com.br. Lá você também pode enviar seus dados de velocidade, através de um plugin Java.
eaq

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Greenpeace denuncia roupas com substâncias químicas potencialmente perigosas

 Foram submetidas a teste 14 peças de roupa para mulheres e crianças
A roupa impermeável para esportes ou atividades ao ar livre contém elementos químicos potencialmente perigosos para a saúde e o meio ambiente, alertou nesta segunda-feira a organização ambientalista Greenpeace.
"No total, foram submetidas a teste 14 peças de roupas para mulheres e crianças de marcas 'outdoor' com compostos perfluorados (PFC) e outros produtos tóxicos", explica o Greenpeace em seu site alemão.
Foram encontrados PFC em todas as peças da marca Gore-Tex, por exemplo.
Os compostos perfluorados são polímeros químicos usados por sua resistência ao calor, por sua impermeabilidade e pela capacidade para afastar o pó. Estão presentes em inúmeros objetos da vida diária como tecidos antiaderentes, produtos contra manchas ou certas embalagens de alimentos.
"Os PFC, como o ácido perfluorooctanoico (PFOA), se concentram no meio ambiente, nos alimentos e na água potável e também têm um impacto sobre a saúde humana", afirma o Greenpeace.
Os dois laboratórios independentes que realizaram as análises encomendadas pelo Greenpeace também encontraram concentrações suspeitas de PFOA em produtos das marcas The North Face, Patagonia, Jack Wolfskin, Kaikkialla, e uma calça para crianças da marca Marmot.
A organização ambientalista lançou em 2011 uma campanha chamada Detox contra a contaminação da água pela indústria química. Fonte: Yahoo Notícias

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Nuvem de lixo espacial pode ameaçar ISS


(2010) Foguete Proton-M decola do Cazaquistão
Uma nuvem de lixo espacial formada depois da explosão, este mês, da unidade de aceleração de um foguete Proton-M, pode representar uma ameaça à Estação Espacial Internacional (ISS), informou nesta quinta-feira uma fonte do setor espacial russo, citada pela agência Interfax.
A unidade de aceleração russa explodiu em 16 de outubro passado. O foguete portador Proton-M, lançado em agosto foi incapaz de colocar em órbita dois satélites de telecomunicações por causa da falha técnica.
A nuvem é uma das maiores dos últimos anos e se soma a outros milhares de dejetos que já flutuam na órbita terrestre, um fenômeno que preocupante para os satélites e a Estação Espacial Internacional.
Segundo a Nasa, mais de 21.000 dejetos de mais de 10 centímetros flutuam atualmente no espaço. Fonte: yahoo nótícias

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Observatório chileno descobre exoplaneta similar à Terra


Observatório Europeu Austral (ESO) no Chile
Astrônomos europeus descobriram no Observatório de La Silla (norte do Chile) um exoplaneta com características similares à Terra, situado no sistema estelar mais próximo do nosso planeta, informou esta terça-feira o Observatório Europeu Austral (ESO).
"Astrônomos europeus descobriram um planeta com massa similar à da Terra orbitando uma estrela no sistema Alfa Centauri, o mais próximo da Terra", acrescentou o ESO em um comunicado.
O exoplaneta orbita em torno de uma estrela semelhante ao sol, da qual dista a seis milhões de quilômetros, um espaço muito menor entre Mercúrio e o nosso Sol, acrescenta a nota.
A descoberta confirma as especulações dos astrônomos sobre a possibilidade da existência de planetas orbitando ao redor destes corpos, já que seria o local mais próximo onde encontrar um hóspede que pudesse abrigar vida além do sistema solar, informou o ESO.
"Nossas observações se prolongaram durante mais de quatro anos, utilizando o instrumento HARPS, e revelaram um sinal diminuto, mas real", disse Xavier Dumusque, um dos astrônomos que fizeram a descoberta.
Os astrônomos detectaram o exoplaneta graças ao instrumento conhecido como "Buscador de Planetas por Velocidade Radial de Alta Precisão" (HARPS, na sigla em inglês) instalado no telescópio de 3,6 metros do Observatório La Silla.
"É uma descoberta extraordinária e levou nossa tecnologia até seus limites!", acrescentou Dumusque.
O observatório La Silla está instalado a 2.400 metros de altitude, no deserto do Atacama, 1.400 km ao norte de Santiago, e tem 18 telescópios.
Desde 1995, mais de 800 exoplanetas foram descobertas por várias equipes de astrônomos, segundo a nota do ESO.  Fonte: Yahoo Notícias

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Cientistas detectam água no interior de cristais sobre superfície lunar


