segunda-feira, 30 de março de 2015

Cientistas chineses conseguem desenvolver máquinas de metal líquido

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Pequim, 28 mar (EFE).- Máquinas de metal líquido, capazes de mudar de forma e movimentar-se em um determinado espaço, foram desenvolvidas por cientistas da Academia Chinesa de Ciências e a Universidade de Tsinghua, em Pequim, informou neste sábado a imprensa oficial do país asiático.
Os especialistas, citados pela agência oficial "Xinhua", explicaram que estas máquinas podem adaptar sua forma ao espaço geométrico no qual se encontram, movidas por um campo elétrico endógeno baseado em ligas de metais líquidas, metais próximos que a máquina pode absorver e o hidrogênio gerado por reações eletroquímicas.
A escola médica da Universidade de Tsinghua e o Instituto Técnico de Física e Química da Academia Chinesa de Ciências trabalham no desenvolvimento destas máquinas.
Os cientistas chineses definiram estas máquinas com "moluscos biomiméticos" que poderiam servir para um desenvolvimento futuro de robôs fabricados em metal líquido e transformável, algo que até agora só existe na ficção científica (por exemplo, o famoso T-1000 do filme "O Exterminador do Futuro 2").
Como exemplo do novo avanço, os especialistas chineses mostraram uma peça de alumínio que, colocada junto a uma das máquinas desenvolvidas, é absorvida e se transforma em uma pequena bola de cinco milímetros de diâmetro.
Esta é depois capaz de movimentar-se de forma espontânea em distintas dissoluções durante mais de uma hora, a uma velocidade de cinco centímetros por segundo, equivalentes a cerca de 0,18 km/h. EFE
Fonte: YAHOO notícias

Rússia planeja construir estação espacial com a Nasa

(Arquivo) O representante da Nasa Charles Bolden

A Rússia anunciou neste sábado planos de construir uma estação espacial orbital com a Nasa, para substituir a Estação Espacial Internacional (ISS), que irá operar até 2024.
Rússia e Nasa concordaram recentemente em continuar financiando e operando na ISS até 2024, mas futuros planos espaciais conjuntos continuavam sendo dúvida, devido à relação tensa entre Rússia e Estados Unidos por causa do conflito na Ucrânia.
"A Roscosmos, juntamente com a Nasa, irá trabalhar em uma futura estação orbital", afirmou o diretor da agência espacial russa, Igor Komarov, citado pela agência de notícias Interfax.
Komarov fez o anúncio na companhia do representante da Nasa Charles Bolden, na base de Baikonur, Cazaquistão.
"Concordamos que o grupo de países que fez parte do projeto da ISS irá trabalhar em um projeto futuro de uma nova estação orbital", informou Komarov.
"O governo russo estudará os resultados das conversas entre Roscosmos e Nasa. As decisões serão tomadas em breve", publicou o vice-premier russo, Dimitri Rogozin, em sua conta no Twitter fonte: Yahoo Notícias

quarta-feira, 25 de março de 2015

Marte tem nitrogênio, elemento chave para vida

O veículo Curiosity da Nasa descobriu nitrogênio na superfície de Marte, algo significativo que contribui para evidenciar que o Planeta Vermelho poderia ter sustentado vida no passado - informou a agência espacial americana nesta terça-feira.

