domingo, 20 de dezembro de 2015

O uso do carvão como fonte energética pode está chegando ao fim.


Vista da mina britânica de Kellingley, em seu último dia de funcionamento
Vista da mina britânica de Kellingley, em seu último dia de funcionamento

A produção energética mundial pode estar saindo da idade do carvão, devido à menor demanda chinesa e à ascensão de energias renováveis como alternativas a este combustível fóssil altamente poluente, indicou a AIE.
A Agência Internacional de Energia (AIE) avalia em seu relatório anual sobre o setor, publicado nesta sexta-feira, que o planeta consumirá 5,8 bilhões de toneladas de carvão em 2020, 500 milhões de toneladas a menos que em sua avaliação precedente.
O crescimento anual da demanda de carvão, que alcançou uma média de 3,3% entre 2010 e 2013, desacelerará a uma média anual de 0,8% até 2020, afirma o documento, publicado menos de uma semana após o acordo de luta contra as mudanças climáticas selado em Paris por 195 países (COP21).
Além disso, a parte relativa ao carvão na produção de eletricidade diminuirá, passando de 41% a 37% do total.
A tendência já é visível. "Pela primeira vez desde os anos 1990, o crescimento da demanda mundial de carvão se deteve em 2014", constata a agência energética, ao considerar inclusive provável um recuo neste ano.
Para a AIE, duas razões principais explicam esta inflexão: o reforço das políticas ambientalistas, que se reflete em acordos com o da COP21, e sobretudo a reconversão econômica da China, que consome atualmente a metade dos recursos mundiais de carvão.
O gigante asiático, que também registra uma desaceleração de seu crescimento econômico, está desenvolvendo uma economia baseada principalmente nos serviços, em detrimento de uma indústria pesada voraz em matéria de recursos energéticos.
O governo chinês também enfrenta desafios ambientais de grandes proporções e se vê pressionado para buscar alternativas ao carvão, afirmou o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol, em uma coletiva de imprensa em Cingapura.
No início do mês, Pequim anunciou um plano de modernização de suas centrais de carvão, que permitirá economizar 100 bilhões de toneladas de combustível e evitar a emissão anual de 180 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2).
A China também desenvolve em ritmo acelerado fontes alternativas de energia, como a hidroeletricidade, a energia solar, a fotovoltaica e a nuclear.
"Dados oficiais provisórios mostram que a demanda chinesa do carvão retrocedeu em 2014 e que esta baixa pode se acelerar em 2015", ressalta a AIE.
O carvão também pesa cada vez menos nos países desenvolvidos da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE), especialmente na Europa e nos Estados Unidos. Isso se deve ao efeito conjugado de instalações que envelhecem, uma frágil demanda elétrica, a instauração de taxas ao carbono e o apoio às energias renováveis, cada vez mais competitivas.
No mês passado, vários países da OCDE decidiram limitar seus apoios financeiros às exportações de centrais de carvão.
Índia, uma exceção
Em outras regiões, a saída do carvão se anuncia como mais difícil.
Isso ocorre, em particular, na Índia e nos países do sudeste asiático (Indonésia, Vietnã, Malásia, etc...), que serão o principal motor do crescimento do consumo de carvão nos próximos anos, segundo a AIE.
As autoridades indianas consideram efetivamente que este combustível é indispensável para sustentar o crescimento industrial do país e garantir o acesso à eletricidade de 240 milhões de habitantes ainda privados.
"A Índia se converterá no segundo consumidor mundial de carvão, à frente de Estados Unidos, e no primeiro importador de carvão térmico", embora este impulso seja insuficiente para contrabalançar a tendência geral, afirma a Agência Internacional de Energia.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Descoberto em Botswana maior diamante do século

O maior diamante descoberto em um século, pesando 1.111 quilates, foi extraído em Botswana


O maior diamante descoberto em um século, pesando 1.111 quilates, foi extraído em Botswana - disse nesta quinta-feira a empresa de mineração Lucara, com sede no Canadá.
A pedra incolor, tão grande quanto uma bola de tênis, "mede 65 mm X 56 mm X 40 mm", informou a empresa Lucana, sediada em Vancouver, na província canadense da Colúmbia Britânica.
Trata-se do "segundo maior diamante descoberto" e do "maior diamante descoberto em mais de um século", segundo um comunicado da empresa.
A pedra "magnífica" foi encontrada na mina de Karowe, no centro-oeste de Botswana, explorada pela companhia canadense.
O maior diamante do mundo é o Cullinan, de 3.106 quilates, encontrado na África do Sul em 1905. Ele foi fracionado em vários outras pedras enormes, e as principais ornam o cetro da majestade britânica e a coroa imperial que fazem parte dos tesouros da Coroa Britânica - especialmente guardados na Torre de Londres.
"Enquanto o diamante não foi inteiramente analisado, será impossível determinar seu valor", declarou à AFP um especialista em mineração, Kieron Hodgson. "Mas o que é certo é que ele tem o potencial para ser um diamante muito caro (...). Seu valor dependerá das possíveis inclusões, sua reação quando for lapidado, sua forma ótima e sua cor final", explicou.
Nesta quinta-feira, às 9h30 9de Brasília), as ações da Lucara tinham uma valorização de 34% na Bolsa de Estocolmo, onde são cotadas, a 14,15 coroas suecas (6 reais).
Botswana é o segundo maior produtor de diamantes do mundo, depois da Rússia. Fonte:Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

domingo, 8 de novembro de 2015

Toyota investe US$ 1 bilhão em empresa de inteligência artificial

O presidente da empresa, Akio Toyoda, participa de uma entrevista coletiva em Tóquio
A Toyota, principal montadora japonesa, anunciou nesta sexta-feira a criação nos Estados Unidos de uma empresa de I+D especializada em inteligência artificial e em robótica, que receberá 1 bilhão de dólares em cinco anos.

