quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Nasa revela visão de "Sparky", o lugar de formação de uma enorme galáxia

Washington, 28 ago (EFE).- As observações combinadas de três telescópios espaciais e de um em terra deram aos astrônomos a primeira visão de um lugar onde, há 11 bilhões de anos, se formava uma enorme galáxia, informou nesta quinta-feira a Nasa.

A agência espacial americana indicou que o lugar, denominado "Sparky", consiste de um núcleo galáctico denso que resplandece com a proliferação rápida de novas estrelas.
As observações em questão foram feitas a partir dos telescópios Hubble e Spitzer, da Nasa; o Herschel, da Agência Espacial Europeia, e o W.M. Keck, instalado em Mauna Kea, no Havaí.
Segundo os astrônomos envolvidos, "Sparky" é uma galáxia elíptica plenamente desenvolvida, ou seja, uma congregação de estrelas antigas na qual há uma deficiência de gases e que, segundo a teoria, se desenvolve a partir de um núcleo compacto.
Neste caso, o núcleo teria estado ali a cerca de 3 bilhões de anos após a Grande Explosão, um fenômeno que, segundo os cientistas, deu origem ao Universo em que a Terra se encontra.
"Sparky" tem uma largura de seis mil anos luz, muito pequeno em comparação com os 100 mil anos luz da extensão da Via Láctea, mas contém duas vezes mais estrelas que a galáxia que compreende o sistema solar da Terra.
Se os cientistas estiverem certos em suas conclusões, "Sparky" apresentou uma visão quase única: desde a Grande Explosão o Universo esteve se expandindo e é tão difuso agora que aglomerações tão densas como a observada raramente são encontradas.
As observações realizadas a partir do Hubble, um telescópio lançado em abril de 1990 e que orbita a 7.500 metros por segundo a cerca de 560 quilômetros da Terra, permitiram calcular o tamanho de "Sparky", enquanto as imagens em infravermelho de Spitzer e Herschel serviram para determinar a rapidez com que o núcleo da galáxia gera estrelas.
Segundo a Nasa, cerca de 300 estrelas surgem em "Sparky" por ano, uma quantidade 30 vezes acima das 10 aparições de estrelas na Via Láctea.
A teoria mais aceita pelos astrônomos é a de que esse acelerado nascimento de estrelas é a consequência de uma corrente de gás que fluiu em direção ao núcleo durante sua formação no fundo gravitacional de matéria escura, esse material cósmico invisível que funciona como armação na construção de galáxias.
A nota assinalou que essa galáxia cria estrelas por mais de bilhões de anos e, provavelmente, o ritmo de eclosão diminuirá até se deter. É possível que nos próximos 10 bilhões de anos outras galáxias menores se fundam com "Sparky" e esta se transforme em uma galáxia elíptica gigantesca e mais tranquila. EFE Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Operadora de Fukushima é condenada a indenizar família por suicídio de moradora

Família de Hamako chega ao tribunal para ouvir a decisão da Justiça

A empresa que opera a central de Fukushima foi condenada pela justiça japonesa a pagar 49 milhões de ienes (470.000 dólares) à família de uma pessoa que cometeu suicídio depois de ser obrigada a abandonar sua casa devido ao acidente nuclear.
Pela primeira vez em um caso do tipo, a justiça considerou que a demanda da família era válida. A Tokyo Electric Power (Tepco) alegava que as consequências da catástrofe nuclear "não eram mais que um motivo entre outros" para o agravamento do estado de saúde da vítima.
Hamako Watanabe cometeu suicídio ao queimar o corpo com gasolina em 1 de julho de 2011, aos 58 anos, depois de retornar por um período pontual a sua casa em Kawamata, cidade que fica a 40 km da central nuclear, onde as autoridades ordenaram uma evacuação a partir de abril.
Watanabe sofria de depressão desde que havia sido obrigada a abandonar a residência.
O marido de Watanabe e três parentes processaram a Tepco e exigiam o pagamento de 91,16 milhões de ienes (877.000 dólares) em danos e prejuízos.
A empresa já havia indenizado a família de outra pessoa que cometeu suicídio, mas depois de um acordo com os demandantes.
Quase 125.000 pessoas ainda moram fora de suas casas em consequência da radioatividade ao redor da central de Fukushima Daichi, cenário de um acidente após o tsunami de 11 de março de 2011.
mis-kap/fp Fonte: Yahoo Notícias