A geóloga Yang Liu e seus colegas da Universidade do Tennessee (EUA) analisaram amostras da superfície lunar colhidas do satélite pelas missões Apollo, a maioria delas pelo astronauta Neil Armstrong, e acharam restos de água em alguns de seus componentes.
"Quando as pessoas pensam em água, sempre imaginam em estado líquido, em rios, lagos ou oceanos. Mas algo que não costumamos reconhecer é que existe uma grande quantidade de água armazenada em minerais", explicou Liu à Agência Efe.
De fato, acrescenta a geóloga, os minerais do manto terrestre contêm, pelo menos, a mesma quantidade de água que um oceano, e algo similar pode acontecer na Lua.
Análises posteriores revelaram algo similar entre estes restos de água e os íons de hidrogênio presentes no vento solar, o que sugere que este vento foi o responsável por transportar íons de hidrogênio até a Lua.
Uma vez ali, estas moléculas ficaram armazenadas em forma de água no interior das amostras analisadas.
O vento solar contém uma grande quantidade destes íons, que não chegam a tocar a Terra porque a atmosfera e o campo magnético terrestre o impedem, mas no caso da Lua não há nada que proteja sua superfície, por isso que o vento solar impacta continuamente contra ela.
"Nos últimos anos, fomos testemunhas de uma mudança de paradigma em nossa visão 'sem água' da Lua", afirmou Liu.
Segundo a investigadora, cada cristal analisado conteria entre 200 e 300 partes por milhão de água e hidroxilo - uma molécula que se obtém ao diminuir um átomo de hidrogênio à água.
O achado permitiu aos cientistas conhecerem uma nova fonte na qual os planetas do interior do Sistema Solar (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) e seus satélites poderiam obter água.
Liu e seus colegas defendem que um mecanismo similar a este poderia acontecer em outros corpos sobre cujas superfícies o vento solar incide, como Mercúrio ou o asteroide Vesta.
"O bombardeio do vento solar é um processo constante. Na atualidade, necessitamos reconsiderar nosso conceito de presença de água em novos lugares do Sistema Solar", argumentou Liu. EFE /Fonte: Yahoo notícias

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Curiosity encontra pedra marciana que se parece com as da terra

Redação Central, 12 out (EFE).- O robô "Curiosity" encontrou em Marte uma pedra que se parece mais com algumas vulcânicas terrestres que com outras mostras achadas no planeta até o momento.
Segundo a Nasa informou em seu site, a pedra, uma das primeiras rochas marcianas estudadas em profundidade pelo "Curiosity", é um exemplar insólito e surpreendeu os especialistas.
A pedra, do tamanho de uma bola de futebol mas em forma piramidal, a qual recebeu o nome de "Jake Matijevic", tem características em comum com pedras vulcânicas de regiões da Terra como o Havaí, formadas debaixo da crosta terrestre com grande pressão e com a presença de água.
"Esta pedra corresponde bem em sua composição química com um tipo raro, mas bem conhecido de rocha ígnea achada em muitas regiões vulcânicas da Terra", disse o investigador Edward Stolper, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (CalTech) em Pasadena.
"Ao contar com apenas uma pedra marciana deste tipo é difícil saber se ela se formou mediante os mesmos procedimentos, mas é um ponto razoável para iniciar uma reflexão sobre sua origem", disse Stolper.
Desde que encontrou esta pedra, há duas semanas, o "Curiosity" a tocou com seu braço e disparou vários raios laser de partículas alfa e raios X contra ela, o que permitiu aos cientistas deduzir que contém menos magnésio e ferro que outras pedras marcianas, e mais sódio e potássio.
Outro cientista, o encarregado da análise das medições do espectômetro de raios X com partículas alfa, Ralf Guellert, comentou que "Jake é uma pedra marciana curiosa".
"Conta com um conteúdo elevado de elementos que coincidem com o mineral feldspato e pouco magnésio e ferro", explicou Gellert, pesquisador na Universidade de Guelph, no Canadá.
O Curiosity recolhe dados e transmite imagens que podem ser vistas na página da Nasa na internet. EFE Fonte: Yahoo Notícias 

Cientistas determinam que planeta descoberto em 2011 é feito de diamante




Washington, 11 out (EFE).- Cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, conseguiram determinar que o planeta 55 Cancri-e, descoberto em 2011, está composto de grafite e diamante, é duas vezes maior que a Terra e tem uma massa oito vezes superior, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira.
"A superfície deste planeta parece estar coberta de grafite e diamante em vez de água e rocha", afirmou o pesquisador principal, Nikku Madhusudhan.
O planeta 55 Cancri-e é um dos cinco planetas que orbitam em torno de uma estrela similar ao Sol na constelação de Câncer, a 40 anos-luz da Terra, relativamente perto.
Este planeta foi observado pela primeira vez em 2011, quando passou em frente a sua estrela, o que permitiu aos astrônomos medir seu raio.
O planeta orbita tão rápido que um ano dura 18 dias, frente aos 365 da Terra, e é, além disso, extremamente quente já que, segundo os pesquisadores, sua temperatura alcança os 2.148 graus centígrados.
Não é a primeira vez que se descobre um planeta de diamante, mas é o primeiro que se encontra orbitando uma estrela similar ao Sol, tão próximo à Terra e de tamanho superior.
"Parece estar composto principalmente de carbono (como o grafite e o diamante), ferro, carboneto de silício, e, possivelmente, alguns silicatos", destacam os pesquisadores que publicarão o estudo na revista "Astrophysical Journal Letters".
O estudo calcula que pelo menos um terço da massa do planeta, equivalente a três vezes a massa da Terra, poderia ser de diamante.
Esta descoberta significa que "já não se pode assumir que os planetas rochosos distantes têm componentes químicos, interiores, ambientes, ou biologias similares aos da Terra", concluiu Madhusudhan. EFE Fonte: Yahoo Notícias

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Haroche e Wineland, duas vidas dedicadas à física quântica


