sexta-feira, 26 de abril de 2013

Cientistas pedem rapidez na limpeza de lixo espacial na órbita da Terra


(Arquivo) Ilustração da Agência espacial europeia

É preciso agir rapidamente para reduzir a quantidade de lixo espacial em volta da Terra, que pode contaminar algumas órbitas nas próximas décadas, afirmaram especialistas internacionais após uma reunião esta quinta-feira na Alemanha.
Restos de foguetes, satélites antigos, ferramentas deixadas para trás pelos astronautas são os vestígios de quase cinco mil lançamentos desde o início da era espacial e que, sob o efeito de deslocamentos e impactos em série (Síndrome de Kessler), não param de se multiplicar.
Desde 1978, a quantidade de lixo espacial triplicou, o que aumenta o risco de colisões, advertiu o diretor do departamento de lixo espacial da Agência Espacial Europeia (ESA), Heiner Klinkrad.
"Em algumas poucas décadas, este entorno poderá ficar instável", afirmou Klinkrad durante a 6ª Conferência Europeia sobre Lixo Espacial, celebrada durante quatro dias em Darmstadt (Alemanha).
Atualmente, há mais de 23.000 fragmentos de lixo com mais de 10 centímetros - segundo estimativas da Nasa e da ESA -, a maioria em órbitas baixas (abaixo dos 2.000 km), utilizadas por satélites de observação da Terra ou pela Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
Quanto aos objetos entre um e dez centímetros, haveria centenas de milhares no espaço. Embora tenham aparência inofensiva, estes fragmentos, lançados a uma velocidade média de 25.000 km/h, podem avariar um satélite, afirmam os especialistas.
Em média, a cada ano a Estação Espacial Internacional deve fazer uma manobra para evitar uma potencial colisão. E, segundo a ESA, a cada semana uma dúzia de objetos se aproximam a menos de 2 km de um satélite.
As zonas mais afetadas são as órbitas polares situadas entre 800 e 1.200 km de altitude sobre a superfície terrestre, áreas onde se concentram vários satélites de observação.
Se os lançamentos continuarem no ritmo atual e nada for feito para reduzir a quantidade de resíduos espaciais, o risco de colisão pode ser multiplicado por 25, segundo projeções das agências espaciais.
Pior ainda, se atualmente os lançamentos fossem imediatamente suspensos, o número de objetos no espaço continuaria aumentando como consequência do "efeito Kessler".
Para tratar este problema, é preciso colocar sistematicamente os satélites desativados em vias especiais, onde acabarão se desintegrando na alta atmosfera terrestre, sem causar inconvenientes.
É preciso ainda retirar do espaço os fragmentos grandes, 5 a 10 por ano, a fim de estabilizar a situação, recomendaram os especialistas.
"Há um forte consenso sobre a necessidade urgente de agir rapidamente para retirar estes resíduos", afirmou Klinkrad no encerramento da conferência de Darmstadt, que reuniu 350 atores da indústria espacial.
Para alcançar este objetivo, a ESA, junto com outras agências espaciais, estudam várias soluções para desviar a trajetória dos resíduos à atmosfera: braços mecânicos, pinças gigantes, motores instalados nos resíduos, arpões, redes de reboque ou uma arma para bombear o objeto e mudar seu curso.
Tudo isso implica um custo, mas é inferior ao que custaria a destruição dos satélites devido a um choque contra estes resíduos (ao redor de US$ 100 bilhões de dólares).
Mas na melhor das hipóteses, essas "missões de limpeza" não começarão antes de dez anos. Fonte: yahoo Notícias.