O Toyota Research Institute, que terá sua sede no Silicon Valley, "ajudará a preencher a lacuna entre a pesquisa básica e o desenvolvimento de produtos", afirma a empresa em um comunicado divulgado antes de uma entrevista coletiva de seu presidente executivo, Akio Toyoda, em Tóquio.
Os principais objetivos são "melhorar a segurança (reduzindo o risco de acidente), tornar acessível a condução de todas as pessoas, independente das capacidades do motorista, e, de maneira mais geral, facilitar a mobilidade, especialmente das pessoas mais velhas".
"Prevemos também aplicar nossos trabalhos de maneira mais geral, por exemplo, para melhorar a eficácia na produção industrial", completa o comunicado da empresa.
"A inteligência artificial tem um potencial importante para apoiar as tecnologias futuras e a criação de toda uma nova indústria", destaca.
O investimento inicial de um bilhão de dólares durante os próximos cinco anos servirá para criar as duas unidades previstas e estabelecer suas equipes. Fonte: Yhaoo Notícias

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Álcool, drogas e suicídios fazem estragos entre americanos brancos de meia idade

Um homem segura um cigarro de maconha sintética, em Nova York, no dia 31 de agosto de 2015

A mortalidade de norte-americanos brancos de meia-idade caía desde 1978, mas um estudo divulgado na última segunda-feira revelou uma reversão surpreendente há 15 anos devido ao abuso de álcool, drogas e ao suicídio, em particular nos setores mais desfavorecidos.
Esta mudança de tendência, que apaga décadas de progresso devido aos avanços médicos e à qualidade de vida, não tem sido observada em outros países ricos como a França ou a Alemanha.
Da mesma forma, esta tendência também não é encontrada em grupos étnicos da mesma faixa etária (45-55 anos) nos Estados Unidos, tais como negros ou hispânicos, observam os pesquisadores, incluindo o anglo-americano Angus Deaton, laureado deste ano Prêmio Nobel de Economia, professor da Universidade de Princeton (Nova Jersey).
O trabalho foi publicado nos anais da Academia de Ciências dos Estados Unidos (PNAS).
Segundo os pesquisadores, trata-se de uma "hecatombe" com um um equilíbrio comparável o número de americanos que morreram por causa da aids, 658.000 ao total, desde o início da epidemia no início de 1980.
Embora as taxas de mortalidade relacionadas a drogas, álcool e suicídio tenham aumentado entre os brancos de meia-idade, o maior aumento ocorreu entre aqueles com menor escolaridade.
Entre aqueles com apenas ensino médio ou menos, a taxa de mortalidade ligada a drogas e álcool quadruplicou nos últimos 15 anos, enquanto os suicídios aumentaram 81%. As mortes causadas por doenças do fígado ou cirrose aumentaram 50% durante o mesmo período.
A mortalidade global aumentou 22% desde 1998 entre os brancos de meia-idade com menor grau de instrução e, portanto, são os mais vulneráveis ​​economicamente.
Entre aqueles com escolaridade mais elevada, a taxa de mortalidade variou pouco, enquanto entre aqueles com um grau de bacharel ou mais estudos a mortalidade continuou a declinar.
Mais consumo de heroína
Se a taxa de mortalidade tivesse continuado a diminuir nos últimos 15 anos, como observado entre 1978 e 1998, teria havido 488.500 menos mortes nessa faixa etária entre 1999 e 2013, calcularam os pesquisadores.
Embora esta mudança na tendência na saúde dos americanos brancos não esteja totalmente elucidada, os economistas apontam o maior acesso a opioides desde o final dos anos 1990 como uma causa potencial para o abuso de drogas.
Na sequência do aumento dos controles sobre a distribuição de analgésicos base de morfina, um número crescente de americanos que tinham desenvolvido uma dependência dessas drogas se voltaram para a heroína, cujo consumo aumentou 63% entre 2002 e 2013, de acordo com estatísticas oficiais.
O estresse causado por dificuldades financeiras também poderia desempenhar um papel nessas mortes, dizem os pesquisadores.
A renda familiar média de americanos brancos de meia-idade começaram a cair drasticamente desde o final de 1990. A estagnação dos salários, que começou com a desaceleração econômica na década de 1970, continuou a afetar mais duramente os americanos sem ensino superior.
Acrescente a isso a crescente incerteza sobre as pensões, cada vez mais dependente dos caprichos dos mercados financeiros, e o fato de que os americanos não poupam o suficiente.
Essa maior mortalidade coincide com pesquisas nas quais há 15 anos os inquiridos falam numa debilitação de sua saúde física e mental, bem como as crescentes dificuldades em lidar com a vida, fenômeno que é visto especialmente entre brancos de meia-idade.
O estudo também constata que, em 2013, o dobro de pessoas neste grupo reivindicava sofrer problemas de dores crônicas e problemas no fígado, em comparação a 1999.
A proporção dos que afirmam não poder trabalhar também duplicou no mesmo período. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Cientistas desenvolvem bateria de lítio-ar mais eficiente