Nobel de Física premia francês e americano
Copenhague, 9 out (EFE).- O francês Serge Haroche e o americano David J. Wineland, vencedores do Nobel de Física deste ano, somam mais de 80 anos dedicados à pesquisa e compartilham uma paixão: a física quântica.
A Real Academia de Ciências da Suécia lhes outorgou este prêmio por seus "revolucionários métodos experimentais, que permitiram a medição e a manipulação de sistemas quânticos individuais".
"Abriram a porta a uma nova era de experimentação na física quântica ao conseguir a observação direta de partículas quânticas individuais sem destruí-las", ressalta a argumentação da Rela Academia.
Haroche, nascido em Casablanca (Marrocos) em 1944, estava na rua passeando com sua mulher quando recebeu a notícia do prêmio por telefone.
"Por sorte passava perto de um banco e pude me sentar. Quando vi o prefixo 46 (o da Suécia) me dei conta que era real", confessou Haroche ao ser contatado por telefone ao vivo durante a entrevista coletiva posterior ao anúncio dos vencedores do Nobel de Física.
"Não esperava. É uma surpresa maravilhosa", garantiu.
A principal área de pesquisa de Haroche está no âmbito da ótica quântica e das ciências de informação quântica, diz seu perfil oficial, postado no site do College de France, o centro de estudos de Paris onde trabalha.
Haroche se formou na Escola Normal Superior (ENS), fez doutorado em 1971 e quatro anos mais tarde começou a dar aulas na Universidade Paris VI, onde se manteve até 2001, quando foi nomeado catedrático de Física Quântica no College de France.
O físico francês, casado e com dois filhos, desempenhou também seu trabalho docente, entre outras, nas prestigiadas universidades americanas de Harvard e Yale, e é membro da Academia Francesa das Ciências e membro estrangeiro da Academia Nacional das Ciências dos Estados Unidos.
Haroche já recebeu uma multidão de prêmios como o Grande Prêmio Jean Ricard da Sociedade Francesa de Física (1983), o Prêmio Einstein às Ciências do Laser (1988), a medalha de ouro do Centro Nacional da Pesquisa Científica (2009) e o Herbert Walter da Sociedade Física Alemã.
Em 2009 recebeu uma bolsa de estudos de pesquisa avançada por cinco anos do Conselho Europeu de Pesquisa (ERC).
Por sua parte, o americano Wineland nasceu na cidade de Milwaukee (Wisconsin), também em 1944, e desenvolve sua atividade profissional no Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) de Boulder (Colorado).
Wineland se graduou na Universidade de Berkeley (Califórnia) em 1965 e fez doutorado cinco anos mais tarde na Universidade de Harvard.
Em 1975 entrou no Escritório Nacional de Padrões, que depois passaria a denominar-se NIST, onde começou a trabalhar dentro do grupo de armazenamento iônico.
O cientista americano é membro da Sociedade Americana de Físicas, da Sociedade Americana de Ótica, e pertence desde 1992 à Academia Nacional das Ciências dos Estados Unidos.
Wineland recebeu, entre outros, o Einstein às Ciências do Laser (1996), a medalha nacional das Ciências em Físicas (2007), o Herbert Walther (2008) e a medalha Benjamin Franklin em Físicas (2010), junto com Peter Zoller e o espanhol Juan Ignacio Cirac.
Os vencedores deste prêmio, dotado com 8 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,5 milhões), 20% menos que no ano passado, seguem na relação do Nobel da Física os astrônomos americanos Saul Perlmutter, Brian P. Schmidt e Adam G. Riess, que obtiveram o prêmio na última edição.
A atual edição dos Nobel começou ontem com a concessão do prêmio de Medicina ao britânico John B. Gurdon e ao japonês Shinya Yamanaka por suas pesquisas no campo das células-tronco.
Amanhã será divulgado o nome dos ganhadores do Nobel de Química; e na quinta e na sexta-feira, os de Literatura e da Paz, respectivamente, para concluir na próxima segunda-feira, com o anúncio do de Economia.
A entrega dos Nobel será realizada, de acordo com a tradição, em duas cerimônias paralelas, em Oslo para o da Paz e em Estocolmo para os restantes, no dia 10 de dezembro, coincidindo com o aniversário da morte de Alfred Nobel. EFE Fonte: Yahoo Nóticias

sábado, 29 de setembro de 2012

Hipersensibilidade a ondas eletromagnéticas: a ciência procura, mas não encontra

Homem fala ao celular em Manhattan em 27 de setembro de 2011

São muitas as pesquisas científicas sobre os efeitos das ondas eletromagnéticas produzidas por celulares e sistemas sem fio, mas ninguém conseguiu ainda encontrar uma explicação convincente para a síndrome da intolerância a campos eletromagnéticos.

