quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Energia solar vive boom em Nova York

Painel de energia solar no teto do Jetro Restaurant Depot, no Bronx, em Nova York, é visto em 17 de janeiro de 2014
Em um terraço no Bronx, com os arranha-céus de Manhattan ao longe, 4.760 painéis solares captam os escassos raios de sol de inverno. "É a maior instalação da história de Nova York", orgulha-se o diretor de vendas do Ross Solar Group, Bob Kline, responsável pela instalação.
Esse terraço também é um símbolo do boom da energia solar em Nova York.
A instalação de 1,6 megawatts, situada no terraço do varejista do setor de alimentos Jetro Cash and Carry, finalizada em dezembro, foi adotada como exemplo pelo governador de Nova York, Andrew Cuomo, que subsidia o desenvolvimento da energia solar em seu estado.
Em 2012, ele lançou o programa NY-Sun Initiative, com US$ 800 milhões em investimentos até 2015. Cerca de 300 megawatts de capacidade solar já foram instalados no estado, mais do que nos dez anos anteriores.
Agora, Cuomo quer estender o programa até 2023, com um financiamento adicional de quase US$ 1 bilhão e a meta de atingir 3.000 megawatts. Com esses recursos, será possível criar 13 mil postos de trabalho e reduzir as emissões dos gases causadores do efeito estufa em 2,3 milhões de toneladas por ano, segundo alguns analistas.
Nova York ainda está muito longe da Califórnia, ou até mesmo dos vizinhos Nova Jersey e Massachusetts. Junto com o Arizona, esses estados concentram mais de 80% de todas as instalações de energia solar nos Estados Unidos, segundo o especialista em Energia Solar Cory Honeyman, da GTM research.
É "um dos mercados mais promissores na atualidade", frisou, acrescentando que "esperamos uma aceleração dos projetos, tanto no setor residencial quanto comercial".
Trata-se de uma bênção para as 411 companhias especializadas que compartilham esse mercado em franca expansão.
No Bronx, uma dessas empresas, a OnForce Solar, triplicou sua receita em 2013 e espera duplicá-la este ano, disse seu diretor-executivo, Charles Feit, à AFP. A OnForce Solar recebeu alguns milhões de dólares em subvenção do governo.
"Politicamente, temos o vento a favor", comentou Feit, entusiasmado.
- "Ponto de inflexão" -
O presidente da OnForce Solar e vice-presidente da Associação de Empresas de Energia Solar em Nova York (NYSEIA), David Sandbank, também se mostrou otimista ao detalhar os créditos fiscais para a energia solar.
"Há muitas oportunidades em Nova York", comemorou.
Segundo ele, "em Manhattan, essas instalações podem ser complicadas devido a regulações estritas, mas em outros bairros há muitos grandes terraços propícios para a energia solar".
"A NY-Sun Initiative criou estabilidade e longevidade para a energia solar", destacou, acrescentando que algumas empresas especializadas chegam, inclusive, a se mudar da Califórnia para Nova York. "Mudou completamente a estrutura do nosso negócio", revelou, citando os 3.300 postos de trabalho.
Para Sandbank, com a baixa de preços dos painéis fotovoltaicos, a energia solar é ainda mais promissora, já que a eletricidade é mais cara em Nova York do que na maioria dos outros estados.
Por ano, a Jetro Cash and Carry espera uma economia de 40% em sua conta de luz, ou seja, pelo menos US$ 250 mil, anunciou Kline.
E os projetos abundam. Recentemente, o governador Cuomo prometeu uma ajuda financeira para as escolas que quiserem instalar painéis solares.
Pouco antes de sua partida, o agora ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg anunciou que cerca de 35 mil painéis solares serão instalados em 2015 em nove hectares em Fresh Kills, um antigo depósito de Staten Island em vias de recuperação. Essa usina solar será a maior de Nova York, capaz de produzir 10 megawatts de eletricidade.
Esses projetos nova-iorquinos ganham espaço no momento em que o governo americano promove a energia solar, um mercado que cresceu quase 30% entre 2012 e 2013.
Este ano, pela primeira vez em 15 anos, os Estados Unidos podem superar a Alemanha, líder mundial em novas instalações, afirmou Honeyman. "Estamos em um ponto de inflexão", afirmou.
O caminho ainda é longo, porém.
Nos Estados Unidos, o sol representa apenas 1% da geração de energia renovável, o que equivale a 12% da produção total de eletricidade, de acordo com Agência de Informação de Energia de Estados Unidos (EIA). FONTE: Yahoo Notícias