(Arquivo) Um químico analisa amostras de lítio, em Uyuni, Bolívia, no dia 17 de agosto de 2015
Um novo tipo de produto químico pode fornecer energia para as baterias de lítio-ar - que há muito tempo sofre obstáculos tecnológicos - o que pode contribuir para a criação de um produto capaz de fazer frente à gasolina nos carros, disseram investigadores nesta quinta-feira.
As baterias recarregáveis ​​têm sido há décadas - a bateria de íons de lítio que alimenta muitos dispositivos móveis fará 25 anos em 2016 - mas expandir essa tecnologia para os automóveis tem se mostrado difícil.
Pesquisadores passaram anos procurando uma espécie de bateria conhecida como lítio-ar, ou lítio-oxigênio, que poderia fornecer 10 vezes mais energia e, possivelmente mais densidade de energia suficiente para comparar com a gasolina, mas elas também têm sido alvo de problemas práticos.
Enquanto uma bateria de lítio-ar definitiva permanece pelo menos a uma década de distância, pesquisadores da Universidade de Cambridge dizem ter patenteado uma tecnologia que supera alguns dos principais obstáculos.
A principal autora da pesquisa, Clare Grey, professora de química na Universidade de Cambridge, disse que "a conquista significativa" de sua equipe vem fazendo progressos rumo à alta capacidade "já que levamos a eficiência para números que competem com a tecnologia de lítio-íon atual".
Como a tecnologia ainda está em fase de laboratório, não é possível compará-la diretamente com as tecnologias disponíveis atualmente, disse a cientista.
Mas a mais recente abordagem mostrou um aumento da eficiência energética de até 93%, e faz isso usando um produto químico diferente do utilizado nas tentativas anteriores: empregando hidróxido de lítio (LiOH) em vez de peróxido de lítio (Li2O2).
A demonstração foi feita com um "eletrodo de carbono altamente poroso, 'fofo', feito de grafeno (incluindo folhas de carbono de um átomo de espessura) e aditivos que alteram as reações químicas no trabalho na bateria, tornando-a mais estável e mais eficiente", explica um comunicado da Universidade de Cambridge.
O resultado é mais um passo no caminho rumo a uma bateria mais prática e eficiente, disse Grey.
"Estamos empolgados com a substância química, mas também temos um monte de trabalho a fazer, em especial para compreender os mecanismos dessa química e otimizá-la e trabalhar para chegarmos o mais perto possível de um sistema de maior eficiência".
O artigo foi publicado na revista norte-americana Science. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Autoridades dos EUA alertam para riscos de medicamentos contra hepatite C

(Arquivo) Teste de Hepatite C

A agência norte-americana de medicamentos (FDA) alertou nesta quinta-feira contra os riscos graves, inclusive de morte, provocados por dois remédios contra a hepatite C produzidos pelos laboratórios norte-americanos AbbVie.
A farmacêutica Abbvie identificou casos de insuficiência hepática em pacientes com cirrose que se trataram com os remédios "Viekira Pak" e "Technivie", disse a Food and Drug Administration em sua página na internet.
Alguns destes casos necessitaram de um trasplante de fígado ou foram mortais.
Os casos mais graves foram observados principalmente em pacientes tratados com o Viekira Pak, segundo a FDA.
Assim, a agência federal exigiu que a Abbvie coloque etiquetas de advertência sobre os graves riscos para o fígado que se corre ao ingerir estes medicamentos para tratar a hepatite C, uma infecção crônica do fígado.
Desde que a FDA deu sinal verde para a venda do Viekira Pak em dezembro de 2014 e em julho passado para o Technivie, foram registrados ao menos 26 casos no mundo de problemas graves relacionados a estes remédios. Fonte: Yhaoo Notícias

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Aos cem anos, teoria da relatividade de Einstein continua atual

Albert Einstein, em 1921
A teoria da relatividade geral de Albert Einstein, que transformou nossa compreensão do universo e seus fenômenos, comemora seu centenário este ano sem ter perdido vigor. Todos os experimentos realizados para verificação conseguem comprová-la.
"Einstein mudou nossa percepção das coisas mais fundamentais, que são o espaço e o tempo, e nos abriu os olhos ao cosmos e alguns de seus objetos mais interessantes, como os buracos negros", explicou à AFP David Kaiser, professor de física e de história da ciência do famoso Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
O famoso físico que passou os últimos anos de sua vida na Universidade de Princeton, no leste dos Estados Unidos, apresentou sua teoria em 25 de novembro de 1915 na Academia Prussiana de Ciências. O documento foi publicado em março de 1916 na revista Annalen Der Physik.
A Relatividade Geral, uma das teorias mais revolucionárias da história, representou um salto imenso sobre a lei da gravitação universal de Isaac Newton de 1687, ao mostrar que "o espaço e o tempo não são imutáveis, mas fenômenos dinâmicos submetidos a uma evolução, assim como outros processos do Universo", explica Michael Turner, professor de física e cosmologia da Universidade de Chicago.
Einstein avançou a teoria da relatividade em 1905 ao descrever a distorção de tempo e espaço por um objeto que se move a uma velocidade próxima à velocidade da luz, o que em si é imutável. Também produziu sua famosa equação E = mc2, que desafiou as hipóteses da época, segundo as quais a energia e a massa eram diferentes. Ele demonstrou que tratava-se da mesma coisa, sob formas diferentes.
Precursor do GPS
Dez anos mais tarde, a Relatividade Geral ofereceu uma visão mais ampla ano explicar que a gravidade é uma curvatura no espaço-tempo na presença de uma massa. Assim, o tempo passa mais lentamente na proximidade de um campo gravitacional como o de um planeta do que no vazio do espaço.
Este corolário foi verificado comparando dois relógios atômicos, um deles na Terra e outro num avião em grande altitude, que mostrou-se ligeiramente mais atrasado.
O GPS é uma aplicação deste fenômeno. Os satélites têm relógios extremamente precisos ajustados para levar em conta esta diferença de tempo, sem a qual os GPS não poderiam funcionar.
Segundo a teoria da Relatividade Geral, a luz também se curva por causa de campos gravitacionais potentes, algo que o astrônomo britânico Arthur Eddington confirmou com suas observações em 1919.
Einstein também previu que as estrelas no final da vida, quando já esgotaram seu combustível nuclear, entram em colapso sob sua própria gravidade. Sua envoltura externa explode numa supernova, e seu coração se transforma num objeto muito denso chamado "estrela de nêutrons" ou "pulsar", que gira muito rápido sobre si mesma. Assim, estas estrelas podem transformar-se num buraco negro, cujo gigantesco campo gravitacional curva tanto o espaço que a luz não pode escapar.
Segundo Einstein, estes corpos celestes, devido a sua massa, teriam que provocar ondulações no espaço-tempo, assim como uma pedra forma ondas na água.
Trata-se das ondas gravitacionais que os astrônomos esperam observar diretamente, explica Kaiser. "Isso confirmaria uma das últimas grandes previsões de Einstein, que ainda não foi verificada", conta.
Alguns instrumentos construídos com esta finalidade, como o Observatório LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) nos Estados Unidos, ou o interferômetro laser VIRGO na Europa, poderiam detectar essas ondas nos próximos anos, estima o pesquisador.
Teoria das cordas
No entanto, o maior desafio é conciliar a teoria da relatividade geral com a física quântica, os dois grandes pilares da física moderna. A física quântica, ao contrário da relatividade, funciona perfeitamente para descrever os fenômenos em nível atômico, com várias aplicações que vão desde o transistor aos computadores, mas não funciona no nível do Universo.
Para o professor Turner, a teoria mais promissora para tal conciliação é a teoria das cordas, segundo a qual as bases fundamentais da matéria não seriam as partículas, mas uma espécie de cordinhas elásticas que vibram em diferentes frequências.
"Esta teoria poderia responder eventualmente à pergunta fundamental da natureza do tempo e o espaço (...) e sugere a existência possível de outras dimensões", explicou à AFP.
Segundo o especialista, "a teoria das cordas é como uma grande cesta vazia na qual podemos colocar as esperanças e os sonhos", enquanto "ficamos prontos para a próxima etapa, para o próximo Einstein". Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

Japão reconhece que radiação provocou câncer em ex-funcionário de Fukushima

(Nov/2014) Funcionários da central de Fukushima em um intervalo de trabalho

O governo japonês reconheceu nesta terça-feira, pela primeira vez, que um ex-funcionário da central nuclear de Fukushia desenvolveu leucemia em consequência das radiações provocadas pelo acidente nuclear de março de 2011.
Outros ex-funcionários da central de Fukushima Daiichi, nordeste do Japão, devastada pelo tsunami de 11 de março de 2011, sofrem de câncer, mas esta é a primeira vez que o ministério japonês da Saúde reconhece oficialmente uma relação de causa e efeito entre as radiações e a doença.
O operário, que atualmente tem 41 anos, segundo a imprensa, trabalhou de outubro de 2012 a dezembro de 2013 na central de Fukushima Daiichi. Antes deste período, também passou vários meses em outra unidade nuclear, segundo o ministério.
Além do primeiro caso reconhecido, a situação de outras três pessoas está sendo examinada, segundo o ministério, que já havia rejeitado reclamações similares de ex-trabalhadores da central nuclear.
Três dos seis reatores da central de Fukushima Daiichi entraram em fusão poucas horas depois do maremoto que devastou a costa nordeste do Japão há quatro anos e meio, após um forte terremoto.
Depois foram registradas explosões de hidrogênio que destruíram vários pontos da central, o que provocou o vazamento de elementos radioativos.
Milhares de trabalhadores atuaram em rodízio durante um longo período para retomar o controle das instalações e implantar os meios para resfriar os reatores, retirar os escombros contaminados e preparar o desmantelamento.
Pior desastre depois de Chernobyl
Oficialmente ninguém morreu em consequência da exposição às radiações depois da catástrofe de Fukushima, o mais grave desastre nuclear civil no mundo depois da explosão de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
No entanto, centenas de pessoas faleceram em consequência da degradação de suas condições de vida após a súbita retirada da região de Fukushima.
O caso reconhecido nesta terça-feira é o primeiro que envolve o acidente de Fukushima, mas no passado os diagnósticos de câncer de 13 trabalhadores do setor nuclear (não envolvidos nas obras de Fukushima) foram atribuídos à exposição às radiações.
Até mesmo a morte por câncer do diretor da central no momento do acidente, Masao Yoshida, não foi vinculada oficialmente às radiações que ele recebeu após a tragédia.
Yoshida, que faleceu em julho de 2013, estava em Fukushima Daiichi no momento do acidente e continuou trabalhando de modo intenso no local durante os seis meses seguintes.
"Este primeiro reconhecimento é uma decisão essencial para os direitos dos trabalhadores", afirmou Shinzo Kimura, da Universidade de Medicina Dokkyo.
Milhares de trabalhadores, dos quase 45.000 que entraram na central, receberam doses que podem provocar câncer, de acordo com os critérios das autoridades e dos dados de exposição publicados pela Tepco, a empresa que administra Fukushima Daiichi.
"É um duro golpe para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que considerou em setembro que existia um risco pequeno de efeitos na saúde pela catástrofe de Fukushima", afirmou a associação de defesa do meio ambiente Greenpeace.
Entre a população, mais de 300.000 menores de 18 anos que moravam em 2011 no município de Fukushima foram submetidos a exames.
Mais de 100 casos de câncer de tireoide - confirmados ou muito prováveis - foram detectados até o momento.
De acordo com os especialistas, no entanto, é difícil atribuí-los aos efeitos de Fukushima pela falta de referências anteriores sobre a frequência deste tipo de doença entre os adolescentes da região, assim como os prazos considerados muito curtos entre o acidente e o surgimento dos casos. Fonte; Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Neutrino, uma partícula tão enigmática quanto abundante no universo

Prêmio Nobel de Física: os neutrinos têm massa
O neutrino, uma partícula elementar tão enigmática quanto abundante no universo, é um verdadeiro camaleão, do qual os cientistas seguem a pista há 80 anos, colhendo vários prêmios Nobel no caminho.
Enquanto milhares de bilhões de neutrinos atravessam nosso corpo a cada segundo na velocidade da luz sem que sintamos absolutamente nada, o japonês Takaaki Kajita e o canadense Arthur McDonald descobriram um dos enigmas que cercam esta estranha partícula, o que nesta terça-feira lhes valeu o Prêmio Nobel de Física.
Eles conseguiram provar experimentalmente que os neutrinos são verdadeiros camaleões capazes de se transformar e inclusive, às vezes, voltar a seu estado inicial.
"É mais ou menos como se você tivesse uma maçã numa mão e de repente se transforma numa maçã", disse à AFP Alfons Weber, especialista em neutrinos da universidade de Oxford (Grã-Bretanha).
Emitidos pelas estrelas e a atmosfera, os neutrinos também podem ser criados pela radioatividade beta, como a que é gerada pelas centrais nucleares.
Atualmente, três espécies ou "salvadores" de neutrinos (ou antipartículas) foram identificados. O neutrino do elétron, associado como diz seu nome, a um elétron, neutrino do múon, associado a um múon (elétron pesado) e o neutrino do tau, associado à partícula tau (elétron ainda mais pesado).
"Estes neutrinos têm a propriedade de transformar-se de maneira periódica ("oscilação") e de passar de uma espécie a outra quando se deslocam", explica à AFP Daniel Vignaud, pesquisador emérito do laboratório de AstroPartículas e Cosmologia da universidade de Paris 7. "Mas este fenômeno só é possível se contam com massa", alerta.
"Esta descoberta da oscilação dos neutrinos e de que têm massa resolve um dos mais antigos problemas da física: o fato de que o sol não produz tantos neutrinos como deveria. Atualmente, sabemos que eles de transformam", ressalta Roy Sambles, presidente do IOP (Institut of Physics) britânico em comunicado.
Estes resultados são ricos em consequências para os pesquisadores já que abalam o "Modelo Padrão" da física de partículas, que não dotava o neutrino de massa.
Este é um modelo teórico muito preciso, que descreve os componentes da matéria e as forças que atuam sobre ela. "Hoje em dia, precisamos adaptá-lo" a este novo dado, insiste Vignaud.
- Uma grande pesquisa -
"É talvez uma porta aberta para uma explicação do desaparecimento da anti-matéria no universo após o Big Bang. Mas como é uma ideia teórica, uma especulação que requer confirmação experimental. E isso vai levar muito, muito tempo", declarou à AFP Jacques Dumarchez, investigador do CNRS (Centro Nacional de Investigação Científica) francês.
Em revanche, "não existem aplicações concretas" a esperar desta longa pesquisa, reconhece.
"Nestas últimas décadas, a pesquisa sobre o neutrino tem sido uma verdadeira pesquisa policial, de um extremo a outro, e ainda não terminou", contou.
No começo de tudo, o austríaco Wolfgang Pauli, o pai do neutrino nos anos 1930, "postulou a existência" destas partículas. Ele imaginava uma partícula de carga neutra, difícil de detectar, posto que estaria desprovida de carga elétrica.
Mas em 1956, os norte-americanos Frederick Reines e Clyde Cowan detectaram realmente pela primeira vez os neutrinos. Reines recebeu o Prêmio Nobel de Física de 1995 pela descoberta do neutrino, junto a seu compatriota Martin Lewis Perl, que descobriu o neutrino do tau.
Depois, os norte-americanos Leon Lederman, Melvin Schwartz e Jack Steinberger encontraram uma nova espécie, o neutrino do múon, pelo qual receberam o mesmo prêmio em 1988.
Perl descobriu o neutrino do tau nos anos 1990.
Nos anos 2000, os cientistas descobrem que certos neutrinos mudam de natureza durante sua viagem. Novo prêmio Nobel em 2002, desta vez para o norte-americano Raymond Davis e o japonês Masatoshi Koshib.
O também japonês Takaaki Kajita e o canadense Arthur McDonald completam este quebra-cabeças com seus experimentos em 1998 e 1999, permitindo deduzir que os neutrinos têm massa.
Mas a busca não acabou: alguns cientistas ainda esperam descobrir um quarto neutrino. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Indústria nuclear está despreparada para lidar com ciberataques