Dor de cabeça, problemas de concentração, tonturas, zumbido nos ouvidos: "uma porcentagem significativa da população se queixa de sintomas que se conectam à exposição aos campos eletromagnéticos", ressalta Gerard Lasfargues, da agência de segurança sanitária francesa, a Anses.
"Mas, do ponto de vista científico, não há provas dos mecanismos fisiológicos desta síndrome", afirmou à AFP o médico, que é vice-diretor científico da agência.
Um simpósio sobre os campos eletromagnéticos e saúde, organizado pela Anses, demonstra a vitalidade das pesquisas nesta área: estudo da radiação emitida por celular sobre "a memória e a atenção em ratos", efeito do Wifi em roedores jovens, ou sobre a possível ligação entre tumores cerebrais em crianças/adolescentes e o uso de celular (Mobi-Kids, um estudo internacional em andamento).
O neurologista da Inserm (de Toulouse) Jean-Pierre Marc-Vergnes explora a hipótese de uma relação entre a síndrome de hipersensibilidade as ondas eletromagnéticas e uma "disfunção do sistema sensorial" dos pacientes.
"Eu quero ver se essas pessoas têm o seu sistema sensorial hiperativo, se isto é específico a eles, e compará-los com aqueles que se queixam de hipersensibilidade a odores químicos", explica. Sua pesquisa, financiada pelo Anses, começará em janeiro.
"Temos de continuar a estudar para melhor caracterizar tais exposições e ver se alguns parâmetros, ainda não analisados, estariam relacionados aos sintomas denunciados pelos hipersensíveis", explica Gerard Lasfargues.
A Anses fez desta questão uma prioridade, com a criação em 2011 de um Comitê de Diálogo Radiofrequência e Saúde, que reúne organizações de pacientes e operadoras de telecomunicações, explica o diretor da agência, Marc Mortureux.
Várias metanálises - estudos de aproximação sobre assuntos semelhantes - demonstraram que os eletrosensíveis não são mais capazes do que o resto da população de saber se estão ou não expostos a ondas de antenas, por exemplo.
Em contrapartida, as mais recentes metanálises "mostraram laços mais fortes entre o fato de perceber que estamos expostos e a percepção de sintomas de dores de cabeça, tontura e zumbido", associados a eletrosensibilidade, de acordo com Lasfargues.
"Não estamos aqui para negar ou não a realidade desta síndrome. Há pessoas que sofrem, com consequências importantes sobre a vida social e profissional (...). O que nos interessa é se as pesquisas são pertinentes e que as preocupações dos doentes sejam levadas em conta nas pesquisas", explica.
Isto é ainda mais importante do que "muito de charlatanismo que cresce para cuidar desses pacientes", acrescenta. Além disso, estudos científicos são rotineiramente rejeitados por pacientes que sentem que sua doença não está devidamente estudada.
Marc-Vergnes observa: "Por 40 anos, eu vi pessoas se consultando com sintomas bastante comparáveis a esses pacientes (eletrosensíveis) que não tiverm seu caso registrado". Fonte: Yahoo notícias

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Novo material transforma calor em eletricidade


Uma equipe de cientistas desenvolveu um material termoelétrico apresentado como o mais eficiente do mundo para transformar calor desperdiçado em eletricidade, uma inovação que abre novas perspectivas para as energias renováveis.

O princípio da termoeletricidade consiste em reciclar o calor perdido, por exemplo no cano de escapamento dos carros, em eletricidade.
Mas o procedimento até agora tropeçava na ineficácia dos materiais termoelétricos.
O novo material desenvolvido pelos pesquisadores da Universidade de Northwestern (Evanston, Estados Unidos) e apresentado esta quarta-feira em artigo na revista britânica Nature permitirá transformar entre 15% e 20% do calor residual em eletricidade útil.
Os campos de aplicação são variados e incluem a indústria pesada (refinarias, usinas de carvão ou de gás) ou automotiva.
Químicos, físicos, engenheiros mecânicos e outros especialistas colaboraram para a fabricação deste novo material, que faz uso de nanoestruturas, e tem como base o telúrio de chumbo (PbTe), um semicondutor utilizado pela primeira vez para fornecer energia renovável, termoelétrica, para as missões lunares Apolo. Fonte: Yahoo Notícias

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Países que abandonam a energia nuclear, a mantêm ou a desejam