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Moradores poderão retornar em breve à região de Fukushima

Moradores de Fukushima em abrigo de Tamura após a passagem do tsunami em março de 2011
O Japão vai suspender uma ordem de exclusão em uma região próxima à central nuclear acidentada de Fukushima, o que permitirá a alguns moradores retornar para suas casas.
"A suspensão formal da ordem de retirada entrará em vigor em 1º de abril e envolverá 300 pessoas com casas em Tamura, uma cidade 20 km ao oeste da central", anunciou o gabinete do primeiro-ministro Shinzo Abe.
Uma fonte do gabinete explicou que nos próximos dois anos até 30.000 pessoas serão autorizadas a retornar para as casas que foram obrigadas a abandonar em consequência das fortes radiações emitidas pela central, muito afetada no tsunami de 11 de março de 2011.
Mas algumas pessoas afetadas hesitam em retornar, pois ainda temem a radiação.
Quase três anos depois do terremoto e maremoto que provocaram o acidente nuclear de Fukushima, nordeste do Japão, quase 100.000 pessoas da região permanecem afastadas de suas casas, segundo a Agência de Reconstrução. Fonte: Yhoo notícias

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Ciência revela segredos dos gênios da pintura

Richard Van Duyne, professor de química da Universidade Northwestern, é visto em 13 de fevereiro de 2014
Qual a tonalidade de vermelho usado na obra-prima de Renoir? Como Van Gogh concebeu seus girassóis? Picasso realmente usava tinta de pintar parede?
Segundo especialistas, técnicas científicas inovadoras estão ajudando a desvendar a beleza original esmaecida com o passar do tempo das grandes obras-primas da humanidade.
Ao reduzir a miniaturas as técnicas de amostragem, os cientistas conseguem averiguar como as moléculas individuais de uma pintura se comportam de forma diferente, o que lhes permite ver as verdadeiras cores orgânicas, como eram um século atrás.
"Analisamos as moléculas tal qual eram sob a moldura para que nos digam como deveriam ser agora", explica Richard Van Duyne, professor de química da Universidade Northwestern, que descreve um poderoso raio-X e uma técnica em microscópio conhecida como espectroscopia Raman de superfície ampliada, utilizada em um quadro de Renoir em 1883, intitulado "Madame Leon Clapisson".
A pintura e sua reconstrução fazem parte de uma exposição, inaugurada no começo deste mês no Institute of Chicago e que mostra como os cientistas deveriam reviver as tonalidades vermelhas e rosadas para restaurar a forma como o quadro foi pintado.
O cientista holandês Joris Dik descreveu como o amarelo cádmio virou acinzentado em "Flowers in a Blue Vase" (1889), Van Gogh.
"Estamos muito interessados em reproduzir o quadro original", afirmou a jornalistas na conferência anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), que se reuniu na semana passada em Chicago.
Uma reconstrução digital das flores que Van Gogh pintou mostrou um ramo de flores amarelas mais brilhante e profundo.
O laboratório de Dik, na Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, está trabalhando agora na recriação da textura da superfície e na cor original em imagem tridimensional para mostrar o que o artista fez sem alterar a obra original.
"Com estas reconstruções digitais não nos vemos submetidos às limitações éticas ou técnicas", que têm os enfoques de conservação padrão, afirmou.
- Nova visão dos velhos clássicos -
Algum dia, os entusiastas da arte poderiam ter uma visão - e experimentação - completamente diferente do trabalho de grandes artistas. Hoje em dia, os visitantes do museu Van Gogh, em Amsterdã, podem comprar e levar para casa réplicas tridimensionais impressas das obras do artista genial.
Muitas das técnicas científicas que tentam desconstruir os quadros não são novas, visto que começaram a ser usadas no final de 1880, mas têm sido refinadas com o tempo, afirmaram os especialistas.
A miniaturização do equipamento analítico e a natureza portátil de muitos instrumentos se dirigiram a novos limites na última década, o que implica que se pode fazer mais trabalhos nos museus e que não é necessário o caro e perigoso transporte das obras de arte.
"Não vimos o ápice ainda, (no entanto) estamos em um momento muito interessante", afirma Dik.
A nanotecnologia para estudar a arte e o patrimônio cultural tem aplicações que vão além de outros âmbitos da vida, da fabricação de baterias em miniatura à administração de tratamentos de câncer a pacientes com idade avançada.
"No fim do dia, estamos tratando do mesmo problema. Temos objetos na escala do metro que temos que estudar no nível da molécula individual", afirma Van Duyne.
No ano passado, os cientistas utilizaram a potente energia dos raios-X para revelar que Picasso usava tinta de parede em algumas de suas obras.
"Só foi possível fazer isto porque tínhamos uma resolução espacial muito alta, de forma que pudemos ver coisas extremamente pequenas", afirma o físico Volker Rose, do Laboratório Nacional Argonne.
"Também teve a sensibilidade de coletar os menores vestígios de impurezas", diz.
Embora as revelações tenham levantado muita polêmica, Rose afirma que a mensagem é inspiradora.
"Sabemos que se compramos uma lata de tinta convencional para paredes, qualquer um de nós pode virar um Picasso", desafia. Fonte: yYahoo notícias