Ao perfurar rochas marcianas, o rover Curiosity encontrou evidências de nitratos, compostos contendo nitrogênio que pode ser usado por organismos vivos.
A equipe do Curiosity já encontrou evidências de que outros ingredientes necessários à vida, como água em estado líquido e matéria orgânica, já existiram no local conhecido como cratera Gale.
"Encontrar uma forma bioquimicamente acessível de nitrogênio é mais um argumento para a tese de que o antigo ambiente marciano na cratera Gale seria habitável", disse Jennifer Stern, do Goddard Space Flight Center da NASA, em Greenbelt, Maryland.
O nitrogênio é essencial para todas as formas de vida conhecidas, porque é um bloco de construção de DNA e RNA.
No entanto, "não há nenhuma evidência para sugerir que as moléculas de nitrogênio encontradas pela equipe foram criadas pela vida", alertou a Nasa.
"A superfície de Marte é inóspita para as formas conhecidas de vida", lembrou a agência.
A equipe de pesquisa sugeriu que, ao invés disso, os nitratos são antigos e provavelmente vieram de impactos de meteoritos, raios e outros processos não-biológicos.
Na Terra e em Marte, o nitrogênio é encontrado na forma de gás de dióxido de nitrogênio - dois átomos presos juntos com tanta força que não reagem facilmente com outras moléculas.
Os átomos de nitrogênio devem ser separados ou "fixados" para que possam participar nas reações químicas necessárias à vida.
"Na Terra, certos organismos são capazes de fixar o nitrogênio atmosférico e esse processo é fundamental para a atividade metabólica", disse a Nasa.
"No entanto, quantidades menores de nitrogênio também são fixadas por eventos energéticos como os relâmpagos".
O veículo Curiosity está atualmente no sopé do Monte Afiado, uma montanha de 5.500 metros, formado por camadas sedimentares.
Em dezembro, o robô detectou emissões de metano regulares perto da superfície marciana, mas a origem do fenômeno é desconhecida.
Os cientistas não esperam que o rover Curiosity encontre alienígenas ou seres vivos em Marte, mas esperam usá-lo para analisar o solo e as rochas em busca de sinais dos elementos-chave para a vida que o Planeta Vermelho pode ter abrigado no passado.
O veículo de 2,5 bilhões de dólares também tem como objetivo estudar o ambiente marciano para se preparar para uma eventual missão humana por lá nos próximos anos.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, promete enviar humanos para o Planeta Vermelho até 2030.  Fonte: Yahoo Notícias
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terça-feira, 24 de março de 2015

Sacarina pode funcionar como inibidor do câncer, afirma estudo científico

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Miami (EUA), 24 mar (EFE).- O adoçante artificial conhecido como sacarina, cujo consumo esteve relacionado ao câncer durante décadas, pode ter efeitos inibidores sobre as células cancerígenas, segundo a conclusão de um estudo cujos resultados foram publicados nesta terça-feira pela Universidade da Flórida (UFA), nos Estados Unidos.
O estudo indica que a sacarina "tem capacidade para inibir uma enzima presente em muitos tipos de câncer" que contribui para que as "células tumorais sobrevivam e entrem em metástases", destacou em comunicado Robert MacKenna, professor de Bioquímica e Biologia Molecular da Faculdade de Medicina da UFA.
Os pesquisadores acreditam que a sacarina pode levar ao desenvolvimento de remédios que sirvam para o "tratamento de cânceres mais agressivos, como os de tórax, fígado, próstata, rins e pâncreas".
Os resultados do estudo do centro universitário de Gainesville, na Flórida, serão apresentados amanhã pela Sociedade Química Americana em um convenção na cidade de Denver, no Colorado.
A descoberta aconteceu depois que um graduado assistente de pesquisa da UFA, Brian Mahon, se perguntou como a sacarina poderia atuar sobre a enzima "carbonic anhydrase IX", que está presente em um grande número de cânceres agressivos.
Após realizar uma série de experimentos preliminares, os investigadores estudaram os efeitos da sacarina sobre as células malignas de um câncer de tórax.
"Vimos literalmente que o índice de crescimento das células cancerígenas caia lentamente quando adicionávamos o adoçante", disse McKenna, responsável pelo estudo.
A primeira conclusão é que uma "base de sacarina" poderia ser usada em conjunto com outros medicamentos para o tratamento do câncer, como quimioterapia e radiação, segundo os cientistas, já que o adoçante "pode desacelerar o crescimento do câncer e oferecer uma oportunidade" para que os tratamentos citados "sejam mais efetivos" na batalha contra a doença.
Ironicamente, este adoçante foi classificado há algum tempo como potencialmente cancerígeno, mas, na atualidade, a Agência de Controle de Alimentos e Remédios dos Estados Unidos (FDA, sigla em inglês) considera a sacarina como um produto seguro para o consumo.
"A sacarina era vista como o 'bandido', e não era. De fato, pode ser o 'mocinho'" deste filme, acrescentou McKenna. EFE Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