Manifestantes protestam contra a energia nuclear em frente à residência do premier japonês, Yoshihido Noda, em Tóquio
O Japão, depois da Alemanha e da Suíça, se tornou o terceiro país a decidir pelo fechamento progressivo de todas as suas usinas de produção de energia nuclear desde a catástrofe de Fukushima, mas outros ainda confiam nesta fonte de energia e alguns querem, inclusive, construir seus primeiros reatores.
OS QUE QUEREM SAIR OU NÃO QUEREM CONTINUAR UTILIZANDO-A
O Japão se somou nesta sexta-feira a Alemanha e Suíça, que tinham decidido no ano passado, depois da catástrofe nuclear que ocorreu no arquipélago japonês, abandonar progressivamente a energia atômica para geração de eletricidade.
A Itália, por sua vez, decidiu depois de Fukushima não relançar a indústria nuclear. Esta fonte de energia foi abandonada na península nos anos 1990. Em 2008, o governo da época reverteu a medida, mas em junho de 2011, a esmagadora maioria dos italianos se pronunciou em um referendo contra o retorno da energia nuclear.
A Bélgica confirmou, após Fukushima, uma lei adotada em 2003 prevendo o abandono progressivo da energia nuclear até 2025. Este ano o governo decidiu que o abandono será progressivo entre 2016 e 2025.
OS QUE QUEREM CONTINUAR
Vários países confirmaram a vontade de recorrer à energia nuclear por diferentes razões, mas principalmente pela necessidade de garantir o fornecimento de energia sem depender das fontes fósseis importadas ou porque veem nela uma forma inevitável de reduzir suas emissões de CO2.
Neste grupo estão incluídos França, Grã-Bretanha, Rússia, China, Índia e Estados Unidos, entre outros, embora muitos projetos americanos sejam ameaçados pela concorrência do gás xisto (obtido por fratura hidráulica), comercializados a preços muito vantajosos.
Na América Latina, o Brasil retomou em 2010 as obras de construção de Angra III, depois de 24 anos de polêmica, e até 2020 não tem previsto novas usinas. A Argentina pôs em funcionamento em 2011 sua terceira usina atômica, a de Atucha II. Seu plano estratégico prevê a construção de uma nova central nuclear, a de Atucha III, e a ativação de um reator de baixa potência CAREM, desenhado e projetado pelos argentinos.
Em março deste ano, o México, terceiro país latino-americano com esta tecnologia, anunciou que analisava a possibilidade de criar duas centrais eletronucleares dentro das instalações onde está a única que opera atualmente no país (Laguna Verde, leste), que já conta com dois reatores.
Alguns desses países realizam programas muito importantes de construção de novas usinas nucleares, como é o caso da China, e também da Grã-Bretanha, que quer renovar todo o seu parque nuclear, ou da África do Sul, que só tem uma central construída nos anos 1970 (a única em uso no continente africano) e quer construir 6 novos reatores.
OS QUE QUEREM CONSTRUIR SEUS PRIMEIROS REATORES
Uma série de países quer atualmente desenvolver a energia nuclear, em particular os Estados do Golfo, que atualmente geram eletricidade a partir do petróleo ou do gás e tentam preservar seus recursos hidrocarboríferos.
Isso inclui países como Polônia, Turquia, Jordânia, Emirados Árabes Unidos e também Arábia Saudita, sem falar do caso muito controverso do programa nuclear iraniano, reivindicado para fins pacíficos por Teerã, mas que as grandes potências suspeitam que encubra um programa com fins militares. Fonte: Yahoo Notícias

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Nasa descobre dois planetas ao redor de aglomerado de estrelas


A ilustração representa um planeta (no alto) no centro de um cluster (aglomerado) de estrelas
Cientistas americanos encontraram evidências pela primeira vez da existência de planetas que podem se formar e sobreviver ao redor de estrelas similares ao Sol apesar de integrarem densos aglomerados estelares, anunciou a Nasa esta sexta-feira.
Os astrônomos descobriram duas órbitas similares às de Júpiter no Beehive Cluster, um aglomerado com cerca de mil estrelas que parecem brotar ao redor de um centro comum.
"Este tem sido um grande enigma para os caçadores de planetas", disse Sam Quinn, doutorando em Atronomia da Universidade do estado da Geórgia, em Atlanta, e principal autor do artigo que descreve os resultados.
"Sabemos que a maioria de estrelas se forma em entornos agrupados, como na Nebulosa de Orion, sendo assim, ao menos que este entorno denso iniba a formação de planetas, algumas estrelas similares ao sol em agrupações abertas devem ter planetas", afirmou Quinn.
"Agora sabemos finalmente que estão aí", acrescentou, em um comunicado.
A descoberta deixou os astrônomos desconcertados, pois eles tinham teorizado que planetas gasosos não podem se formar perto demais de uma estrela porque evaporariam.
A explicação mais disseminada até o momento é que os planetas se formam mais longe e em seguida migram para o exterior, mais perto da estrela.
Levando em conta a relativa juventude das estrelas de Beehive, os planetas que acabam de ser descobertos poderiam ajudar os cientistas a desenvolver a teoria a respeito.
Se as estrelas são jovens, isto quer dizer que os planetas também devem ser, o que "estabelece uma limitação sobre a velocidade com que os planetas gigantes migram para dentro", disse Russel White, principal pesquisador do programa sobre as Origens do Sistema Solar da Nasa, financiador do estudo.
"Saber a que velocidade (os planetas) migram é o primeiro passo para descobrir como o fazem", emendou.
A equipe descobriu os planetas Pr0201b e Pr0211b usando um telescópio Tillinghast de 1,5 metro em um observatório do Arizona com o objetivo de medir o tremor gravitacional ao qual os planetas induzem suas estrelas-mãe.
Os cientistas tinham descoberto anteriormente dois planetas ao redor de estrelas maciças, mas ainda não tinham encontrado nenhum ao redor de estrelas similares à estrela que ocupa o centro do nosso sistema solar. Fonte: Yahoo Notícias

