quarta-feira, 17 de junho de 2015

Cientistas criam motor que funciona a partir da água

(Arquivo) Pesquisadores norte-americanos anunciaram nesta terça-feira que usaram a energia da evaporação da água para operar motores, uma solução barata e que respeita o planeta
Pesquisadores norte-americanos anunciaram nesta terça-feira que usaram a energia da evaporação da água para operar motores, uma solução barata e que respeita o planeta.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Columbia, em Nova York, e da Universidade Loyola, em Chicago, fabricou dois pequenos gadgets experimentais que funcionam de maneira autônoma na presença da umidade do ar.
A chave da experiência, publicada pela revista Nature Communications, é o uso de inofensivos esporos bacterianos - pequenas unidades esféricas que se formam no interior de uma célula bacteriana.
Os esporos inflam com a umidade e encolhem uma vez secos. Este movimento de inchaço/retração é o motor da energia.
"Até agora conseguimos capturar a energia da água que desce das nuvens, agora queremos capturar a energia da evaporação da água a partir do ar, na atmosfera", explicou Ozgur Sahin, da Universidade de Columbia e co-autor do estudo, em um vídeo transmitido pela Nature.
"Esse processo é muito poderoso, (mas) até agora não fomos capazes de capturar essa energia de forma eficiente", afirmou.
A equipe construiu motores pequenos com finas tiras de plástico revestidas de esporos, que abastecem um carro muito pequeno e diodos emissores de luz (LED).
Expostos à umidade, os esporos expandem e fazem com que as tiras de plástico se movimentem. Elas se contraem muito rapidamente quando a fonte de umidade é removida. Este movimento para trás e para a frente pode movimentar as rodas e os pistões.
"Quando você monta muitas, muitas tiras juntas, aumenta a força que elas produzem", declarou o pesquisador.
Esta técnica ainda é experimental. Mas um dia poderia ser usada para próteses ou membros de robôs, baterias e geradores ou para projetar uma roupa esportiva que responda ao suor: quanto mais você suar, mais energia você produz. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

domingo, 14 de junho de 2015

"Olá, Terra": o robô Philae acorda na superfície do cometa "Tchuri"

Imagem de Philae em cometa
O robô espacial europeu Philae, pousado na superfície do cometa "Tchuri" desde novembro do ano passado, despertou na noite de sábado, gerando expectativas de um retorno ao trabalho imediato.
"Philae vive! Isso é fantástico! Recebemos sinais durante dois minutos, bem como quarenta segundos de dados", revelou à AFP Jean-Yves Le Gall, presidente do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES), a agência espacial francesa.
"Olá Terra! Vocês estão me ouvindo?", tuítou o robô, via Agência Espacial Europeia (ESA).
"Está pronto para retomar suas operações", declarou Stefan Ulamec, responsável pelo robô, em um comunicado da agência espacial alemã DLR.
"Philae retomará o trabalho", assegurou Le Gall, considerando que o mecanismo poderá fotografar e recolher dados do cometa imediatamente.
O despertar de Phiale, robô-laboratório munido de vários instrumentos, ocorreu sábado às 22h28, hora europeia, (17h28 de Brasília), segundo a ESA.
A novidade foi recebida com alegria por aqueles que têm acompanhado os passos do robô desde o inverno passado. "A @NASA diz bom dia a Philae", tuítou a agência espacial americana. "Todo mundo está em festa com o despertar de @Philae2014", reagiu o Royal Observatory.
Do tamanho de uma máquina de lavar roupas, o robô Philae estava inativo desde seu histórico pouso em 12 de novembro do ano passado sobre o cometa 67P/Tchuriumov-Gerasimenko.
Da Terra, a mais de 450 milhões de quilômetros de distância, os cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) tentavam há mais de um mês "ouvir" um possível sinal de vida a partir de Philae pela sonda Rosetta.
A sonda europeia Rosetta está agora a uma centena de quilômetros do cometa.
Após viajar por dez anos em companhia da sonda e percorrer mais de 6 bilhões de quilômetros, Philae conseguiu pousar no cometa, mas a aterrissagem não foi fácil. Após alguns solavancos, ele estacionou entre falésias, em um local com pouca exposição ao sol.
Equipado com painéis solares e tendo trabalhado por cerca de 60 horas, apagou por falta de energia.
À medida que o cometa se aproximou do Sol, o robô conseguiu aproveitar a maior exposição à luz solar para recarregar as baterias.
Philae precisa de uma temperatura interna acima de 45°C abaixo de zero e pelo menos 5 watts para ligar automaticamente.
"Ficamos surpresos que tenha acontecido esta noite", disse à AFP Patrick Martin, que chefia a missão Rosetta.
Os dois minutos de comunicação entre Philae e Rosetta foram "suficientes para confirmar que Philae está saudável e que seus subsistemas estão OK em termos de energia e temperatura", indicou Martin.
"Philae está muito bem, com uma temperatura de operação de -35 graus Celsius e 24 watts de potência", explicou Ulamec.
Philae já enviou dados, que os cientistas vão agora analisar.
Na memória de Philae estão armazenados pacotes de dados, que darão informações aos cientistas sobre o que aconteceu nos últimos dias ao robô.
A missão Rosetta busca decifrar a evolução do sistema solar desde seu nascimento, sendo os cometas considerados vestígios da matéria primitiva. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 9 de junho de 2015