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Fukushima: nível excessivo de césio em poços de água perto do oceano

Central de Fukushima no dia 30 de junho de 2010
A empresa que opera a central nuclear acidentada de Fukushima anunciou que detectou na quinta-feira um nível até então inédito de césio radioativo em poços situados entre os reatores afetados e o Oceano Pacífico.
As quantidades de césio 134 de 37.000 becquerels por litro de água e a de 93.000 Bq também por cada litro de césio 137 foram registradas, o que significa níveis muito superiores aos da véspera, segundo a Tokyo Electric Power (Tepco).
A água fica a 16 metros de profundidade, em um local de forte contaminação, provocada em boa parte pelo acúmulo de líquido altamente radioativo procedente dos reatores acidentados em 11 de março de 2011, após um terremoto e um tsunami.
Segundo a Tepco, a água contaminada não chegará ao mar.
O problema da água contaminada é um dos mais complexos que a empresa tem que administrar há quase três anos. fonte: Yahoo notícias

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Cientistas anunciam importante avanço nas pesquisas sobre fusão nuclear

Foto divulgada pela revista Nature. Cientistas americanos afirmaram ter sido os primeiros a obter mais energia de uma reação de fusão do que a absorvida pelo combustível usado para provocá-la
Cientistas anunciaram nesta quarta-feira um importante avanço na longa busca do desenvolvimento da fusão nuclear, o que para alguns representa o sonho de uma fonte de energia limpa e ilimitada.
Presente no Sol e em muitas outras estrelas, a fusão implica na liberação de energia por meio da união de núcleos atômicos, ao contrário da provocada pela fissão nuclear, princípio físico da bomba atômica e da energia nuclear usada atualmente nas usinas.
Décadas de trabalho sobre a fusão tentaram superar um obstáculo gigantesco: a enorme quantidade de energia necessária para desencadear o processo.
No entanto, experiências de laboratório, descritas nesta quarta-feira por um grupo de cientistas nos Estados Unidos, permitiram fazer grandes avanços na superação destes obstáculos.
Em artigo publicado na revista Nature, cientistas americanos afirmaram ter sido os primeiros a obter mais energia de uma reação de fusão do que a absorvida pelo combustível usado para provocá-la.
Eles fixaram 192 feixes de laser na direção de um ponto mais estreito do que a largura de um cabelo humano para gerar energia suficiente para comprimir uma minúscula cápsula de combustível a um tamanho 35 vezes menor que o original.
Com duração de menos de um bilionésimo de segundo, a reação liberou energia equivalente à armazenada em duas baterias AA (17.000 Joules) na última experiência realizada em novembro de 2013.
Apesar de "modesta", segundo os pesquisadores, a liberação de energia foi maior do que a energia absorvida pelo combustível, estimada entre 9.000 e 12.000 Joules.
"Isto é o mais próximo que se chegou" do sonho de gerar energia viável resultante de uma fusão, disse Omar Hurricane, chefe da equipe que realizou o estudo na estatal National Ignition Facility (NIF), da Califórnia.