segunda-feira, 23 de março de 2015

Curiosity encontra nitrogênio fixado em sedimentos em Marte

Madri, 23 mar (EFE).- O veículo Curiosity encontrou nitrogênio fixado em sedimentos em Marte: "um novo passo na avaliação da habitabilidade deste planeta, já que o nitrogênio é um elemento imprescindível para a vida".
Essa foi a principal conclusão do estudo divulgado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS), no qual participaram pesquisadores espanhóis do Centro Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) e que sugere a existência do ciclo do nitrogênio em Marte em algum momento de sua evolução como planeta.
A presença do elemento no planeta foi verificada a partir do instrumento Sample Analysis at Mars (SAM, sigla em inglês), que coletou amostras de três lugares diferentes, informou o CSIC em uma nota de imprensa.
Duas dessas amostras foram conseguidas com perfurações feitas em rochas batizadas como "Sheepbed", durante uma missão na "Yellowknife Bay", local onde, acredita-se, existiram lagos e rios em algum momento da história geológica do planeta. A terceira amostra provém de um depósito de areia, que representa a poeira de Marte.
Francisco Javier Martín Torres, pesquisador do Instituto Andaluz de Ciências da Terra (centro conjunto do CSIC e da Universidade de Granada), explicou que a disponibilidade de nitrogênio bioquímico útil, junto com as condições que "provavelmente existiram em Marte e a possível presença de compostos orgânicos em seu solo, refletem um cenário potencialmente habitável para algum tipo de ser vivo no passado".
Torres explicou que a presença de nitrogênio no planeta é um fator a ser levado em consideração em relação à possibilidade de existir vida em Marte na atualidade, já que, este elemento é imprescindível na síntese de moléculas como as proteínas RNA e DNA.
No entanto, de acordo com o estudo, ainda não há indícios de algum mecanismo que faça com que o nitrogênio fixado no solo retorne à atmosfera e mantenha o ciclo do nitrogênio, como acontece na Terra.
Por isso, os pesquisadores sugerem que, se a vida existiu em algum momento na superfície de Marte, não esteve em todo o planeta, mas esta afirmação ainda deve ser comparada com estudos posteriores. EFE
ngg/lvp/rpr  Fonte: Yahoo Notícias

"Irã tem que tomar decisões difíceis sobre programa nuclear", dizem potências ocidentais

O secretário de Estado americano John Kerry (D) conversa com seu colega britânico Philip Hammond (E)

O Irã deverá tomar decisões difíceis nas negociações sobre seu programa nuclear, advertiram neste sábado as potências ocidentais, que prometeram unidade para alcançar seus objetivos.
"Concordamos que houve progressos substanciais sobre pontos-chave, mas nos restam questões importantes em que não foi possível chegar a um acordo. Chegou o momento, para o Irã, de tomar decisões difíceis" declarou o ministro das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond, ao ler um comunicado redigido junto com seus colegas de Estados Unidos, França, Alemanha e União Europeia.
"Vamos continuar trabalhando juntos de forma unida para obter um resultado exitoso", explicou o ministro.
O secretário de Estado americano John Kerry elogiou no sábado a unidade das grandes potências sobre o programa nuclear iraniano, enquanto o presidente do Irã declarou que "não há nada que não se possa resolver".
"Estamos todos unidos em nosso objetivo, enfoque e determinação para fazer que o programa do Irã seja pacífico. Esta união continua desempenhando papel central", disse Kerry.
Suas declarações têm como pano de fundo os rumores sobre as tensões no grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, mais a Alemanha), em que a França é considerada como o país mais intransigente em relação ao Irã.
Kerry garantiu, contudo, que seu país "não irá se precipitar" para alcançar um acordo. Já o presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou neste sábado que "não há nada que não possa ser resolvido" e que é possível um acordo com as grandes potências.
As grandes potências do 5+1 retomarão na quarta-feira suas negociações em Teerã sobre o programa nuclear iraniano, como decidiram na sexta-feira os Estados Unidos e o Irã após uma semana de reuniões em Lausanne, na Suíça. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quinta-feira, 19 de março de 2015

Neurocientista apresenta colete que funciona como sexto sentido

O VEST, que significa colete em inglês mas também é o acrônimo de "variable extra-sensory transducer", é uma jaqueta com circuitos nas costas que transmitem dados ao vibrar, basicamente dando ao usuário uma nova fonte de informação

MO neurocientista David Eagleman espera que um colete que criou faça os surdos "escutar" e permita aos usuários "sentir" o que ocorre na Internet sem a necessidade de um computador.
O VEST, que significa colete em inglês mas também é o acrônimo de "variable extra-sensory transducer," tem razão para ter um nome tão futurista: é uma jaqueta sem mangas com circuitos nas costas que transmitem dados ao vibrar, basicamente dando ao usuário uma nova fonte de informação.
"Nossos cérebros não se importam de onde vem a informação", disse Eagleman ao apresentar orgulhosamente o VEST na conferência TED de Vancouver nesta quarta-feira. "Essencialmente, é um computador multi-uso".
VEST foi desenvolvido para ser sincronizado com tablets que podem converter palavras, cotações e qualquer outro dado digital enviados wireless em informação sensorial através de circuitos vibratórios situados na parte de trás do colete.
Ao afirmar que os usuários conseguem "experimentar" os dados, Eagleman acrescentou: "imaginem um astronauta capaz de sentir o estado geral da Estação Espacial Internacional".
Durante sua apresentação, Eagleman usou o VEST para receber, em tempo real, os comentários no Twitter sobre sua explanação.
"É a primeira vez que sinto um aplauso no meu colete. É agradável; como uma massagem".
Entre os objetivos da VEST está permitir que os surdos "escutem" através de vibrações produzidas a partir de palavras, de forma similar ao tato no sistema de leitura Braille.
Esta função pode ser aprendida em questão de semanas, afirmou Eagleman. De fato, "não temos ideia dos limites que existem sobre os tipos de dados que o cérebro pode processar. Acredito que isto tem muitas aplicações além da substituição sensorial".
"Penso que este é mais um sentido. Apesar de utilizar o tato, o usa de uma maneira diferente".
Segundo Eagleman, o VEST permitirá um dia aos soldados sentir onde estão seus aliados no campo de batalha.
A "startup" também está explorando se movimentos da cabeça podem melhorar as habilidades de voo dos que controlam drones, assim como ocorre com os pilotos reais.
"A medida em que avançamos para o futuro, temos cada vez mais possibilidade de escolher nossos equipamentos periféricos sem precisar plenamente da mãe natureza".
Uma versão VEST para o público custará mais de mil dólares e deve chegar ao mercado em oito meses.
"Penso que este é mais um sentido. Apesar de utilizar o tato, o usa de uma maneira diferente".
Segundo Eagleman, o VEST permitirá um dia aos soldados sentir onde estão seus aliados no campo de batalha. Fonte: Yahoo Notícias

terça-feira, 17 de março de 2015

Laboratórios do Cern encontram medidas do Bóson de Higgs

O diretor da Cern Frederick Bordry posa com o Grande Colisor de Hádrons (LHC), no dia 10 de fevereiro de 2015, em Meyrin
Os físicos do maior acelerador de partículas do mundo chegaram à medida mais precisa até hoje do bóson de Higgs, encontrada após uma busca de quase meio século - informou o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), nesta terça-feira.

Segundo a organização, dois laboratórios do Grande Colisor de Hádrons (LHC), normalmente em competição amistosa, uniram suas forças pela primeira vez com o objetivo de fazer esta estimativa comum.
Usando tecnologias diferentes, os laboratórios Atlas e CMS encontraram que a inalcançável partícula tem uma massa de 125,09 giga elétron-volt (GeV), com uma margem de erro de 0,24 GeV para mais ou para menos.
O número "corresponde a uma precisão de medida superior a 0,2%", informou o Cern em comunicado.
A estimativa da massa do Bóson de Higgs foi revelada durante coletiva de imprensa em La Thuile, na região italiana do Vale de Aosta, segundo o Cern. "É a medida mais precisa da massa do bóson até hoje, e é uma das medidas mais precisas já obtidas no LHC", acrescentou.
O Bóson de Higgs é considerado pelos físicos como a chave-mestra para a estrutura fundamental da matéria, a partícula elementar que confere massa a inúmeras outras, segundo a teoria do Modelo Padrão.
Sua existência foi prevista pela primeira vez em 1964, por Peter Higgs, François Englert e Robert Brout - mas foram necessários 48 anos para confirmá-la.
A descoberta do célebre Bóson de Higgs deu o prêmio Nobel de 2013 ao belga François Englert e ao britânico Peter Higgs.
"O Bóson de Higgs foi descoberto no LHC em 2012 e o estudo de suas propriedades começou imediatamente", declarou Tiziano Camporesi, porta-voz do laboratório CMS (Compact Muon Solenoid). Ele explicou que somando esforços, Atlas e CMS conseguiriam "compreender melhor esta partícula fascinante e estudar seu comportamento".
"Uma vez determinada a massa do Bóson de Higgs, é possível, dentro do espectro do Modelo Padrão, efetuar previsões para todas as outras propriedades do Bóson de Higgs, que depois poderão ser verificadas", ressaltou o Cern.
O LHC deve ser reativado entre final de maio e início de junho, após uma manutenção de dois anos.
O complexo compreende um túnel em forma de anel de 27 km - que se estende no subsolo da fronteira entre França e Suíça - onde milhares de prótons se colidem, transformando-se em todos os tipos de partículas.
Juntos, os laboratórios Atlas e CMS têm mais de 5.000 cientistas provenientes de mais de 50 países. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