(Arquivo) A indústria nuclear, atrasada na prevenção do perigo tecnológico, é um alvo particularmente vulnerável aos ciberataques, que estão, por sua vez, mais disseminados e sofisticados - revelou a britânica Chatham House
A indústria nuclear, atrasada na prevenção do perigo tecnológico, é um alvo particularmente vulnerável aos ciberataques, que estão, por sua vez, mais disseminados e sofisticados - revelou a britânica Chatham House, em relatório divulgado nesta segunda-feira.
Os atores da indústria nuclear "começam, mas têm dificuldades para lutar contra esta nova ameaça insidiosa", analisa o "think tank" britânico, após 18 meses de pesquisa.
O instituto avalia que as centrais nucleares "não têm preparo para enfrentar uma urgência em matéria de cibersegurança, em um incidente de grande amplidão, e teriam problemas para coordenar uma resposta adequada".
De acordo com o relatório, entre as causas, estão um financiamento insuficiente para esta prevenção; falta de formação, de normas reguladoras e da cultura da cibersegurança; e uso crescente do digital nos sistemas de exploração nas centrais.
A Chatham House denuncia o "mito disseminado", segundo o qual as centrais nucleares estariam protegidas, por não estarem conectadas à Internet.
Várias instalações adotaram, progressivamente, uma forma de conectividade, e seus sistemas informáticos podem ser invadidos por meios, às vezes, bastante simples.
O vírus Stuxnet, usado contra sítios nucleares iranianos em 2010, foi implantado por um periférico USB. Segundo a Chatham House, esse ataque se tornou referência no mundo da pirataria virtual, o que permitiu aos "hackers" melhorar sua técnica.
Depois do Stuxnet, acrescentou o relatório, os piratas (virtuais) ao redor do mundo se inspiraram em seu funcionamento e incorporaram algumas de suas funcionalidades a seus próprios malwares. Fonte: Yahoo Notícias

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Produtos químicos tóxicos ameaçam reprodução humana

Mulher albanesa faz um exame com aparelho de ultrasson em Tirana
O forte aumento da exposição aos produtos químicos tóxicos durante os quarenta últimos anos ameaça a saúde da reprodução humana, alertou nesta quinta-feira a principal organização internacional de profissionais da saúde reprodutiva.

Estamos inundando o mundo com produtos considerados como inseguros e pagamos caro em termos de saúde reprodutiva", declarou Gian Carlo Di Renzo, autor do alerta lançado pela Federação Internacional de Ginecologistas e Obstetras (Figo), organização com sede em Londres que reúne especialistas de 125 países.
O alerta, publicado na revista International Journal of Gynecology and Obstetrics, culpa produtos químicos como pesticidas, poluentes do ar, plásticos e solventes por condições como abortos espontâneos, transtornos do crescimento fetal, peso reduzido no nascimento, má-formações congênitas, problemas nas funções cognitivas ou do desenvolvimento, câncer do aparelho reprodutor, baixa qualidade do sêmen e hiperatividade das crianças.
Os autores do relatório chamam atenção sobretudo para os perturbadores endócrinos, ao destacar que um dos efeitos da exposição a estas substâncias é "desregular os hormônios encarregados de regular as funções reprodutivas e de desenvolvimento".
Os perturbadores endócrinos estão presentes em inúmeros produtos como embalagens, pesticidas, cosméticos, revestimentos químicos e produtos de limpeza.
"A exposição a produtos químicos tóxicos é permanente durante a gravidez e a lactação e ameaça a reprodução da espécie humana", afirma a federação em seu comunicado, preconizando "políticas de proteção aos pacientes e às populações". Fonte: Yahoo Notícias

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Apollon, em breve o laser mais poderoso do mundo a serviço da ciência

François Amiranoff, responsável pelo projeto Apollon, no dia 29 de setembro de 2015
Apollon, um laser para pesquisa científica que está sendo instalado nos arredores de Paris, tem a ambição de ser o mais poderoso do mundo e "ampliar os limites da física fundamental".
O novo laser, apresentado nesta terça-feira no polo científico de Paris-Saclay, deve emitir uma potência de 5 petawatts, ou 1/35 da potência solar recebida pela Terra.
Isto é, cinco vezes mais do que os melhores lasers do mercado, de acordo com o Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS), que realiza o projeto em parceria com o Comissariado francês para Energia Atômica (CEA). Dentro de um tempo, ele deve atingir a potência de 10 PW (10 milhões de bilhões de watts ).
"Esperamos que o Apollon nos permita fazer avanços em matéria de física fundamental e estudar os ambientes extremos, como as estrelas", explicou à AFP François Amiranoff, responsável pelo projeto. "Condições extremas (temperatura altíssima, pressão muito elevada) que ainda não conseguimos obter em laboratório".
Enterrado a 6,25 metros abaixo do solo, Apollon está dividido em quatro grandes salas, em 4.000 m2. A sala de laser sozinha mede 750 m2.
Atualmente, uma parte do laser já está em funcionamento. "Toda a cadeira estará pronta em meados de 2016 e nós poderemos começar as experiências com potência moderada no final de 2016. Até chegarmos aos 5 petawatts", explicou o cientista. As primeiras experiências abertas aos pesquisadores externos estão previstas para 2018.
Este "carro-chefe tecnológico (...) confirma o ótimo lugar da França na corrida planetária pelos lasers gigantes", ressaltou o CNRS.
Neste mês de setembro, um outro laser científico civil, PETAL, com potência superior a um trilhão de watts, foi inaugurado na região francesa da Gironde.
Depois de passar através de Apollon, a iluminação do feixe de laser fica suficientemente intensa para remover elétrons e dar-lhes velocidades quase iguais à velocidade da luz. "No final do processo, toda a energia estará concentrada em uma espécie de pequeno cubo que fica a apenas alguns milésimos de milímetro de costa", disse François Amiranoff.
- Estudar o vazio -
Os pesquisadores esperam que, no futuro, múltiplas aplicações, nomeadamente em matéria de tratamento de resíduos nucleares (reduzindo seu comprimento de radioatividade), para geração de imagens médicas ou tratamento de tumores.
Esperando que estas aplicações sejam possíveis, é na física que o laser vai inicialmente ser testado.
Para estudar, em particular, de qual forma os pulsos de luz às vezes extremamente curtos e muito potentes conseguem excitar a matéria e assim permitir explorar novas partes da ciência.
Por exemplo, a física relativista, o funcionamento da matéria quando as partículas se deslocam numa velocidade perto da luz.
Quando a energia do laser está voltada para um alvo, ela é tal que podemos reproduzir certos mecanismos ligados a eventos cósmicos violentos como as supernovas, explosões que marcam a morte de uma estrela. O que poderia ajudar a explicar a formação do sistema solar.
"Podemos produzir jatos de matéria. O que nos interessa é ver como eles evoluem caso se propaguem em gases que simulam um pouco o que ocorre no universo ou após uma colisão", explicou o funcionário pelo projeto.
Apollon também vai abrir as possibilidades no campo das propriedades físicas do vazio. "O vazio não é nunca vazio", explicou François Amiranoff. "Há permanentemente partículas chamadas virtuais". "Elas não são reais no senso comum do termo, já que elas se criam e desaparecem em tempos muito fracos, mas estão sempre lá".
Um laser poderoso com o qual possamos focalizar sobre zonas minúsculas para fornecer um campo elétrico suficientemente forte para separar as partículas virtuais e forçá-las a se transformar em partículas reais. Será então possível estudar o que forma o vazio. Fone: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Shell vai suspender as criticadas perfurações no Alasca

A Royal Dutch Shell vai interromper as polêmicas perfurações no Alasca após resultados considerados decepcionantes
A Royal Dutch Shell vai interromper as polêmicas perfurações no Alasca após resultados considerados decepcionantes, anunciou a empresa anglo-holandesa em um comunicado.
O presidente americano Barack Obama provocou a revolta dos ecologistas em maio, quando autorizou a Shell a realizar perfurações submarinas no mar de Chukchi no Ártico.
Após dois meses de exploração, no entanto, a Shell considerou que o resultado das perfurações era "claramente decepcionante", o que levou a empresa a decidir não seguir adiante.
A Shell informou que perfurou "até uma profundidade de 6.800 pés" (quase 2.070 metros) no poço "Burger J", situado no mar a 240 km da cidade de Barrow, no Alasca (extremo noroeste dos Estados Unidos).
"A Shell encontrou indícios de petróleo e gás no poço 'Burger J', mas não são suficientes para justificar uma exploração maior", afirma o comunicado.
"O poço será selado e abandonado, em conformidade às regras dos Estados Unidos", completa a nota.
Em um futuro previsível, a Shell vai cessar a exploração na costa do Alasca, segundo a empresa.
"Esta decisão reflete tanto o resultado no 'Burger J' como os altos custos associados com o projeto e o entorno regulatório federal, difícil e imprevisível, para as águas do Alasca", afirma o comunicado.
A Shell explicou que incluirá em seu balanço as "cargas financeiras" vinculadas à suspensão, que serão detalhadas na apresentação dos resultados em 29 de outubro.
A empresa destacou que a atividade no Alasca representava quase três bilhões de dólares e que terá que pagar por volta de US$ 1,1 bilhão às empresas terceirizadas. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

domingo, 20 de setembro de 2015

Cientistas desenvolvem pequena capa de invisibilidade

(Foto: AFP)

(Foto: AFP)
Uma pequena capa de invisibilidade foi inventada por cientistas norte-americanos que estão chegando cada vez mais perto de uma versão real do que até era agora um elemento de ficção científica - anunciaram os pesquisadores nesta quinta-feira.

A capa, apresentada na revista Science, é microscópica no tamanho, mas poderia aumentar de tamanho no futuro - segundo físicos do Departamento de Energia do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley e a Universidade da Califórnia em Berkeley.
O aparato funciona com a manipulação da luminosidade, mudando como os raios de luz incidem sobre um objeto para que ele não possa ser detectado pelo olho.
"Esta é a primeira vez que um objeto 3D de forma arbitrária foi mascarado da luz visível", afirmou o principal autor do estudo, Xiang Zhang, diretor do Laboratório de Ciências dos Matériais de Berkeley.
"Nossa capa ultra-fina parece um casaco. É fácil de desenhar e implementar, e é potencialmente escalável para esconder objetos macroscópicos.
Usando pequenas fibras de ouro conhecidas como nanoantenas, os pesquisadores fizeram uma capa de 80 nanômetros de espessura e pode envolver um objeto tridimensional do tamanho de algumas células biológicas.