A energia é dez vezes superior à alcançada anteriormente, embora haja alguns matizes.
Não se trata de uma reação sustentada, o tão buscado momento de "ignição", e a pergunta sobre a eficiência energética, ou seja, a liberação de uma energia superior à consumida para lançar o processo, permanece sem resposta.
Neste caso, os feixes de laser liberaram 1,9 milhão de Joules de energia - o equivalente a uma pequena bateria de carro -, dos quais só entre 9.000 e 12.000 Joules foram absorvidos pelo combustível.
"Só algo da ordem de 1% da energia que usamos com o laser termina no combustível, ou até menos", disse a co-autora do estudo, Debbie Callahan. "Há muito espaço para continuarmos avançando", prosseguiu.
O método precisa ser aperfeiçoado e o rendimento deve ser 100 vezes melhor "antes de que possamos chegar ao ponto de ignição", acrescentou Hurricane.
"Honestamente, não podemos dizer quando alcançaremos uma ignição. Estamos trabalhando como loucos para conseguir. Nossos conhecimentos teóricos nos dizem que se continuarmos nesta direção, temos uma possibilidade", prosseguiu.
A ignição também requer auto-propagação, por meio da qual as primeiras partículas fundidas causam o calor e a pressão necessários para gerar outras, criando assim novas partículas e melhorando o rendimento.
Os últimos experimentos no NIF, um feito em setembro do ano passado e o outro em novembro, foram os primeiros a lançar provas de que "as partículas deixam um pouco de energia atrás delas", disse Hurricane.
Recriando as condições do núcleo solar
A fusão nuclear é o oposto da fissão, que implica na divisão de átomos, um princípio no qual se baseiam as bombas atômicas e as usinas nucleares, que apresenta como riscos a proliferação nuclear, assim como os rejeitos perigosos e duradouros.
Os núcleos de deutério e trítio - ambos isótopos obtidos a partir do hidrogênio - podem, ao contrário, se fundir para criar partículas mais pesadas.
Em teoria, a energia gerada através da fusão não resultaria em rejeitos perigosos nem contaminaria a atmosfera. Além disso, o combustível é encontrado com maior abundância: na água do mar, que cobre mais de dois terços do planeta.
O procedimento requer temperaturas extremas e pressões equivalentes às encontradas no nosso sol e em outras estrelas ativas.
Para concretizar este objetivo, Hurricane e sua equipe dispararam seus raios laser contra um cilindro de ouro de dois milímetros de diâmetro, recoberto por dentro por uma camada congelada de combustível de deutério e trítio.
Os feixes de luz entraram através de buracos por um lado e se focaram como raios que impactaram a cobertura externa da cápsula e provocaram sua implosão, algo equivalente a reduzir uma bola de beisebol ao tamanho de uma ervilha.
O processo gera uma pressão 150 bilhões de vezes superior à exercida pela atmosfera terrestre e uma densidade de 2,5 a 3 vezes superior à do núcleo solar, disseram os cientistas.
Segundo o cientista especializado Mark Herrmann, do Pulsed Power Sciences Center, de Albuquerque, trata-se de "um avanço significativo na pesquisa sobre a fusão". Fpnte: Yahoo notícias

domingo, 9 de fevereiro de 2014

CERN lança estudo para um novo e mais poderoso colisor de partículas


Genebra, 6 fev (EFE).- A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN) anunciou nesta quinta-feira o lançamento de um estudo para a eventual construção de um novo colisor de hádrons que teria entre 80 e 100 quilômetros de circunferência e para o qual inclusive já tem um nome: Futuro Colisor Circular (FCC).
Durante o estudo serão exploradas as possibilidades concretas de construir tal equipamento em longo prazo, em substituição do Grande Colisor de Hàdrons (Large Hadron Collider - LHC), o experimento da CERN que ofereceu ao mundo o último grande avanço na compreensão da origem da massa das partículas elementares.
O LHC foi desligado há um ano para ser submetido a um complexo plano de manutenção técnica, após o que voltará a ser ligado ao longo de 2015 para funcionar a uma energia de colisão de 14 TeV (teraelétrons-volt).
Se considera que a esse nível de energia - em relação aos 8 TeV que tinha alcançado antes de ser desligado - poderá se confirmar com certeza científica o descobrimento do Bóson de Higgs e inclusive observar partículas não vistas até agora.
No entanto, a CERN já olha mais longe e decidiu lançar-se no estudo de um colisor de nova geração com a esperança "de alargar as fronteiras de nossos conhecimentos no âmbito da física de partículas", segundo indicou hoje em comunicado.
A ideia da qual partem as altas instâncias da CERN é que esse novo colisor - de um tipo similar ao LHC - possa alcançar uma energia sem precedentes, da ordem dos 100 TeV.
O estudo para este novo experimento será organizado através de um programa de cinco anos de duração que começará em uma conferência internacional que acontecerá na próxima semana na Universidade de Genebra.
Este plano se incorporará ao estudo que por anos se realizou para o Colisor Linear Internacional (ILC), outro acelerador de partículas de 31 quilômetros de longitude cujo projeto foi apresentado em junho do ano passado.
Ambas opções concorrerão até que se determine qual delas é a mais apropriada para continuar avançando em questões como a compreensão do Bóson de Higgs, da matéria escura e da supersimetria.
Outro elemento essencial que se levará em conta será o custo de cada alternativa, com o que uma proposição clara deverá estar sobre a mesa por volta de 2018 ou 2019.
"Devemos plantar hoje as sementes que nos darão as tecnologias do futuro, a fim de estar prontos para tomar as decisões daqui a alguns anos", explicou o diretor de Aceleradores e de Tecnologia do CERN, Frederick Bordry.
Embora pareça prematuro, experiências anteriores demonstraram que são necessários muitos anos de pesquisas e análises para decidir sobre a infraestrutura que requer o avanço da ciência.
O LHC, por exemplo, foi idealizado nos anos 80, mas não começou a funcionar antes de 25 anos mais tarde, e tem ainda 20 anos de operação pela frente. EFE   Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Japoneses inventam sutiã que abre sozinho em caso de urgência amorosa



Um sutiã inventado pela empresa japonesa Ravijour pisca e abre sozinho em caso de desejo sexual. A peça inteligente tem sensores para analisar o ritmo cardíaco da mulher, que o leva a deduzir seu estado de excitação e a abrir o fecho que se encontra entre seus seios.

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Aparentemente trata-se de um objeto muito romântico, mas, na realidade, é um objeto principalmente tecnológico.
O sinal recebido pelos sensores é enviado a um telefone celular mediante a tecnologia de transmissão Bluetooth, para uma análise comparativa das batidas de seu coração e uma dedução através de um aplicativo especial. Se for registrada uma curva correspondente ao desejo sexual, o fecho pisca e se abre.
A marca de lingerie imaginou este sutiã para celebrar seu décimo aniversário. Trata-se de uma operação de comunicação e a peça não será vendida.
"Queríamos realizar uma campanha que não apenas incite as pessoas que usam nossos produtos, mas que também contribua para aquecer a atmosfera romântica entre os homens e as mulheres", disse Yuka Tamura, uma porta-voz desta empresa.
O sutiã inteligente pode ser visto no site oficial da marca. Fonte: yahoo notícias

É hora de passar às questões mais difíceis do programa nuclear do Irã', diz chefe da AIEA

