quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Cientistas desenvolvem bateria de lítio-ar mais eficiente

(Arquivo) Um químico analisa amostras de lítio, em Uyuni, Bolívia, no dia 17 de agosto de 2015
Um novo tipo de produto químico pode fornecer energia para as baterias de lítio-ar - que há muito tempo sofre obstáculos tecnológicos - o que pode contribuir para a criação de um produto capaz de fazer frente à gasolina nos carros, disseram investigadores nesta quinta-feira.
As baterias recarregáveis ​​têm sido há décadas - a bateria de íons de lítio que alimenta muitos dispositivos móveis fará 25 anos em 2016 - mas expandir essa tecnologia para os automóveis tem se mostrado difícil.
Pesquisadores passaram anos procurando uma espécie de bateria conhecida como lítio-ar, ou lítio-oxigênio, que poderia fornecer 10 vezes mais energia e, possivelmente mais densidade de energia suficiente para comparar com a gasolina, mas elas também têm sido alvo de problemas práticos.
Enquanto uma bateria de lítio-ar definitiva permanece pelo menos a uma década de distância, pesquisadores da Universidade de Cambridge dizem ter patenteado uma tecnologia que supera alguns dos principais obstáculos.
A principal autora da pesquisa, Clare Grey, professora de química na Universidade de Cambridge, disse que "a conquista significativa" de sua equipe vem fazendo progressos rumo à alta capacidade "já que levamos a eficiência para números que competem com a tecnologia de lítio-íon atual".
Como a tecnologia ainda está em fase de laboratório, não é possível compará-la diretamente com as tecnologias disponíveis atualmente, disse a cientista.
Mas a mais recente abordagem mostrou um aumento da eficiência energética de até 93%, e faz isso usando um produto químico diferente do utilizado nas tentativas anteriores: empregando hidróxido de lítio (LiOH) em vez de peróxido de lítio (Li2O2).
A demonstração foi feita com um "eletrodo de carbono altamente poroso, 'fofo', feito de grafeno (incluindo folhas de carbono de um átomo de espessura) e aditivos que alteram as reações químicas no trabalho na bateria, tornando-a mais estável e mais eficiente", explica um comunicado da Universidade de Cambridge.
O resultado é mais um passo no caminho rumo a uma bateria mais prática e eficiente, disse Grey.
"Estamos empolgados com a substância química, mas também temos um monte de trabalho a fazer, em especial para compreender os mecanismos dessa química e otimizá-la e trabalhar para chegarmos o mais perto possível de um sistema de maior eficiência".
O artigo foi publicado na revista norte-americana Science. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Autoridades dos EUA alertam para riscos de medicamentos contra hepatite C

(Arquivo) Teste de Hepatite C

A agência norte-americana de medicamentos (FDA) alertou nesta quinta-feira contra os riscos graves, inclusive de morte, provocados por dois remédios contra a hepatite C produzidos pelos laboratórios norte-americanos AbbVie.
A farmacêutica Abbvie identificou casos de insuficiência hepática em pacientes com cirrose que se trataram com os remédios "Viekira Pak" e "Technivie", disse a Food and Drug Administration em sua página na internet.
Alguns destes casos necessitaram de um trasplante de fígado ou foram mortais.
Os casos mais graves foram observados principalmente em pacientes tratados com o Viekira Pak, segundo a FDA.
Assim, a agência federal exigiu que a Abbvie coloque etiquetas de advertência sobre os graves riscos para o fígado que se corre ao ingerir estes medicamentos para tratar a hepatite C, uma infecção crônica do fígado.
Desde que a FDA deu sinal verde para a venda do Viekira Pak em dezembro de 2014 e em julho passado para o Technivie, foram registrados ao menos 26 casos no mundo de problemas graves relacionados a estes remédios. Fonte: Yhaoo Notícias

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Aos cem anos, teoria da relatividade de Einstein continua atual