sábado, 18 de agosto de 2012

Curiosity registra em Marte temperaturas superiores a 0°


Tempestade de poeira na superfície de Marte
A temperatura na cratera marciana Gale, onde o robô Curiosity da Nasa realizou uma aterrissagem bem-sucedida em 5 de agosto e que tem uma paisagem "parecida com a do Arizona", superou 0°C, informou nesta sexta-feira o chefe da missão.
John Grotzinger, chefe científico da missão no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), em Pasadena (Califórnia), comemorou que os cientistas tenham novamente, graças ao Curiosity, uma estação meteorológica em Marte.
"Posso dizer que a temperatura máxima de ontem na superfície de Marte perto do robô foi superior" a 0 grau Celsius, disse Grotzinger em entrevista coletiva, afirmando que a medição exata era de "276º Kelvin" ou 2,85°C.
"Esta é uma referência muito importante para a ciência, pois a última estação meteorológica de longa duração em Marte remonta exatamente a 30 anos", quando a sonda Viking 1 deixou de se comunicar com a Terra em 1982, disse.
Grotzinger também apresentou quatro novas fotos, em uma das quais se podem ver claramente as diferentes camadas de rochas das colinas cor de argila aos pés do Monte Sharp, que o robô deve subir durante seus dois anos de missão.
"A borda da cratera (Gale) se parece um pouco com o deserto de Mojave (na Califórnia) e agora o que veem é semelhante à região de Four Corners (cruz formada pelas quatro esquinas dos estados de Colorado, Arizona, Utah e Novo México), ou de Sedona, no Arizona, onde essas colinas e mesetas também são vistas", disse o cientista.
"Deve haver minerais hidratados em todas estas camadas", acrescentou. Os cientistas acreditam que a área da cratera de Gale tinha água no passado e as antigas formações geológicas do Monte de Sharp podem ter conservado vestígios da vida passada.
Grotzinger disse que o robô poderia por à prova "na próxima semana" seus primeiros movimentos.
Ele anunciou também que o primeiro destino do robô provavelmente será uma região chamada Glenelg, "a união de três sítios geológicos interessantes". Esta área fica na direção oposta ao Monte Sharp, que continua sendo "nosso verdadeiro objetivo", assegurou Grotzinger.
Se o robô se dirigir diretamente a Glenelg, deverá chegar em "duas ou três semanas". Mas o cientista não descarta a ideia de parar caso no caminho sejam encontradas amostras interessantes.
A longo prazo, "perto do final de 2012", penso que o objetivo deve ser o Monte Sharp, do qual novas e mais precisas fotos deveriam estar disponíveis "em uma ou duas semanas", disse.
O robô Curiosity, uma missão de US$ 2,5 bilhões de dólares, é o robô mais avançado enviado até agora a Marte pela Nasa. Fonte:  Yahoo Notícias

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Quimioterapia pode estimular crescimento do câncer


A quimioterapia atua inibindo a reprodução de células de rápida divisão, como as encontradas em tumores
A quimioterapia pode danificar células saudáveis, fazendo-as secretar uma proteína que sustenta o crescimento de tumores e sua resistência a tratamentos futuros, alerta um estudo realizado nos Estados Unidos.
Os cientistas fizeram a descoberta, que consideraram completamente inesperada, enquanto procuravam explicar por que as células cancerosas são tão resilientes dentro do corpo humano, enquanto são fáceis de matar em laboratório.
Eles testaram os efeitos de um tipo de quimioterapia em tecido extraído de homens com câncer de próstata e descobriram "evidências de danos no DNA" de células saudáveis após o tratamento, escreveram no estudo publicado na edição deste domingo da revista Nature Medicine.
A quimioterapia atua inibindo a reprodução de células de rápida divisão, como as encontradas em tumores.
Os cientistas descobriram que células saudáveis danificadas por quimioterapia secretaram uma quantidade maior de uma proteína chamada WNT16B, que estimula a sobrevivência de células cancerosas.
"O aumento de WNT16B foi completamente inesperado", declarou à AFP Peter Nelson, co-autor do estudo do Instituto de Pesquisas sobre o Câncer Fred Hutchinson, em Seattle.
A proteína foi extraída de células tumorais vizinhas às células danificadas.
"Quando secretada, a WNT16B interage com células tumorais vizinhas e faz com que cresçam, invadam e, mais importante, resistam ao tratamento subsequente", afirmou Nelson.
Os tumores costumam responder bem a tratamentos contra o câncer, mas rapidamente costuma ocorrer um novo crescimento e resistência a quimioterapia subsequente.
As taxas de reprodução de células tumorais demonstram uma aceleração entre ciclos de tratamento.
"Nossos resultados indicam que as respostas aos danos nas células benignas pode contribuir diretamente para aumentar a cinética do crescimento tumoral", escreveram os pesquisadores, que disseram ter confirmado suas descobertas com tumores cancerosos de mama e ovários.
Os resultados abrem o caminho para a pesquisa de tratamentos novos e melhores, afirmou Nelson.
"Por exemplo, um anticorpo da WNT16B, inserido na quimioterapia, pode melhorar as respostas (matando mais células tumorais)", explicou em e-mail.
"Alternativamente, pode ser possível usar doses menos tóxicas de quimioterapia", acrescentou. Fonte: yahoo Notícias

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Apesar de Fukushima, a demanda de urânio aumentará com muita força


Funcionário checa os níveis de radiação em Fukushima atingida por um terremoto e tsunami em março de 2011
Apesar da catástrofe nuclear de Fukushima, a demanda mundial de urânio deve aumentar com muita força nos próximos anos, como reflexo do auge esperado do parque mundial de centrais atômicas, segundo relatório conjunto da Agência da OCDE para a Energia Nuclear (AEN) e a agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) publicado nesta quinta-feira.
A produção de urânio aumentou 25% entre 2008 e 2010 e alcançou 54.670 toneladas (o resto da demanda é coberto pela produção chamada secundária, como a reciclagem do combustível usado), e deverá progredir ainda 5% este anos, a 57.000 toneladas.
Segundo o estudo, a demanda de urânio para alimentar as centrais deverá se estabelecer entre 97.645 e 136.385 toneladas em 2035, contra 63.875 toneladas em 2010.
Dito de outro modo, as necessidades de urânio aumentarão ao menos 50% nas próximas décadas e poderá chegar a duplicar.
Isso resulta, segundo a AEN e a AIEA, de um aumento da envergadura do parque nuclear mundial avaliado entre 44 e 99% até 2035: deverá passar de 375 gigawatts no final de 2010 a uma faixa compreendida entre 540 e 746 gigawatts.
Estas previsões têm a ver, evidentemente, com as incertezas que pairam sobre o desenvolvimento do átomo civil depois do acidente registrado em março de 2011 na central japonesa de Fukushima, o pior desde Chernóbil em 1986.
Mas o relatório, feito por duas agências que têm por objetivo promover o uso da energia nuclear com fins pacíficos, prevê, no entanto, uma expansão em ritmo elevado desta fonte de energia muito controvertida, alimentada pelas crescentes necessidades em termos de matéria de energia dos países emergentes, em particular na Ásia, e sua prática ausência de emissões de CO2. Fonte: Yahoo Noticias

domingo, 15 de julho de 2012

Brasil nos últimos lugares de uma classificação sobre eficiência energética


A China é o primeiro lugar em questões de eficiência energética nos edifícios
O Brasil, junto com os Estados Unidos, Canadá e Rússia, se encontra nos últimos lugares de uma classificação de eficiência energética publicada nesta semana pelo Conselho Americano para uma Economia de Eficácia Energética (ACEEE).
Já o Reino Unido e os países da Europa Ocidental são os melhores alunos nesta matéria.
Segundo o ACEEE, o Reino Unido se situa em primeiro lugar numa relação de 12 grandes potências econômicas, incluindo a União Europeia, no que se refere à quantidade de energia consumida em relação a vários critérios como o PIB ou a população.
Depois do Reino Unido, em a Alemanha, o Japão e a Itália. E em seguida, a França, a União Europeia, a Austrália e a China. No final da classificação, estão os Estados Unidos, Brasil, Canadá e Rússia.
Os britânicos se distinguem particularmente pela eficácia energética de sua indústria, enquanto que a China é a primeira em questões de eficiência energética nos edifícios. No que se refere ao transporte, os chineses, italianos, alemães e britânicos compartilham o primeiro lugar.
A Alemanha é a primeira no "esforço nacional" em termos de eficácia energética, uma noção que agrupa elementos como fiscalização, pesquisa ou gastos públicos dirigidos para este fim.
"Nossos resultados mostram que, inclusive, quando há países que estão fazendo mais coisas que outros, ainda resta uma ampla margem de melhoria em cada um deles', afirmam os autores do relatório.
Quanto aos Estados Unidos, o relatório afirma que a ineficácia energética da primeira economia mundial "se traduz num enorme gasto de energia, recursos e de dinheiro".
Enquanto que o resto do mundo investe para melhorar sua eficiência energética, a ACEEE questiona "como os Estados Unidos poderão enfrentar o desafio da concorrência mundial se continuam empregando mal o dinheiro e a energia que outros países economizam e reinvestem". Fonte: Yahoo Notícias

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Japão admite que Fukushima foi desastre provocado pelo homem


Menina passa por exame de radiação em Koriyama, no município de Fukushima
O acidente nuclear de Fukushima foi "um desastre provocado pelo homem" e não apenas uma consequência do terremoto e tsunami de 11 de março de 2011 no nordeste do Japão, concluiu uma comissão parlamentar que investigou a tragédia.
"Fica claro que este acidente foi um desastre provocado pelo homem. Os governos anteriores e o da época, as autoridades reguladoras e a Tokyo Electric Power (Tepco) falharam no dever de proteger a população e a sociedade", afirma a comissão no relatório final.
Segundo o resultado da investigação oficial, "o acidente foi o resultado de uma cumplicidade entre o governo, as agências de regulamentação e a operadora Tepco, além de uma falta de comando das mesmas instâncias".
"Traíram o direito da nação de ser protegida de acidentes nucleares. Por isto chegamos à conclusão de que o acidente foi claramente causado pelo homem", afirma o documento de 641 páginas.
"Pensamos que as causas fundamentais foram os sistemas de organização e regulamentação que se basearam em lógicas equivocadas, suas decisões e ações, e não um problema de competência de um indivíduo em particular".
O acidente de Fukushima, o mais grave desde a catástrofe de Chernobyl (Ucrânia) em 1986, aconteceu após um terremoto de 9 graus de magnitude na região de Tohoku (nordeste), que desencadeou um tsunami em todo o litoral.
Uma onda de quase 15 metros de altura arrasou as instalações da central nuclear Fukushima Daiichi, afetando os sistemas de resfriamento dos reatores e geradores de emergência situados no subsolo.
"Pensamos que em 11 de março, a central era vulnerável aos terremotos e tsunamis", destaca a comissão.
A operadora da central, Tepco, sempre afirmou que o acidente havia sido consequência de um tsunami de dimensões imprevisíveis.
"Isto se assemelha a uma desculpa para evitar responsabilidades", responde no relatório a comissão, que também ressalta que a "Tepco e as autoridades de regulamentação estavam a par dos riscos de tsunami e de terremoto".
"Apesar das várias oportunidades para adotar medidas, as agências de regulação e a direção da Tepco deliberadamente não fizeram nada, adiaram as decisões ou tomaram as medidas que lhes eram convenientes. Nenhuma medida de segurança foi adotada no momento do acidente", afirma o relatório.
A comissão estava integrada por 10 membros da sociedade civil (sismólogos, advogados, médicos, jornalistas e acadêmicos) designados pelos parlamentares.
Presidida pelo professor Kyoshi Kurokawa, a comissão interrogou os principais personagens da época e iniciou as investigações em dezembro de 2011.
O primeiro-ministro no momento da tragédia, Naoto Kan, admitiu em uma audiência da comissão, em maio, a responsabilidade do Estado na catástrofe, mas defendeu a administração geral da crise, apesar de alguns erros. fonte: Yahoo Notícias