Insecticida pode afetar desenvolvimento intelectual de crianças

(Arquivo) Agricultores aplicam inseticida em uma plantação em Khan Yunis, na Faixa de Gaza, no dia 5 de março de 2013
Uma classe de inseticidas amplamente utilizada na agricultura e a nível doméstico, os piretróides, pode afetar o desenvolvimento intelectual das crianças - segundo um estudo divulgado nesta terça-feira pelo INSERM (Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica) da França.
"O resultado deste estudo mostra que a exposição durante a infância a insecticidas piretróides", que são detectadas na urina pela concentração de dois resíduos destes produtos, está "associada a habilidades cognitivas em crianças com menos de seis anos", de acordo com um artigo publicado na revista Environment International.
Pesquisadores da Universidade e do Centre Hospitalier Universitaire (CHU) da cidade francesa de Rennes se dedicaram a avaliar a correlação entre as capacidades cognitivas em uma amostra de 287 crianças de seis anos e a concentração de elementos residuais desses inseticidas na urina.
Os pesquisadores estudaram a compreensão verbal das crianças, o que é um bom indicador da aptidão escolar e capacidade de memorizar novas informações.
Enquanto isso, a concentração de seis diferentes metabolitos, resíduos de decomposição pelo corpo de insecticidas piretróides, foi medida na urina de crianças que integraram a amostragem.
Para dois destes metabólitos foi encontrada uma correlação entre sua concentração e o menor desempenho cognitivo das crianças, inclusive levando em conta fatores capazes de desviar os resultados.
Os desempenhos intelectuais mais baixos encontrados em algumas crianças se traduziam em dificuldade para a concentração, compreensão do entorno e na aquisição. Fonte: Yhaoo Notícias.

sábado, 6 de junho de 2015

Gás quer se impor na nova paisagem energética

Segundo a AIE, o gás deve representar 24% da demanda mundial de energia primária em 2040, contra 21% de 2012
A luta contra o aquecimento global tem que passar pelo uso do gás: esta é a mensagem dos atores do setor, que se reuniram em Paris esta semana para um congresso mundial.

A alguns meses da COP21, a conferência mundial sobre o clima que será organizada também em Paris, o Congresso Mundial do Gás que ocorre a cada três anos é uma "oportunidade formidável" para destacar a importância desta fonte de energia, segundo Jérôme Ferrier, presidente da Associação Francesa do Gás (AFG) e da União Internacional do Gás (UIG).
"Nós nos demos conta há alguns anos de que o gás era uma energia que sofria com a falta de comunicação, afetada por uma imagem negativa que não merece", explicou à AFP, assumindo seu papel de grupo de pressão.
"O gás é a energia fóssil que emite menos dióxido de carbono (CO2), é a única energia fóssil cuja parte no 'mix' energético mundial deve avançar até 2040", segundo as projeções da Agência Internacional de Energia.
Segundo a AIE, o gás deve representar 24% da demanda mundial de energia primária em 2040, contra 21% de 2012. Assim se igualaria ao carbono, cuja demanda diminuiria até 24% frente ao 29%, e ultrapassaria o petróleo, que deve passar de 31% a 26%.
A energia nuclear e as renováveis também devem aumentar, até 7% e 19% respectivamente, mas seguiriam sendo minoritárias a respeito das energias fósseis.
O gás, segundo seus defensores, é um complemento ideal das energias renováveis (eólica e solar), cuja produção pode flutuar fortemente em função do vento e da incidência solar.
"Uma central (de gás) de ciclo combinado pode ser carregada em trinta minutos" se comparada às 8 horas que leva uma central de carvão e os vários dias que uma central nuclear necessita", afirmou o diretor da Engie (antiga GDF Suez), Gerard Mestrallet.
O gás também pode ser armazenado, ao contrário da eletricidade, e suas reservas estão mais espalhadas do que as petróleo, graças ao desenvolvimento do gás de xisto e dos terminais de liquefação e regaseificação, o que evita a dependência das redes de gasodutos.
Na Europa existe um "paradoxo extravagante", segundo Mestrallet, onde as centrais de carvão voltam a ganhar peso pela queda do preço do carvão, as cotas de emissão de CO2 e o abandono na energia nuclear na Alemanha.
Os gigantes da energia pedem um aumento dos preços do CO2 e uma reforma do sistema europeu de intercâmbio de cotas de emissões para que o gás seja novamente competitivo frente ao carvão.
Segundo Ferrier, seria necessário um preço "de entre 35 e 40 euros por tonelada [de CO2], mais que os entre 5 e 7 euros do preço atual", que chama de "irrisório".
Participarão do congresso cerca de 4.000 delegados de mais de 100 países, incluídos os grandes grupos anglo-saxões Chevron, Exxon Mobil, Shell e BP, o catariano Qatargas e o coreano Kogas. Fonte:Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Maior acelerador de partículas inicia desafio de 'nova física'

