sexta-feira, 18 de julho de 2014

Estudo situa Brasil como um dos piores países em eficiência energética

Turistas visitam hidrelétrica de Itaipu, em 16 de novembro de 2013









O Brasil e o México encerram o ranking das 16 principais economias do planeta no quesito eficiência energética, que a Alemanha, com suas rígidas normas de construção, lidera, informou um grupo ambientalista nesta quinta-feira.

O estudo sobre as 16 potências, realizado pelo Conselho para uma Economia Energeticamente Eficiente, colocou o Brasil na penúltima posição e o México, na última, e se disse preocupado com o ritmo dos esforços de Estados Unidos e Austrália.
Segundo os autores da pesquisa, o Brasil e o México demonstraram investimentos escassos em programas de eficiência energética, embora suas usinas térmicas sejam eficientes.
Lanterna do grupo, o México carecia de eficiência energética no transporte de carga, destinando poucos recursos ao transporte ferroviário.
No topo da lista, o conselho atribuiu à Alemanha, a maior economia europeia, a melhor pontuação por suas normas em prédios residenciais e comerciais, na tentativa de reduzir em 20% até 2020 o consumo de energia com relação a 2008.
"Alegra-nos receber um segundo prêmio em uma semana", reagiu Philipp Ackermann, adido na embaixada alemã de Washington, em alusão à Copa do Mundo de futebol, conquistada no Brasil.
Ackermann destacou que seu país alcançou um crescimento econômico, ao mesmo tempo em que melhorou sua eficiência energética e reduziu os efeitos ambientais do comércio de energia.
"Todos concordamos, penso, que a energia mais barata é aquela que não é preciso produzir", observou Ackermann.
O estudo situou a Itália em segundo lugar, destacando a eficiência nos transportes e o conjunto da União Europeia em terceiro lugar. China e França empataram em quarto, seguidas de Japão e Inglaterra.
O informe destacou que a China usou menos energia por metro quadrado do que qualquer outro país, embora suas normas de construção nem sempre sejam rigorosas.
"A China pode fazer muito mais, também desperdiçam muita energia, mas estão realmente progredindo", afirmou Steven Nadel, diretor executivo do conselho.
O estudo destacou, no entanto, um "claro retrocesso" na Austrália, cujo primeiro-ministro, Tony Abbott, é um cético das mudanças climáticas. De fato, nesta quinta-feira a Austrália aboliu um controverso imposto sobre o carbono.
Os Estados Unidos ficaram na 13ª posição. Segundo o estudo, a principal economia do mundo fez avanços, mas em nível nacional desperdiça energia de forma absurda. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Vitamina B3, usada para reduzir colesterol, traz risco de morte

Suplementos alimentares são vistos em farmácia de Nova York, em 11 de novembro de 2004
A niacina, conhecida como vitamina B3, usada para reduzir o risco de infarto ou acidente vascular cerebral (AVC) em pessoas com colesterol alto, também traz risco de morte, revelou um amplo estudo internacional divulgado nesta quarta-feira.
Por este motivo, a maioria das pessoas deveria parar de usar este suplemento popular, destacou em editorial a revista New England Journal of Medicine, que publicou simultaneamente os resultados da prova.
A niacina ganhou popularidade nos últimos 50 anos e é usada principalmente para elevar o nível de colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade), também conhecido como colesterol bom.
No entanto, um estudo feito durante quatro anos com pessoas entre os 50 e os 80 anos, com colesterol elevado, revelou não haver benefícios que se traduzissem em uma redução da taxa de infartos ou AVCs.
Foram estudadas 25.673 pessoas, todas já tinham tomado estatinas para reduzir o colesterol. Além disso, algumas tomavam niacina e laropiprant (um medicamento que reduz a vermelhidão do rosto causado pelas altas doses de niacina). Outras tomaram um placebo.
As pesquisas foram feitas em Grã-Bretanha, China e Escandinávia.
A niacina "se associou a uma tendência crescente de morte", informou o estudo, segundo o qual o composto também se associa a "um aumento significativo de efeitos colaterais graves: problemas hepáticos, excesso de infecções, sangramento excessivo, gota, perda de controle (das taxas) de açúcar no sangue, no caso dos diabéticos, e desenvolvimento de diabetes naqueles que não padeciam dela quando começou o estudo".
Donald Lloyd-Jones, diretor de medicina preventiva da escola de medicina da Universidade Northwestern Feinberg e do hospital Northwestern Memorial, disse que os usuários de niacina correm um risco 9% maior de morrer, um percentual que os cientistas consideraram estatisticamente significativo, ou seja, os benefícios ficam em segundo plano.
"Poderia ocorrer uma morte a cada 200 pessoas que tomam niacina", disse Lloyd-Jones, que escreveu o editorial da revista. "Com um sinal como este, é claro que (a niacina) é uma terapia inaceitável para a ampla maioria dos pacientes".
Outro estudo sobre a niacina, feito com mais de 3.400 pacientes, revelou que ela aumentava o risco de infecção e daria certa proteção a problemas cardiovasculares, reportou o New England Journal of Medicine.
"Deve-se considerar que a niacina tem uma toxicidade inaceitável para a maioria dos pacientes e que não deve ser usada rotineiramente", escreveu Lloyd-Jones.
Ao contrário, os tratamentos com estatinas deveriam continuar sendo - como são atualmente - o principal recurso para ajudar a reduzir o colesterol ruim, enquanto a niacina só deveria ser prescrita para pacientes com alto risco que não conseguem tolerar as estatinas, acrescentou. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Nasa lança satélite para medir CO2 na atmosfera

O OCO-2 decola a bordo do foguete Delta 2

A Nasa lançou na madrugada desta quarta-feira um satélite para medir o nível de dióxido de carbono na atmosfera, o gás com maior incidência no aquecimento global.
O Orbiting Carbon Observatory-2 (OCO-2) decolou a bordo do foguete Delta 2 às 6H56 (horário de Brasília) da Base Vandenberg da Força Aérea, na Califórnia.
O lançamento representa um alívio para a Nasa, após duas tentativas frustradas de colocar o satélite em órbita, em 2009 e 2011, por problemas de funcionamento no foguete.
Um tentativa de lançamento na terça-feira foi abortada no último minuto por um problema com o fluxo de água do foguete.
O OCO-2 está a caminho para unir-se ao A-Train, grupo de cinco satélites internacionais para a observação da Terra.
"A missão do OCO-2 proporcionará as imagens mais detalhadas até hoje das fontes naturais de dióxido de carbono", destacou a Nasa. Fonte: Yahoo Notícias