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Físicos anunciam descoberta da provável "partícula de Deus"


Genebra, 4 jul (EFE).- O Centro Europeu de Física de Partículas (CERN) inaugurou nesta quarta-feira uma nova era para a prospecção científica ao anunciar o descobrimento de uma partícula consistente com o "Bosón de Higgs", a chamada "partícula de Deus", que abre novos e mais importantes desafios para a física.
Após a apresentação pública dos resultados dos dois experimentos concebidos para achar o "Bosón de Higgs", o diretor-geral do CERN, Rolf Heuer, confirmou que "o mais provável" é que a partícula encontrada seja a defendida pelo físico Peter Higgs, considerada chave para a explicação da formação do Universo.
O "Bosón de Higgs" é o que daria massa ao resto das partículas e o que, nesta lógica, teria permitido a formação do Universo e de tudo que existe nele.
No entanto, Heuer e os porta-vozes dos dois experimentos em questão - CMS e ATLAS - optaram por tratar o assunto com prudência. Isso porque, apesar de se tratar de uma partícula nunca vista antes e que teoricamente se atribui ao "Bosón de Higgs", essa nova descoberta poderia ser um tipo diferente de "partícula de Higgs" e não exatamente a procurada.
"Se não fosse cientista eu diria que encontramos (o Bosón de Higgs)", admitiu Heuer, que em seguida destacou que esta descoberta, correspondente ou não com a teoria de Higgs, representa um avanço fenomenal na compreensão da natureza.
"Se estivermos diante da partícula descrita por Higgs é como se tudo acabasse aqui. Mas, se tratar de outro tipo de "Bosón de Higgs", estaremos apenas abrindo a possibilidade para desenvolver uma nova física, além do atual modelo padrão", afirmou à Agência Efe o pesquisador do CERN Juan Alcaraz.
Este fato explica porque os físicos presentes na conferência se mostraram tão entusiasmados com ambas as possibilidades. O certo é que com o nível de certeza alcançado hoje, a possibilidade desta nova partícula não ser a de "Bosón de Higgs" é de uma entre três milhões.
Entre os presentes na conferência estavam quatro dos seis teóricos que desenharam o modelo padrão da Física nos anos 60, incluindo o próprio Higgs, de 83 anos, que só falou na hora de cumprimentar os pesquisadores do CERN. Higgs chegou a ser questionado duas vezes pelos jornalistas presentes, mas preferiu não comentar suas impressões sobre o momento que estava vivendo.
O físico e porta-voz do experimento CMS, Joe Incandela, disse à imprensa que ainda "há grandes incertezas" e, por isso, "é muito cedo" para dizer que se trata de um "Bosón de Higgs" do Modelo padrão.
Pelo experimento ATLAS, Fabiola Gianotti disse que agora "continuará buscando respostas em todas as direções", sem excluir nenhuma possibilidade.
Fabiola destacou a importância dos dois experimentos terem alcançados resultados "totalmente compatíveis" de forma totalmente autônoma um do outro. Segundo a pesquisadora, a ideia agora é consolidar estes resultados de maneira individual para combiná-los em uma etapa posterior.
Os dados em que se baseiam os experimentos foram obtidos com o Grande Acelerador de Hadrones (LHC) do CERN, situado na fronteira franco-suíça, onde são produzidas 40 milhões de colisões de prótons por segundo, das quais se registram e analisam entre 300 e 600, a um nível de energia que não pode ser reproduzido por nenhuma outra máquina.
O porta-voz do experimento CMS, Joe Incandela, utilizou uma metáfora para explicar essa busca: "É como uma piscina olímpica cheia de areia, onde somente poucas centenas de grãos são dignas de estudo".
Segundo a teoria de Peter Higgs, essa partícula seria o primeiro "bosón" fundamental, ou seja, que não está composto por partículas menores.
Nos próximos meses, os físicos do CERN estarão dedicados na investigação das propriedades desta nova partícula "para entender bem o poderemos encontrar", explicou Fabiola Gianotti.
No entanto, esmiuçar esta partícula até o mais ponto mais profundo poderia demorar anos, já que durante este processo os pesquisadores "poderiam descobrir algo totalmente diferente" e pôr em questão o que hoje se considera uma evidência.
Para tentar chegar mais longe o mais rápido possível, a direção do CERN decidiu nas últimas horas prolongar por três meses o funcionamento do LHC, que devia ser apagado em pouco tempo.
Com esta confirmação, o acelerador seguirá funcionando até o final de ano e depois deverá entrar em um longo período (aproximadamente dois anos) de manutenção. EFE Fonte: Yahoo Noticias