O diretor-geral da Agência Internacional da Energia Atômica, Yukiya Amano, em uma entrevista exclusiva à AFP
Após os recentes progressos no caso do programa nuclear iraniano, a AIEA quer passar "às questões mais difíceis", abordando o delicado tema do eventual capítulo militar de Teerã, declarou seu diretor-geral, Yukiya Amano, em uma entrevista exclusiva à AFP.
"Nós começamos por medidas práticas e fáceis de aplicar, depois passamos às coisas mais difíceis", destacou na quinta-feira o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
"É claro, nós desejamos incluir as questões (relacionadas) à possível dimensão militar nas próximas etapas", acrescentou.
Para a AIEA, trata-se de determinar se o Irã trabalhou na elaboração da bomba atômica antes de 2003, ou depois.
Em um severo relatório divulgado em 2011, esta agência da ONU havia apontado diversos elementos, apresentados como críveis, indicando que esta possibilidade não podia ser excluída. Este relatório foi rejeitado pelo Irã, que sempre negou ter desejado produzir um arsenal militar nuclear.
A AIEA e o Irã negociaram em vão durante dois anos para tentar alcançar um acordo que permitisse à agência verificar as questões levantadas neste relatório.
Mas a chegada à presidência iraniana do moderado Hassan Rohani, eleito em junho, desbloqueou as negociações, e ambas as partes alcançaram, no dia 11 de novembro, um primeiro acordo de seis pontos, entre os quais se destaca uma visita ao reator de água pesada de Arak ou a uma mina de urânio.
No entanto, o texto não fazia referência alguma à possível dimensão militar do programa iraniano.
"Já discutimos (isso) e seguiremos fazendo isso em nossa próxima reunião", que está prevista para o dia 8 de fevereiro. "E espero que possamos chegar a um resultado concreto, a um acordo", indicou Amano durante a entrevista, realizada na quinta-feira em seu gabinete da sede da AIEA em Viena.
Papel de verificação
A possível dimensão militar do programa iraniano também é uma questão central do histórico acordo assinado no dia 24 de novembro em Genebra entre as grandes potências (Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha) e o Irã, ainda que não esteja citada explicitamente.
"Quando falamos das questões do passado e do presente, isto inclui naturalmente a possível dimensão militar", explicou o diplomata, de 66 anos.
Resolver estas questões "pode ser rápido ou longo. Depende muito do Irã. Depende realmente de sua cooperação", insistiu. A AIEA critica Teerã há anos por sua falta de cooperação que, segundo a agência da ONU, alimenta as dúvidas sobre os objetivos do programa nuclear.
O acordo de Genebra, aplicado desde 20 de janeiro e que tem uma vigência de seis meses, prevê que a República Islâmica congele uma parte de suas atividades nucleares em troca do levantamento parcial das sanções internacionais, que afogam a economia iraniana.
Esta é a primeira etapa em direção à negociação de um acordo no longo prazo com o objetivo de colocar fim a 10 anos de uma dura disputa entre Teerã e a comunidade internacional.
O chefe da AIEA não quis se pronunciar sobre as possibilidades de alcançar efetivamente um acordo. "Especular sobre o futuro é muito difícil", brincou. "Há seis meses esta situação não poderia ter sido prevista. Há um ano, parecia totalmente impossível!", destacou Amano em referência aos recentes avanços.
No âmbito do acordo, a agência tem a dura tarefa de garantir que o Irã aplique os compromissos aos quais aderiu, sobretudo a suspensão do enriquecimento de urânio a 20%. O Ocidente e Israel sempre suspeitaram que o país quer alcançar o enriquecimento a 90%, o nível necessário para a fabricação de uma bomba atômica.
Se a AIEA constatar o mínimo desvio, então "informaremos imediatamente aos países membros da agência", afirmou o diretor-geral.
Yukiya Amano mostrou-se confiante em conseguir os 5,5 milhões de euros necessários para colocar em andamento sua missão no Irã, e destacou que "mais de uma dúzia" de países membros do conselho de governadores anunciaram sua intenção de contribuir.
"É um gesto bastante encorajador", considerou. "Há tanto tempo que fazemos um bom trabalho... Estou certo de que os Estados membros nos apoiarão". Fonte: yahoo notícias