(Arquivo) Cientista diante do LHC
O maior acelerador de partículas do mundo, o Grande Colisor de Hádrons (LHC, sigla em inglês), do CERN, iniciou nesta quarta-feira uma nova fase de experiências inéditas com quase o dobro de energia, com o que os cientistas esperam lançar "uma nova física".

Às 10h40 locais (5h40 no horário de Brasília), o LHC (Large Hadron Collider) realizou suas primeiras colisões de prótons com energia recorde de 13 TeV (tera-elétron-volts), depois de dois anos de manutenção e reparos. No CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), em Genebra, os aplausos se misturaram ao champanhe.
Os apaixonados por partículas puderam acompanhar on-line os principais momentos deste dia de experiências, desde a injeção de feixes de prótons a sua escalada de energia a 6,5 ​​TeV, até o início da aquisição de dados a 13 TeV de energia de colisão.
Isso é quase o dobro em relação ao alcançado durante o primeiro período de funcionamento do LHC, que durou três anos e que possibilitou a confirmação em 2012 da existência do bóson de Higgs, considerado a estrutura fundamental da matéria. Esta descoberta rendeu o Prêmio Nobel de Física a Peter Higgs e François Englert em 2013.
Um tera-elétron-volt equivale à energia do movimento de um mosquito quando voa, explica o CERN em seu site na internet.
Mas dentro do LHC, a energia se comprime em um espaço extremamente pequeno: cerca de um bilhão de vezes menor que um mosquito. É essa intensidade que faz com que as partículas se rompam.
"Agora, os experimentos podem começar", declarou ao vivo na internet o diretor do CERN, Rolf Heuer, advertindo que não se deve esperar resultados nos próximos meses.
"A primeira operação do LHC (...) que culminou com esta grande descoberta (nota: o bóson de Higgs) em julho de 2012, foi apenas o começo da viagem. Agora é o momento para a nova física! Os primeiros dados vão começar a afluir. Vamos ver o que eles nos revelam sobre como funciona o nosso Universo", ressaltou.
O LHC, situado na fronteira franco-suíça, compreende um túnel em forma de anel de 27 km. Ele foi reiniciado em abril.
Territórios inexplorados
Nas próximas semanas, os cientistas vão começar a registrar os dados. Até 1 bilhão de colisões ocorrem a cada segundo, gerando avalanches de partículas nos detectores.
Cada segundo de funcionamento do LHC e seus experimentos produzem vários gigabytes de dados, que alcançarão o centro de cálculos do CERN para serem armazenados, classificados e compartilhados com os físicos em todo o mundo.
O LHC tentará obter ao longo dos próximos três anos dados para entender os mistérios da matéria.
Os experimentos têm como objetivo encontrar pistas sobre como foi criado o universo, a partir do estudo das partículas fundamentais, que são a base de toda matéria existente, e das forças que as controlam.
Para os cientistas, a 'Season 2' do LHC deve abrir perspectivas em territórios inexplorados da física.
"Tentamos encontrar uma lacuna" na teoria do "Modelo Padrão", a teoria que integra os conhecimentos atuais sobre partículas e forças fundamentais, explica Pauline Gagnon, pesquisadora do CERN.
"É uma boa base, mas este modelo explica apenas a ponta do iceberg", diz ela.
"Ele não disse nada, por exemplo, sobre a matéria escura, invisível porque não emite luz, mas que representa 27% do conteúdo do Universo."
Enterrados a cerca de 100 metros de profundidade, ao longo do anel do LHC, há quatro "experiências" - quatro detectores responsáveis pelo controle das colisões que os cientistas devem, em seguida, analisar.
Atlas e CMS são detectores polivalentes, concebidos para explorar uma gama de fenômenos físicos, que vão desde o bóson de Higgs à matéria escura.
O experimento Alice se especializa no estudo do plasma quark-glúon, um estado da matéria que os especialistas acreditam que teria existido apenas alguns instantes após o Big Bang. O detector LHCb procura compreender as diferenças entre matéria e antimatéria, analisando alguns quarks. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook