O estudo sobre as 16 potências, realizado pelo Conselho para uma Economia Energeticamente Eficiente, colocou o Brasil na penúltima posição e o México, na última, e se disse preocupado com o ritmo dos esforços de Estados Unidos e Austrália.
Segundo os autores da pesquisa, o Brasil e o México demonstraram investimentos escassos em programas de eficiência energética, embora suas usinas térmicas sejam eficientes.
Lanterna do grupo, o México carecia de eficiência energética no transporte de carga, destinando poucos recursos ao transporte ferroviário.
No topo da lista, o conselho atribuiu à Alemanha, a maior economia europeia, a melhor pontuação por suas normas em prédios residenciais e comerciais, na tentativa de reduzir em 20% até 2020 o consumo de energia com relação a 2008.
"Alegra-nos receber um segundo prêmio em uma semana", reagiu Philipp Ackermann, adido na embaixada alemã de Washington, em alusão à Copa do Mundo de futebol, conquistada no Brasil.
Ackermann destacou que seu país alcançou um crescimento econômico, ao mesmo tempo em que melhorou sua eficiência energética e reduziu os efeitos ambientais do comércio de energia.
"Todos concordamos, penso, que a energia mais barata é aquela que não é preciso produzir", observou Ackermann.
O estudo situou a Itália em segundo lugar, destacando a eficiência nos transportes e o conjunto da União Europeia em terceiro lugar. China e França empataram em quarto, seguidas de Japão e Inglaterra.
O informe destacou que a China usou menos energia por metro quadrado do que qualquer outro país, embora suas normas de construção nem sempre sejam rigorosas.
"A China pode fazer muito mais, também desperdiçam muita energia, mas estão realmente progredindo", afirmou Steven Nadel, diretor executivo do conselho.
O estudo destacou, no entanto, um "claro retrocesso" na Austrália, cujo primeiro-ministro, Tony Abbott, é um cético das mudanças climáticas. De fato, nesta quinta-feira a Austrália aboliu um controverso imposto sobre o carbono.