terça-feira, 19 de agosto de 2014

ONGs alertam UE para risco de pensamento único no campo científico

O Greenpeace é uma das ONGs que pediu a eliminação do cargo de conselheira científica da Comissão Europeia
Um grupo de ONGs pediu nesta terça-feira a eliminação do cargo de conselheira científica da Comissão Europeia, atualmente ocupado por uma defensora dos organismos geneticamente modificados (OGM), diante do risco de um pensamento único e tendencioso no campo científico na União Europeia (UE).
Estas ONGs, entre as quais estão o Greenpeace, a francesa Rede Meio Ambiente Saúde e a britânica Aliança para a Prevenção do Câncer, fizeram esse pedido através de uma carta aberta dirigida ao presidente eleito da Comissão, Jean-Claude Juncker, que no outono substituirá José Manuel Durão Barroso na direção do Executivo europeu.
As organizações pedem a eliminação do cargo de conselheiro científico em chefe da Comissão Europeia, criado por Barroso e atualmente nas mãos da britânica Anne Glover.
Manter esse cargo "não é o melhor meio para que a Comissão garanta a elaboração de políticas públicas informadas por dados científicos conclusivos", e sim, "pelo contrário, mais uma fonte de problemas", diz o texto.
"Os membros dos grupos de pressão (lobbies) da indústria se deram conta há algum tempo de que quanto mais concentrada é a opinião científica nas mãos de uma única pessoa, mais fácil é controlá-la", acrescentou.
"Parece difícil que um único conselheiro científico em chefe (...) garanta o princípio de um conselho científico independente, objetivo e transparente", insistem na missiva.
As organizações ambientais e de defesa do consumidor acusam com frequência a Comissão de se posicionar a favor da indústria em questões como transgênicos, mas também no campo da clonagem, pesticidas e alteradores endócrinos.
Anne Glover, bióloga nomeada para o cargo em 2012, é alvo de críticas pelo apoio declarado aos organismos geneticamente modificados. Em setembro, ela disse que a oposição aos OGM é uma "espécie de loucura". Fonte: Yahoo Notícias

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Cientistas inventam chip capaz de aprender como o cérebro humano

Cientistas apresentaram nesta quinta-feira um chip do tamanho de um selo dos correios, que opera como um supercomputador que imita o funcionamento do cérebro humano
Cientistas apresentaram nesta quinta-feira um chip do tamanho de um selo dos correios, que opera como um supercomputador que imita o funcionamento do cérebro humano.

O chamado chip "neurossináptico" abre todo um leque de possibilidades na computação, de carros que se dirigem sozinhos a sistemas de inteligência artificial que podem ser instalados em celulares inteligentes, explicaram seus criadores.
Cientistas de IBM, Cornell Tech e colaboradores de todo o mundo disseram que foi preciso adotar um novo conceito de design em comparação com arquiteturas de computação prévias, avançando para um sistema chamado de "computação cognitiva".
"Nós nos inspiramos no córtex cerebral para desenhar esse chip", afirmou Dharmendra Mohda, diretor científico da IBM para a computação inspirada no cérebro.
Mohda explicou que a linhagem dos computadores atuais remonta a máquinas criadas nos anos 1940, que são, essencialmente "calculadoras de números sequenciais", que agem de forma matemática, ou que executam tarefas próprias da parte esquerda do cérebro, porém um pouco mais.
Já o novo chip, também chamado "TrueNorth", opera imitando o lado "direito do cérebro", onde estão as funções que processam a informação percebida pelos sentidos, razão pela qual pode responder a imagens, aromas e informações do entorno para "aprender" a agir em diferentes situações.
O sistema consegue fazer isso usando uma grande rede de "neurônios e sinapses", similares às que o cérebro humano utiliza para usar informação compilada dos sentidos.
Os cientistas projetaram TrueNorth com um milhão de neurônios programáveis e 256 milhões de sinapses programáveis em um chip com 4.096 núcleos e 5,4 bilhões de transistores.
Outro fator-chave desse chip é seu baixo consumo, pois é capaz de funcionar com uma pequena bateria como as utilizadas nos fones de ouvido, razão pela qual pode ser instalada em carros, ou celulares inteligentes.
Seus inventores acreditam que ainda levará anos para que o chip esteja disponível em aplicativos comerciais, mas destacam que tem o potencial de "transformar a sociedade" - sobretudo, quando "computadores híbridos" combinarem, no futuro, as capacidades do lado esquerdo e direito do nosso cérebro. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Cientista envolvido em caso das células Stap é encontrado enforcado

(Abril) A cientista japonesa Haruhiko Obokata, que trabalhou com Sasai, participa de uma entrevista coletiva
O cientista japonês Yoshiki Sasai, um dos protagonistas do caso conhecido como das células Stap, enforcou-se nesta terça-feira em seu local de trabalho, indicaram a polícia e o instituto público Riken, no qual ele era uma grande personalidade.
Segundo a polícia, o cientista deixou várias cartas de despedida.
Sasai foi encontrado sem vida durante a manhã em sua sala do instituto em Kobe (oeste do Japão) e foi levado ao hospital, onde sua morte foi confirmada, indicou à AFP um porta-voz do Riken, sem revelar detalhes sobre as circunstâncias da morte.
Personalidade japonesa do mundo da pesquisa celular, este professor de 52 anos ajudou Haruhiko Obokata, jovem diretora de uma unidade de pesquisa do Riken, na redação dos dois artigos controversos sobre a descoberta e a criação das células chamadas STAP, publicados no fim de janeiro na prestigiada revista britânica Nature.
Diversas pessoas expressaram dúvidas sobre os artigos científicos e o Riken abriu uma investigação. A comissão chegou à conclusão de que havia ocorrido uma falsificação de imagens e na prática colocou em xeque o conjunto dos elementos apresentados.
A cientista recorreu, mas seu pedido foi indeferido, e a Nature, com o consentimento da interessada e a aprovação dos 12 coautores, retirou no início de julho os artigos questionados.
Sasai, com mais experiência que Obokata, participou da formulação dos artigos e estava com ela na primeira coletiva de imprensa de apresentação dos trabalhos incriminados, no dia 28 de janeiro, véspera da publicação do artigo na Nature.
Em meados de abril se desculpou publicamente, embora considerando possível a existência das células STAP, células devolvidas a um estado indiferenciado mediante um procedimento químico novo. Em teoria, podem evoluir para criar diferentes órgãos, constituindo um avanço importante para a medicina regenerativa.
Já a jovem pesquisadora segue trabalhando no Riken, que optou por associá-la a novas pesquisas para tentar confirmar a existência das células STAP, em uma sala acondicionada especialmente "com vídeo-vigilância dia e noite com duas câmeras".
Este caso semeou dúvidas sobre muitos artigos científicos japoneses, tendo como pano de fundo as rivalidades entre cientistas. O biólogo Sasai era apresentado por vezes como rival de Shinya Yamanaka, o criador das chamadas células-tronco pluripotentes induzidas (iPS), uma descoberta de grande importância para a pesquisa celular que em 2012 o fez receber o Prêmio Nobel de Medicina. Fonte: Yahoo Notícias