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"A superfície da capa foi construída para redirecionar as ondas de luz de forma que o objeto ficou invisível para detecção ótica quando a capa é ativada", disse o estudo. No entanto, a pequena capa ainda tem grandes limitações.
Por exemplo, os padrões das nanoantenas devem ser projetados precisamente para coincidir com as saliências da superfície do objeto que está por baixo, o que significa que o objeto não pode mexer - caso contrário, perde a camada invisível.
Nem as características a serem escondidas podem ser muito grandes ou pontudas em comparação ao comprimento das ondas luminosas, porque as sombras não conseguem ser apagadas - explica Zeno Gaburro, físico da Universidade de Trento, na Itália.
"O lado que está escuro não vê a luz, então não tem jeito de corrigir (a sombra) usando essa técnica", afirma Gaburro em artigo complementar publicado na Science.
Mas Zhang está confiante de que a tecnologia possa ser eventualmente feita numa escala maior. "Não vejo obstáculos", disse. Fonte: Yahoo Notícias

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Café à noite atrapalha relógio biológico, diz estudo

Barista serve xícara de café em Bogotá, no dia 27 de junho de 2014
Tomar café antes de dormir atrapalha o relógio biológico, tornando mais difícil ter uma boa noite de sono e acordar de manhã - afirmaram pesquisadores norte-americanos nesta quarta-feira.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Science Translational Medicine não apenas para explicar porque os consumidores noturnos de cafeína ficam acordados e dormem até tarde, mas também para oferecer aos viajantes uma maneira de programar o uso da cafeína para limitar os efeitos do 'jet lag', segundo os cientistas.
O estudo envolveu cinco voluntários escolhidos de maneira aleatória para consumir a quantidade de cafeína obtida num café espresso duplo três horas antes de dormir, ou quem foram expostos à luz forte, ou receberam um placebo.
Durante 49 dias, os voluntários foram estudados sob diferentes condições, e sua saliva foi testada regularmente para os níveis do hormônio melatonina, que regula naturalmente os ciclos do sono.
Eles descobriram que aqueles que tomaram cafeína em condições de baixa luminosidade experimentaram cerca de "40 minutos de atraso no ritmo da produção da melatonina", segundo o estudo.
Aqueles expostos a iluminação intensa três horas antes de ir dormir tiveram seus relógio biológico atrasado em 85 minutos.
Quem ingeriu cafeína e ficou exposto a luz forte teve o ciclo da melatonina atrasado em 105 minutos.
"Este é o primeiro estudo a mostrar que a cafeína, a droga psicoativa mais usada no mundo, tem uma influência no relógio biológico dos seres humanos", afirmou o professor Kenneth Wright da Universidade do Colorado, Boulder.
"Também fornece novos e animadores insights sobre os efeitos da cafeína na fisiologia humana".
Enquanto as descobertas reforçam o conselho - já presente no senso comum - para evitar o consumo de cafeína antes de dormir, o estudo também aponta para a possibilidade "intrigante" de que o uso apropriado da cafeína pode ajudar a resetar o relógio biológico de forma a evitar o jet lag.
Entretanto, mais estudos são necessários para determinar como os viajantes que percorrem diferentes fusos horários podem usar a cafeína para se manterem acordados.
"Será importante para monitorar distúrbios do sono induzido Fonte: Yahoo Noticias

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Pentágono se une ao Vale do Silício para criar centro tecnológico

Vista aérea do Pentágono, em Washington
O Pentágono está construindo um centro tecnológico para que empresas do Vale do Silício e empreiteiras que prestam serviços aos militares criem dispositivos flexíveis, como trajes mecânicos com rápidos sensores, para os "supersoldados" do futuro.

O Instituto de Inovação Industrial será inaugurado nesta sexta-feira pelo secretário de Defesa americano, Ashton Carter, em sua sede em San José, Califórnia, segundo comunicados do Pentágono e da Casa Branca.
O plano, divulgado nesta sexta-feira, prevê a criação de uma estrutura público-privada com investimento de 171 milhões de dólares para acelerar o sistema eletrônico flexível, circuitos impressos em suportes macios ou extensíveis com aplicações para as forças armadas, saúde, e interesses urbanísticos.
O projeto une a indústria eletrônica a empresas de alta precisão para criar sensores que se adaptem às curvas do corpo humano, de objetos e de estruturas.
O projeto receberá 75 milhões em investimentos federais em cinco anos e fará associação entre a indústria eletrônica e semicondutora - Applied Materials, Apple, United Technologies, Hewlett-Packard ou Qualcomm - com usuários dessas tecnologias como Boeing, General Motors, Cleveland Clinic, Corning e Motorola.
Batizado como Flex Tech Alliance, a iniciativa inclui 162 empresas, organizações sem fins lucrativos, organizações de pesquisa independentes e universidades, entre elas Stanford, Berkeley, Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), e será coordenado pela Força Aérea americana.
Este é o sétimo instituto industrial lançado durante o governo de Barack Obama, segundo o comunicado Fonte: Yahoo Notícias