Albert Einstein, em 1921
A teoria da relatividade geral de Albert Einstein, que transformou nossa compreensão do universo e seus fenômenos, comemora seu centenário este ano sem ter perdido vigor. Todos os experimentos realizados para verificação conseguem comprová-la.
"Einstein mudou nossa percepção das coisas mais fundamentais, que são o espaço e o tempo, e nos abriu os olhos ao cosmos e alguns de seus objetos mais interessantes, como os buracos negros", explicou à AFP David Kaiser, professor de física e de história da ciência do famoso Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
O famoso físico que passou os últimos anos de sua vida na Universidade de Princeton, no leste dos Estados Unidos, apresentou sua teoria em 25 de novembro de 1915 na Academia Prussiana de Ciências. O documento foi publicado em março de 1916 na revista Annalen Der Physik.
A Relatividade Geral, uma das teorias mais revolucionárias da história, representou um salto imenso sobre a lei da gravitação universal de Isaac Newton de 1687, ao mostrar que "o espaço e o tempo não são imutáveis, mas fenômenos dinâmicos submetidos a uma evolução, assim como outros processos do Universo", explica Michael Turner, professor de física e cosmologia da Universidade de Chicago.
Einstein avançou a teoria da relatividade em 1905 ao descrever a distorção de tempo e espaço por um objeto que se move a uma velocidade próxima à velocidade da luz, o que em si é imutável. Também produziu sua famosa equação E = mc2, que desafiou as hipóteses da época, segundo as quais a energia e a massa eram diferentes. Ele demonstrou que tratava-se da mesma coisa, sob formas diferentes.
Precursor do GPS
Dez anos mais tarde, a Relatividade Geral ofereceu uma visão mais ampla ano explicar que a gravidade é uma curvatura no espaço-tempo na presença de uma massa. Assim, o tempo passa mais lentamente na proximidade de um campo gravitacional como o de um planeta do que no vazio do espaço.
Este corolário foi verificado comparando dois relógios atômicos, um deles na Terra e outro num avião em grande altitude, que mostrou-se ligeiramente mais atrasado.
O GPS é uma aplicação deste fenômeno. Os satélites têm relógios extremamente precisos ajustados para levar em conta esta diferença de tempo, sem a qual os GPS não poderiam funcionar.
Segundo a teoria da Relatividade Geral, a luz também se curva por causa de campos gravitacionais potentes, algo que o astrônomo britânico Arthur Eddington confirmou com suas observações em 1919.
Einstein também previu que as estrelas no final da vida, quando já esgotaram seu combustível nuclear, entram em colapso sob sua própria gravidade. Sua envoltura externa explode numa supernova, e seu coração se transforma num objeto muito denso chamado "estrela de nêutrons" ou "pulsar", que gira muito rápido sobre si mesma. Assim, estas estrelas podem transformar-se num buraco negro, cujo gigantesco campo gravitacional curva tanto o espaço que a luz não pode escapar.
Segundo Einstein, estes corpos celestes, devido a sua massa, teriam que provocar ondulações no espaço-tempo, assim como uma pedra forma ondas na água.
Trata-se das ondas gravitacionais que os astrônomos esperam observar diretamente, explica Kaiser. "Isso confirmaria uma das últimas grandes previsões de Einstein, que ainda não foi verificada", conta.
Alguns instrumentos construídos com esta finalidade, como o Observatório LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) nos Estados Unidos, ou o interferômetro laser VIRGO na Europa, poderiam detectar essas ondas nos próximos anos, estima o pesquisador.
Teoria das cordas
No entanto, o maior desafio é conciliar a teoria da relatividade geral com a física quântica, os dois grandes pilares da física moderna. A física quântica, ao contrário da relatividade, funciona perfeitamente para descrever os fenômenos em nível atômico, com várias aplicações que vão desde o transistor aos computadores, mas não funciona no nível do Universo.
Para o professor Turner, a teoria mais promissora para tal conciliação é a teoria das cordas, segundo a qual as bases fundamentais da matéria não seriam as partículas, mas uma espécie de cordinhas elásticas que vibram em diferentes frequências.
"Esta teoria poderia responder eventualmente à pergunta fundamental da natureza do tempo e o espaço (...) e sugere a existência possível de outras dimensões", explicou à AFP.
Segundo o especialista, "a teoria das cordas é como uma grande cesta vazia na qual podemos colocar as esperanças e os sonhos", enquanto "ficamos prontos para a próxima etapa, para o próximo Einstein". Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

Japão reconhece que radiação provocou câncer em ex-funcionário de Fukushima

(Nov/2014) Funcionários da central de Fukushima em um intervalo de trabalho

O governo japonês reconheceu nesta terça-feira, pela primeira vez, que um ex-funcionário da central nuclear de Fukushia desenvolveu leucemia em consequência das radiações provocadas pelo acidente nuclear de março de 2011.
Outros ex-funcionários da central de Fukushima Daiichi, nordeste do Japão, devastada pelo tsunami de 11 de março de 2011, sofrem de câncer, mas esta é a primeira vez que o ministério japonês da Saúde reconhece oficialmente uma relação de causa e efeito entre as radiações e a doença.
O operário, que atualmente tem 41 anos, segundo a imprensa, trabalhou de outubro de 2012 a dezembro de 2013 na central de Fukushima Daiichi. Antes deste período, também passou vários meses em outra unidade nuclear, segundo o ministério.
Além do primeiro caso reconhecido, a situação de outras três pessoas está sendo examinada, segundo o ministério, que já havia rejeitado reclamações similares de ex-trabalhadores da central nuclear.
Três dos seis reatores da central de Fukushima Daiichi entraram em fusão poucas horas depois do maremoto que devastou a costa nordeste do Japão há quatro anos e meio, após um forte terremoto.
Depois foram registradas explosões de hidrogênio que destruíram vários pontos da central, o que provocou o vazamento de elementos radioativos.
Milhares de trabalhadores atuaram em rodízio durante um longo período para retomar o controle das instalações e implantar os meios para resfriar os reatores, retirar os escombros contaminados e preparar o desmantelamento.
Pior desastre depois de Chernobyl
Oficialmente ninguém morreu em consequência da exposição às radiações depois da catástrofe de Fukushima, o mais grave desastre nuclear civil no mundo depois da explosão de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
No entanto, centenas de pessoas faleceram em consequência da degradação de suas condições de vida após a súbita retirada da região de Fukushima.
O caso reconhecido nesta terça-feira é o primeiro que envolve o acidente de Fukushima, mas no passado os diagnósticos de câncer de 13 trabalhadores do setor nuclear (não envolvidos nas obras de Fukushima) foram atribuídos à exposição às radiações.
Até mesmo a morte por câncer do diretor da central no momento do acidente, Masao Yoshida, não foi vinculada oficialmente às radiações que ele recebeu após a tragédia.
Yoshida, que faleceu em julho de 2013, estava em Fukushima Daiichi no momento do acidente e continuou trabalhando de modo intenso no local durante os seis meses seguintes.
"Este primeiro reconhecimento é uma decisão essencial para os direitos dos trabalhadores", afirmou Shinzo Kimura, da Universidade de Medicina Dokkyo.
Milhares de trabalhadores, dos quase 45.000 que entraram na central, receberam doses que podem provocar câncer, de acordo com os critérios das autoridades e dos dados de exposição publicados pela Tepco, a empresa que administra Fukushima Daiichi.
"É um duro golpe para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que considerou em setembro que existia um risco pequeno de efeitos na saúde pela catástrofe de Fukushima", afirmou a associação de defesa do meio ambiente Greenpeace.
Entre a população, mais de 300.000 menores de 18 anos que moravam em 2011 no município de Fukushima foram submetidos a exames.
Mais de 100 casos de câncer de tireoide - confirmados ou muito prováveis - foram detectados até o momento.
De acordo com os especialistas, no entanto, é difícil atribuí-los aos efeitos de Fukushima pela falta de referências anteriores sobre a frequência deste tipo de doença entre os adolescentes da região, assim como os prazos considerados muito curtos entre o acidente e o surgimento dos casos. Fonte; Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Neutrino, uma partícula tão enigmática quanto abundante no universo

Prêmio Nobel de Física: os neutrinos têm massa
O neutrino, uma partícula elementar tão enigmática quanto abundante no universo, é um verdadeiro camaleão, do qual os cientistas seguem a pista há 80 anos, colhendo vários prêmios Nobel no caminho.
Enquanto milhares de bilhões de neutrinos atravessam nosso corpo a cada segundo na velocidade da luz sem que sintamos absolutamente nada, o japonês Takaaki Kajita e o canadense Arthur McDonald descobriram um dos enigmas que cercam esta estranha partícula, o que nesta terça-feira lhes valeu o Prêmio Nobel de Física.
Eles conseguiram provar experimentalmente que os neutrinos são verdadeiros camaleões capazes de se transformar e inclusive, às vezes, voltar a seu estado inicial.
"É mais ou menos como se você tivesse uma maçã numa mão e de repente se transforma numa maçã", disse à AFP Alfons Weber, especialista em neutrinos da universidade de Oxford (Grã-Bretanha).
Emitidos pelas estrelas e a atmosfera, os neutrinos também podem ser criados pela radioatividade beta, como a que é gerada pelas centrais nucleares.
Atualmente, três espécies ou "salvadores" de neutrinos (ou antipartículas) foram identificados. O neutrino do elétron, associado como diz seu nome, a um elétron, neutrino do múon, associado a um múon (elétron pesado) e o neutrino do tau, associado à partícula tau (elétron ainda mais pesado).
"Estes neutrinos têm a propriedade de transformar-se de maneira periódica ("oscilação") e de passar de uma espécie a outra quando se deslocam", explica à AFP Daniel Vignaud, pesquisador emérito do laboratório de AstroPartículas e Cosmologia da universidade de Paris 7. "Mas este fenômeno só é possível se contam com massa", alerta.
"Esta descoberta da oscilação dos neutrinos e de que têm massa resolve um dos mais antigos problemas da física: o fato de que o sol não produz tantos neutrinos como deveria. Atualmente, sabemos que eles de transformam", ressalta Roy Sambles, presidente do IOP (Institut of Physics) britânico em comunicado.
Estes resultados são ricos em consequências para os pesquisadores já que abalam o "Modelo Padrão" da física de partículas, que não dotava o neutrino de massa.
Este é um modelo teórico muito preciso, que descreve os componentes da matéria e as forças que atuam sobre ela. "Hoje em dia, precisamos adaptá-lo" a este novo dado, insiste Vignaud.
- Uma grande pesquisa -
"É talvez uma porta aberta para uma explicação do desaparecimento da anti-matéria no universo após o Big Bang. Mas como é uma ideia teórica, uma especulação que requer confirmação experimental. E isso vai levar muito, muito tempo", declarou à AFP Jacques Dumarchez, investigador do CNRS (Centro Nacional de Investigação Científica) francês.
Em revanche, "não existem aplicações concretas" a esperar desta longa pesquisa, reconhece.
"Nestas últimas décadas, a pesquisa sobre o neutrino tem sido uma verdadeira pesquisa policial, de um extremo a outro, e ainda não terminou", contou.
No começo de tudo, o austríaco Wolfgang Pauli, o pai do neutrino nos anos 1930, "postulou a existência" destas partículas. Ele imaginava uma partícula de carga neutra, difícil de detectar, posto que estaria desprovida de carga elétrica.
Mas em 1956, os norte-americanos Frederick Reines e Clyde Cowan detectaram realmente pela primeira vez os neutrinos. Reines recebeu o Prêmio Nobel de Física de 1995 pela descoberta do neutrino, junto a seu compatriota Martin Lewis Perl, que descobriu o neutrino do tau.
Depois, os norte-americanos Leon Lederman, Melvin Schwartz e Jack Steinberger encontraram uma nova espécie, o neutrino do múon, pelo qual receberam o mesmo prêmio em 1988.
Perl descobriu o neutrino do tau nos anos 1990.
Nos anos 2000, os cientistas descobrem que certos neutrinos mudam de natureza durante sua viagem. Novo prêmio Nobel em 2002, desta vez para o norte-americano Raymond Davis e o japonês Masatoshi Koshib.
O também japonês Takaaki Kajita e o canadense Arthur McDonald completam este quebra-cabeças com seus experimentos em 1998 e 1999, permitindo deduzir que os neutrinos têm massa.
Mas a busca não acabou: alguns cientistas ainda esperam descobrir um quarto neutrino. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Indústria nuclear está despreparada para lidar com ciberataques