terça-feira, 23 de abril de 2013

AIEA quer sistema mais eficiente na central de Fukushima

Tanques da central nuclear japonesa de Fukushima em 6 de março de 2013













A empresa que administra a central de Fukushima, Tokyo Electric Power (TEPCO), deve melhorar os sistemas essenciais para evitar a repetição de incidentes, afirmou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
"A TEPCO deve prosseguir em seus esforços para melhorar a confiabilidade de seus sistemas essenciais, para avaliar a integridade das instalações e para reforçar a proteção contra riscos externos", destaca um comunicado do organismo da ONU.
A AIEA divulgou o comunicado após reuniões com representantes do governo japonês e da TEPCO, semana passada, antes de uma inspeção à central.
Poucas horas antes, a TEPCO anunciou que desativou temporariamente o sistema de refrigeração de uma piscina de combustível usado de um reator, depois de encontrar, perto de um transformador externo conectado ao sistema de refrigeração, dois ratos mortos.
A medida foi adotada para permitir aos funcionários da central retirar os animais mortos e verificar se haviam danificado o delicado sistema elétrico, afirmou a TEPCO.
A temperatura da piscina era de 13,9°C no momento da desativação. Sem refrigeração, deve subir ao ritmo de 0,187°C por hora. A princípio, não corre o risco de alcançar, antes do reativação, o limite de segurança de 65°C fixado pelas autoridades.
Em março, um rato provocou um curto-circuito e provocou uma falha nos distribuidores elétricos, o que paralisou por quase 30 horas parte dos sistemas de refrigeração das piscinas de desativação de combustível usado.
Vários casos de vazamento de água radioativa foram registrados recentemente e obrigaram a TEPCO a conter o líquido contaminado de maneira improvisada.
Os problemas e as obras adicionais imprevistas mostraram a vulnerabilidade do local, dois anos depois do terremoto e tsunami de 11 de março de 2011, que deixaram em risco o complexo nuclear. Fonte yahoo notícias Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

Brasileiros desenvolvem 1º monitor cardíaco portátil inteligente do mundo


São Paulo, 23 abr (EFE).- Um grupo de especialistas brasileiros desenvolveu o primeiro monitor cardíaco portátil inteligente do mundo, que permite o envio à distância de eletrocardiogramas, a localização do paciente para seu socorro e a detecção adiantada de problemas do coração.
O aparelho diminui a preocupação permanente dos pacientes de sofrer uma crise longe de um médico. Um deles é Eric Nielsen, um psicólogo de 36 anos com um sopro no coração que faz parte do grupo de teste do aparelho.
"Eu sei que ele está me vigiando, vê o que está acontecendo, e assim sei que meu coração está sendo observado", disse à Agência Efe Nielsen, destacando que o monitor detecta irregularidades sem sintomas que ele não poderia notar.
O aparelho, que deve chegar este ano ao mercado com o nome de Nexcor, vigia os problemas cardíacos à distância e em tempo real, através de eletrocardiogramas que envia a uma central de controle. Também conta com um comunicador que permite ao paciente falar com um especialista de forma imediata se se sente mal.
"A diferença deste aparelho é que ele automaticamente detecta as alterações mais precoces das doenças cardíacas, não só (mede) a frequência, mas ele consegue buscar e fazer a avaliação do ritmo e das alterações", assinalou à Efe o cardiologista Eli Szwarc, um dos encarregados de testar o equipamento.
O monitor consta de uma unidade um pouco maior do que um telefone celular que o paciente leva na cintura e à qual vão conectados quatro eletrodos colocados em seu peito.
É o resultado de um trabalho conjunto durante cinco anos da Flextronics Instituto de Tecnologia (FIT), uma organização sem fins lucrativos, e a empresa Corcam, com participação do Hospital do Coração, de São Paulo, centro de referência cardiovascular do país.
No projeto trabalharam 40 profissionais, entre médicos, engenheiros, projetistas e pesquisadores.
O monitor, que transmite as informações automaticamente através das redes de telefonia celular, foi testado com mais de 160 pacientes do Hospital do Coração.
Antonio André, presidente da Corcam, disse à Efe que o monitor "pode identificar o infarto em fase inicial e síndromes raras de arritmia" através de um software que comunica esses dados, em tempo e localização real do paciente com a central, encarregada de passar a informação aos médicos.
Estados Unidos e Europa receberão este semestre os primeiros modelos produzidos, que serão alugados aos pacientes com um preço que pode rondar os R$ 600 reais (cerca de US$ 300) por semana, segundo seus criadores.
"É um modelo que pode ser personalizado, de acordo com as condições específicas de cada paciente", explicou André.
Szwarc, no entanto, considerou que a "detecção precoce" dos problemas cardíacos facilitada pelo monitor permite ao paciente ter um auxílio de emergência de "melhor qualidade" e aumentar as possibilidades de sobrevivência.
"O GPS integrado do aparelho pode, através da nossa central, enviar a equipe de emergência mais próxima ou detectar inclusive uma queda do paciente", acrescentou.
Os responsáveis pelo projeto destacaram que as doenças cardíacas aumentaram com a incorporação da mulher ao mercado de trabalho nos últimos 60 anos, pois o estresse aumentou.
Países como o Brasil devem enfrentar um déficit de cardiologista que pode chegar a 800 mil até 2020, disse André, lembrando que o país tem 1,2 milhão de pessoas com problemas cardíacos, muitos deles podendo ser evitados com este tipo de mecanismo.
"O objetivo do Nexcor é reduzir o grande número de mortes por infartos que não são percebidos nos primeiros instantes, por serem assintomáticos", explicou André.
Paulo Souza, coordenador do FIT, citou que os avisos do aparelho podem prevenir arritmias, isquemia e infartos do miocárdio, e avaliou funções do aparelho, como o detector de quedas do paciente e o botão de emergência. EFE Fonte: Yahoo Notícias

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Decifrado genoma do peixe-zebra, chave para estudo de doenças genéticas


Peixes-zebra em aquários, sem data


Cientistas decifraram o genoma do peixe-zebra ('Danio rerio'), um "organismo modelo" comumente usado nos laboratórios para estudar as doenças humanas, e descobriram que 70% dos genes deste pequeno peixe têm seu equivalente nos nossos.
Este genoma é o maior descifrado até agora (26.000 genes codificados) e foi sequenciado com tanta precisão "que realmente podemos fazer comparações diretas entre os seres humanos e os genes do peixe-zebra", explicou Derek Stemple, geneticista do Wellcome Trust Sanger Institute de Cambridge (Reino Unido).
"Sei que pode parecer estranho estudar o peixe-zebra, especialmente se estamos interessados nos genes associados às doenças humanas (...) Seu genoma é muito similar ao dos humanos, 70% dos genes humanos têm um homólogo no peixe-zebra" e se nos concentrarmos unicamente nos genes associados às doenças humanas, a proporção chega a 84%, acrescentou o cientista, que chefiou dois estudos publicados esta quarta-feira na revista britânica Nature.
"Por exemplo, a principal causa de distrofia muscular (nr: miopatias genéticas hereditárias) no ser humano reside nas mutações de um gene chamado distrofina, e os peixes-zebra têm um gene distrofina. É muito similar. E as mutações do gene distrofina nos peixes-zebra também provocam neles a distrofia muscular", destacou Derek Stemple em vídeo exibido na Nature para acompanhar estes estudos.
"A ideia é usar um organismo modelo como o peixe-zebra para tentar ver exatamente o que estes genes fazem (...), revisar cada gene do genoma e ver o que provoca no peixe uma perda de função", disse Ross Kettleborough, que trabalhou na decodificação.
Segundo os cientistas, como os genes do peixe-zebra são muito semelhantes aos nossos, isso melhoraria consideravelmente nosso conhecimento sobre biologia humana.
"Até o momento, identificamos as variações (mutações) de cerca de 40% dos genes do peixe-zebra e descrevemos os efeitos dessas variações em 1.200 genes", informou Elisabeth Busch-Nentwich, co-autora do estudo.
"Uma vez identificadas essas variações, estudamos as mudanças que provocam, descrevemos essas mudanças e as introduzimos na base de dados" à qual cientistas de todo o mundo têm acesso livre, explicou.
Os peixes-zebra são usados há muito tempo como modelos para o estudo de doenças humanas, especialmente porque são fáceis de criar em grande número no laboratório.  Fonte:  Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Cientistas criam cérebro transparente