segunda-feira, 16 de março de 2015

EUA e Irã negociam intensamente programa nuclear

John Kerry (e) e Mohammad Zarif reúnem-se em Lausanne

O secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, negociaram intensamente nesta segunda-feira a fim de alcançarem até o fim de março um acordo histórico sobre o programa nuclear de Teerã.
As duas autoridades, de países que não têm relações diplomáticas há 35 anos, discutiram com suas delegações durante quase cinco horas em um palácio de Lausanne, na Suíça.
Kerry e Zarif, que nutrem uma certa proximidade alimentada por meses de contatos e negociações, conversaram a sós por 20 minutos, segundo um diplomata americano.
Depois de 12 anos de tensões internacionais e 18 meses de negociações entre a República Islâmica e as potências do grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França, China e Alemanha), foi decidida a data de 31 de março como último prazo para um acordo político que garanta que o Irã não construirá uma bomba atômica.
A partir de então, deve ser alcançado um acordo completo que inclua os detalhes técnicos até 1º de julho.
Com o acordo, seriam suspensas as sanções internacionais impostas a Teerã pelo enriquecimento de urânio, um processo que pode resultar na fabricação da bomba atômica.
Zarif viajará ainda hoje para Bruxelas, onde se reunirá às 17h15 (12h15 no horário de Brasília) com a chefe da diplomacia europeia Federica Mogherini e, em seguida, com seus homólogos alemão, Frank Walter Steinmeier, francês, Laurent Fabius, e britânico, Philip Hammond, segundo um comunicado da UE.
Pouco antes desta reunião, Mogherini advertiu que as duas próximas semanas serão "fundamentais" a fim de "encontrar um terreno comum para um bom acordo". Por sua vez, Hammond considerou que apesar de as partes "terem se aproximado, resta um longo caminho" a percorrer.
Mais otimista, John Kerry expressou no domingo sua "esperança de que, nos próximos dias, isso seja possível", sem esconder "as diferenças significativas" entre o 5+1 e Teerã.
Domingo, Zarif também havia manifestado sua expectativa de "encontrar soluções nos próximos dias", a duas semanas para o fim do prazo.
Desacordos
Sobre o ritmo da suspensão das sanções, o Irã e o 5+1 discordam. Teerã quer a retirada de uma só vez de todas as medidas punitivas adotas nos últimos anos pela ONU, Estados Unidos e União Europeia, que o sufoca economicamente e isola diplomaticamente.
O presidente americano, Barack Obama, prometeu várias vezes que faria tudo, inclusive militarmente, para impedir o Irã de possuir um dia a bomba atômica.
Mas desde setembro de 2013 e uma conversa por telefone com seu colega iraniano, Hassan Rohani, tem privilegiado o caminho da diplomacia com Teerã e se reconciliou com o poder xiita, uma prioridade de sua política externa.
Para o desgosto de Israel, que se opõe a qualquer acordo e a uma possível reconciliação entre seu inimigo Irã e seu aliado americano.
Um possível avanço histórico na questão nuclear iraniana, no entanto, desencadeou protestos no Congresso americano, controlado pelos republicanos.
"Aparentemente, o governo está prestes a concluir um acordo muito ruim com um dos piores regimes do mundo, permitindo-lhe manter a sua infraestrutura nuclear", denunciou no domingo o líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell.
Diante da hostilidade dos legisladores americanos, a ala dura do Irã também se posicionou, com o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, apontando na semana passada uma "traição" de América.
nr-burs/pjt/alc/mr F0nte: Yhaoo Noticias

quinta-feira, 12 de março de 2015

Nasa se prepara para lançar missão que estudará campo magnético da Terra

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Washington, 12 mar (EFE).- A missão pioneira da Nasa para estudar a interação do campo magnético da Terra com o de outros corpos celestes, como o Sol, está pronta para partir, confirmou nesta quinta-feira a agência espacial americana.
O lançamento está previsto para as 22h44 locais (23h44 de Brasília) das instalações da Nasa na base de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA).
Os quatro observatórios espaciais idênticos que compõem o Sistema Multiescala Magnetosférico (MMS, sigla em inglês), que partirá em uma missão de dois anos, estão já a bordo de um foguete Atlas V.
A Nasa informou que a previsão meteorológica continua favorável em 70% e que o lançamento deve durar cerca de meia hora.
A missão proporcionará a primeira vista tridimensional da reconexão magnética da Terra com o Sol, um processo que ajudará a entender como se conectam e desconectam os campos magnéticos no universo.
Os cientistas esperam obter dados sobre a estrutura e a dinâmica da energia trocada pelos campos magnéticos quando estes se encontram, um momento no qual há uma liberação explosiva de energia.
A reconexão magnética produz fenômenos como as auroras, quando o vento solar penetra em nosso "escudo protetor" e as partículas de energia liberadas entram no campo magnético da Terra.
A missão MMS utilizará a magnetosfera da Terra como um laboratório para estudar a reconexão magnética, a aceleração de partículas energéticas e a turbulência.
"Com a MMS teremos a oportunidade de ver, pela primeira vez, a reconexão magnética de dentro, justo quando ela ocorre", disse Jim Burch, vice-presidente da Divisão de Engenharia e Ciência Espacial do Instituto de Pesquisa Southwest e principal pesquisador da missão.
Além disso, Burch destacou a importância desse projeto "para a pesquisa da fusão nuclear, onde a reconexão magnética demonstrou ser um sério obstáculo para o aproveitamento desta fonte potencial de energia", disse em comunicado.
A nave espacial MMS inclui 100 instrumentos, 25 em cada unidade, que foram construídos com sensores de grande capacidade que lhes permitirá fazer medições 100 vezes mais rápido do que é possível até agora.
A missão começará a enviar dados à Terra em setembro e está previsto que funcione durante dois anos, mas a Nasa não descarta ampliar sua vida útil. EFE Fonte: Yahoo Notícias

terça-feira, 10 de março de 2015

Argentina fabricará drones para seu sistema de defesa

Drone é visto em mostra de tecnologia no Centro de Convenções de Las Vegas, EUA, no dia 8 de janeiro de 2015

A Argentina iniciará a fabricação de drones para integrá-los a seu sistema de defesa, em um projeto envolvendo 2,095 bilhões de pesos (238 milhões de dólares), anunciou nesta terça-feira o Diário Oficial.
O contrato foi firmado entre o ministério da Defesa e a INVAP, empresa estatal dedicada à criação e ao desenvolvimento de sistemas tecnológicos complexos.
A INVAP, que desenhou o satélite argentino lançado em outubro passado, terá a sua disposição o orçamento de 238 milhões de dólares para criar o Sistema Aéreo Robótico Argentino (SARA).
A acordo prevê o uso de drones - de vários tamanhos e com autonomia de entre 12 e 20 horas de voo - inclusive para equipar navios da Marinha para operações de busca.
Na América Latina, o Brasil utiliza drones há dois anos nas Forças Armadas e na Polícia Federal. Fonte: Yahoo Notícias

segunda-feira, 9 de março de 2015

Solar Impulse 2 inicia em Abu Dhabi uma volta ao mundo histórica

(Foto: Reuters)(Foto: Reuters)

O avião Solar Impulse 2, que funciona exclusivamente com energia solar, iniciou nesta segunda-feira em Abu Dhabi uma volta ao mundo sem precedentes, na qual promoverá o uso das energias renováveis e testará a resistência dos pilotos.

"Começou a aventura", declarou o piloto suíço Bertrand Piccard após a decolagem do avião, comandado na primeira etapa por seu compatriota André Borschberg.
A aeronave revolucionária, que não utiliza nenhum combustível, decolou às 7h12 locais (0h12 de Brasília), antes do nascer do sol, no pequeno aeroporto de Al Bateen, na capital dos Emirados Árabes Unidos.

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O Solar Impulse 2 segue rumo ao leste e sua primeira escala é Mascate, capital do sultanato de Omã, onde deve pousar no fim do dia. O trajeto de quase 400 km deve durar 12 horas.
Após duas horas e 15 minutos de voo, o Solar Impulse 2 já havia percorrido 13% do trajeto até Mascate, segundo André Borschberg.
O piloto conversou com a imprensa e ligou para esposa, segundo o site da missão.
"O desafio a seguir é real para mim e para a aeronave", disse o piloto de 63 anos pouco antes da decolagem.
"É um desafio humano", destacou.
Vestidos com uniformes de cor laranja, os dois pilotos, Borschberg e Piccard, fizeram as últimas inspeções durante a noite.
Borschberg entrou na cabine do avião sob os aplausos de toda a equipe.
O início da missão, previsto para sábado, foi adiado pelos fortes ventos na região de Abu Dhabi durante o fim de seman.
A volta ao mundo em 12 etapas é o resultado de 13 anos de pesquisas de Borschberg e Piccard, que além da façanha científica querem transmitir uma mensagem política.
"Queremos compartilhar nossa visão de um futuro limpo", declarou Piccard, para quem esta missão deve contribuir para a luta contra o aquecimento global.
"A mudança climática oferece uma fantástica oportunidade para levar ao mercado novas tecnologias verdes, que ajudarão a preservar os recursos naturais de nosso planeta, criar postos de trabalho e sustentar o crescimento econômico", disse.
A aeronave, coberta com 17.000 células solares que cobrem asas de 72 metros e alimentam seus quatro motores elétricos de hélice.
O SI2, concebido em fibra de carbono, não pesa mais de 2,5 toneladas, tanto quanto um jipe com tração nas quatro rodas, menos de 1% do peso do Airbus A380.
O Solar Impulse 2, que voará a até 8.500 metros de altitude, seguirá depois de Omã para as cidades indianas de Ahmedabad e Varanasi. Depois irá a Mandalay, em Mianmar, Chongqing e Nanquim, na China, antes de cruzar o Pacífico com uma escala no arquipélago americano do Havaí.
Piccard e Borschberg irão parar posteriormente em Phoenix e Nova York, de onde partirão ao sul da Europa ou ao norte da África, última escala antes do retorno a Abu Dhabi, no fim de julho ou início de agosto. Fonte: Yahoo Notícias

sábado, 7 de março de 2015

Google trabalha em versão do Android destinada à realidade virtual

Sede da Google, na cidade americana de Mountain View
A gigante americana da internet Google trabalha em uma versão de seu sistema operacional Android destinada à realidade virtual, publicou neste sábado o "Wall Street Journal (WSJ)".
O grupo Mountain View (Califórnia), que não quer perder o trem deste mercado promissor, formou uma equipe de engenheiros cuja função será desenvolver este sistema operacional para que ele seja integrado a futuros dispositivos e aplicativos de realidade virtual, explica o jornal, citando duas fontes.
A Google já recrutou 10 engenheiros para uma divisão específica, que será dirigida por Clay Bavor.
Esta versão do Android será compatível com os sistemas operacionais de outros terminais (smartphones, tablets, objetos conectados) e representará uma oportunidade para que os desenvolvedores ofereçam seus aplicativos, diz o WSJ, assinalando que a Google planeja disponibilizar o sistema gratuitamente.
O objetivo da Google é se antecipar ao concorrente Facebook, que desenvolve seu próprio acessório de realidade virtual, com seu próprio sistema operacional, como a Apple com o iPhone.
Como os concorrentes, a Google aposta no auge da realidade virtual, onde investe com força.
No salão de videogames de San Francisco, realizado esta semana, a realidade virtual foi o destaque. A Sony anunciou que irá comercializar seus óculos, Morpheus, a partir de 2016. Outras, como a Microsoft (HoloLens) e a fabricante de celulares taiuanesa HTC, também estão na corrida. Fonte: Yahoo Notícias