(Arquivo) A indústria nuclear, atrasada na prevenção do perigo tecnológico, é um alvo particularmente vulnerável aos ciberataques, que estão, por sua vez, mais disseminados e sofisticados - revelou a britânica Chatham House
A indústria nuclear, atrasada na prevenção do perigo tecnológico, é um alvo particularmente vulnerável aos ciberataques, que estão, por sua vez, mais disseminados e sofisticados - revelou a britânica Chatham House, em relatório divulgado nesta segunda-feira.
Os atores da indústria nuclear "começam, mas têm dificuldades para lutar contra esta nova ameaça insidiosa", analisa o "think tank" britânico, após 18 meses de pesquisa.
O instituto avalia que as centrais nucleares "não têm preparo para enfrentar uma urgência em matéria de cibersegurança, em um incidente de grande amplidão, e teriam problemas para coordenar uma resposta adequada".
De acordo com o relatório, entre as causas, estão um financiamento insuficiente para esta prevenção; falta de formação, de normas reguladoras e da cultura da cibersegurança; e uso crescente do digital nos sistemas de exploração nas centrais.
A Chatham House denuncia o "mito disseminado", segundo o qual as centrais nucleares estariam protegidas, por não estarem conectadas à Internet.
Várias instalações adotaram, progressivamente, uma forma de conectividade, e seus sistemas informáticos podem ser invadidos por meios, às vezes, bastante simples.
O vírus Stuxnet, usado contra sítios nucleares iranianos em 2010, foi implantado por um periférico USB. Segundo a Chatham House, esse ataque se tornou referência no mundo da pirataria virtual, o que permitiu aos "hackers" melhorar sua técnica.
Depois do Stuxnet, acrescentou o relatório, os piratas (virtuais) ao redor do mundo se inspiraram em seu funcionamento e incorporaram algumas de suas funcionalidades a seus próprios malwares. Fonte: Yahoo Notícias

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Produtos químicos tóxicos ameaçam reprodução humana

Mulher albanesa faz um exame com aparelho de ultrasson em Tirana
O forte aumento da exposição aos produtos químicos tóxicos durante os quarenta últimos anos ameaça a saúde da reprodução humana, alertou nesta quinta-feira a principal organização internacional de profissionais da saúde reprodutiva.

Estamos inundando o mundo com produtos considerados como inseguros e pagamos caro em termos de saúde reprodutiva", declarou Gian Carlo Di Renzo, autor do alerta lançado pela Federação Internacional de Ginecologistas e Obstetras (Figo), organização com sede em Londres que reúne especialistas de 125 países.
O alerta, publicado na revista International Journal of Gynecology and Obstetrics, culpa produtos químicos como pesticidas, poluentes do ar, plásticos e solventes por condições como abortos espontâneos, transtornos do crescimento fetal, peso reduzido no nascimento, má-formações congênitas, problemas nas funções cognitivas ou do desenvolvimento, câncer do aparelho reprodutor, baixa qualidade do sêmen e hiperatividade das crianças.
Os autores do relatório chamam atenção sobretudo para os perturbadores endócrinos, ao destacar que um dos efeitos da exposição a estas substâncias é "desregular os hormônios encarregados de regular as funções reprodutivas e de desenvolvimento".
Os perturbadores endócrinos estão presentes em inúmeros produtos como embalagens, pesticidas, cosméticos, revestimentos químicos e produtos de limpeza.
"A exposição a produtos químicos tóxicos é permanente durante a gravidez e a lactação e ameaça a reprodução da espécie humana", afirma a federação em seu comunicado, preconizando "políticas de proteção aos pacientes e às populações". Fonte: Yahoo Notícias