Imagem de ressonância magnética de um cérebro humano
 
Pesquisadores desenvolveram uma forma de tornar um cérebro completamente transparente, para poder estudar, em três dimensões, sem dissecção e com todos os neurônios e estruturas moleculares, o que acontece em seu interior.
"Nós usamos processos químicos para transformar os tecidos biológicos e preservar sua integridade, tornando-os transparentes e permeáveis a macromoléculas", resumiu em um comunicado Kwanghun Chung, principal autor do estudo.
Esta técnica, batizada de "Clarity" por seus inventores da Universidade de Stanford, foi utilizada no cérebro de um rato morto e também em um cérebro humano preservado por mais de seis anos. Poderá ainda ser aplicada a outros órgãos, de acordo com pesquisa publicada nesta quarta-feira na revista científica britânica Nature.
Desenvolvida sob a liderança de Karl Deisseroth, psiquiatra e especialista em bioengenharia, esta nova técnica pode revolucionar a compreensão da função cerebral, suas doenças e como afetam o nosso comportamento.
Formado por uma massa de matéria cinzenta e circuitos aninhados, o cérebro é como uma misteriosa caixa preta cheia de circunvoluções. Os cientistas têm procurado há muito tempo desvendar seus mistérios, a fim de entender como ele funciona e por que às vezes não funciona.
Para ver mais claramente, a equipe de Karl Deisseroth procurou simplesmente uma maneira de se livrar de elementos opacos do cérebro. Mas o que faz o cérebro "opaco", impermeável a substâncias químicas e a luminosidade, são os lipídios, ou seja, as gorduras.
O problema é que estas gorduras ajudam a formar as membranas celulares e dão estrutura ao cérebro. E se forem removidas, os tecidos remanescentes se desmancham como um pudim muito aguado.
Os pesquisadores de Stanford conseguiram, pela primeira vez, substituir esses lipídios por hidrogel, um gel composto principalmente por água.
Mergulhar e aquecerA receita parece simples: mergulhar o cérebro intacto na solução de hidrogel e dar tempo para que suas pequenas moléculas penetrem nos tecidos. Em seguida, é só aquecer a 37 °C - a temperatura do corpo humano - por três horas para endurecer a mistura.
Nesta fase, o cérebro e o hidrogel formam uma "estrutura híbrida" que mantém os lipídios no lugar, mas não os aprisiona.
Resta extrair os lípidos por meio de uma corrente eléctrica ("eletroforese").
O que resta? Um cérebro transparente mantendo todas as suas estruturas: neurônios, fibras nervosas, interruptores e conexões entre os neurônios, proteínas, etc.
"Acreditávamos que se pudéssemos remover os lipídios de maneira não destrutiva, poderíamos fazer penetrar luz e macromoléculas nos tecidos, o que permitiria realizar imagens em 3D, bem como uma análise molecular em 3D de um cérebro intacto", explica Karl Deisseroth.
Acertaram na aposta, porque, a partir do cérebro de rato "clarificado", os pesquisadores conseguiram criar um mapa de todos os circuitos do cérebro, globalmente ou de forma local.
Melhor ainda, a equipe de Stanford mostrou que injetando e depois apagando marcadores fluorescentes no cérebro, pôde exibir informações que seriam impossíveis de recolher por outros meios: as interações físicas e químicas entre os vários componentes cerebrais.
Uma massa de informações, que deverá ser trabalhada por especialistas em computação de modelagem e de imagens médicas para o desenvolvimento de novas abordagens, a fim de explorá-la, assegura Deisseroth.
"O processo Clarity poderia ser aplicado a qualquer sistema biológico, e vai ser interessante ver como os outros ramos da biologia vão usá-lo", concluiu. Fonte: yahoo notícias

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Telefone celular completa 40 anos

A primeira ligação de um telefone móvel foi realizada em 3 de abril de 1973

  • A primeira ligação de um telefone móvel foi realizada em 3 de abril de 1973

 

O telefone celular completa 40 anos nesta quarta-feira, sem alarde, em um mercado ávido por novos smartphones e ansioso por um possível dispositivo no Facebook.
A primeira ligação de um telefone móvel foi realizada em 3 de abril de 1973 pelo engenheiro da Motorola, Martin Cooper, chefe de uma equipe de trabalho sobre tecnologia para comunicações móveis.
Cooper fez a ligação na Sexta Avenida, em Nova York, com um Motorola DynaTAC, um aparelho que pesava um quilo e tinha uma autonomia de 20 minutos, de acordo com a Motorola.
Cooper revelou no ano passado ao site de tecnologia Verge que fez a primeira ligação com o protocelular a um concorrente, Joel Engler, dos Laboratórios Bell.
Cooper e sua equipe receberam este ano o Prêmio Draper da Academia Nacional de Engenharia por seu trabalho.
Em 40 anos, a indústria percorreu um longo caminho.
A firma de pesquisas IDC prevê que, em 2013, serão vendidos 900 milhões de aparelhos inteligentes. Fonte: Yhaoo notícias

terça-feira, 2 de abril de 2013

Buraco negro absorve planeta 15 vezes maior do que Júpiter

(Ilustração) Um buraco negro

 
Um grupo de astrofísicos detectou um planeta com uma massa 15 vezes maior que a de Júpiter, e que foi absorvido por um buraco negro em uma galáxia situada a 47 milhões de anos-luz da Via Láctea, informou nesta terça-feira a Universidade de Genebra.
Os cientistas notaram um sinal luminoso que vinha de um buraco negro situado no centro da galáxia NGC 4845, cuja massa é 300.000 vezes superior à do Sol. O buraco estava 'adormecido' há mais de 30 anos, segundo a Universidade em um comunicado.
"Foi uma observação totalmente inesperada em uma galáxia que esteve tranquila durante ao menos 20 ou 30 anos", afirmou Marek Nikojuk, da Universidade de Bialystok, na Polônia, o principal autor de um artigo publicado na revista "Astronomy & Astrophysics", em declarações difundidas pela Agência Espacial Europeia (ESA).
Segunda a revista, o buraco negro demorou três meses para desviar o planeta de sua trajetória e absorver 10% de sua massa total. O resto permaneceu em órbita.
O satélite europeu INTEGRAL, com o qual também colaboram a Nasa e a Rússia, tornou possível esta observação. Fonte: yahoo notícias