terça-feira, 9 de outubro de 2012

Haroche e Wineland, duas vidas dedicadas à física quântica


Nobel de Física premia francês e americano
Copenhague, 9 out (EFE).- O francês Serge Haroche e o americano David J. Wineland, vencedores do Nobel de Física deste ano, somam mais de 80 anos dedicados à pesquisa e compartilham uma paixão: a física quântica.
A Real Academia de Ciências da Suécia lhes outorgou este prêmio por seus "revolucionários métodos experimentais, que permitiram a medição e a manipulação de sistemas quânticos individuais".
"Abriram a porta a uma nova era de experimentação na física quântica ao conseguir a observação direta de partículas quânticas individuais sem destruí-las", ressalta a argumentação da Rela Academia.
Haroche, nascido em Casablanca (Marrocos) em 1944, estava na rua passeando com sua mulher quando recebeu a notícia do prêmio por telefone.
"Por sorte passava perto de um banco e pude me sentar. Quando vi o prefixo 46 (o da Suécia) me dei conta que era real", confessou Haroche ao ser contatado por telefone ao vivo durante a entrevista coletiva posterior ao anúncio dos vencedores do Nobel de Física.
"Não esperava. É uma surpresa maravilhosa", garantiu.
A principal área de pesquisa de Haroche está no âmbito da ótica quântica e das ciências de informação quântica, diz seu perfil oficial, postado no site do College de France, o centro de estudos de Paris onde trabalha.
Haroche se formou na Escola Normal Superior (ENS), fez doutorado em 1971 e quatro anos mais tarde começou a dar aulas na Universidade Paris VI, onde se manteve até 2001, quando foi nomeado catedrático de Física Quântica no College de France.
O físico francês, casado e com dois filhos, desempenhou também seu trabalho docente, entre outras, nas prestigiadas universidades americanas de Harvard e Yale, e é membro da Academia Francesa das Ciências e membro estrangeiro da Academia Nacional das Ciências dos Estados Unidos.
Haroche já recebeu uma multidão de prêmios como o Grande Prêmio Jean Ricard da Sociedade Francesa de Física (1983), o Prêmio Einstein às Ciências do Laser (1988), a medalha de ouro do Centro Nacional da Pesquisa Científica (2009) e o Herbert Walter da Sociedade Física Alemã.
Em 2009 recebeu uma bolsa de estudos de pesquisa avançada por cinco anos do Conselho Europeu de Pesquisa (ERC).
Por sua parte, o americano Wineland nasceu na cidade de Milwaukee (Wisconsin), também em 1944, e desenvolve sua atividade profissional no Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) de Boulder (Colorado).
Wineland se graduou na Universidade de Berkeley (Califórnia) em 1965 e fez doutorado cinco anos mais tarde na Universidade de Harvard.
Em 1975 entrou no Escritório Nacional de Padrões, que depois passaria a denominar-se NIST, onde começou a trabalhar dentro do grupo de armazenamento iônico.
O cientista americano é membro da Sociedade Americana de Físicas, da Sociedade Americana de Ótica, e pertence desde 1992 à Academia Nacional das Ciências dos Estados Unidos.
Wineland recebeu, entre outros, o Einstein às Ciências do Laser (1996), a medalha nacional das Ciências em Físicas (2007), o Herbert Walther (2008) e a medalha Benjamin Franklin em Físicas (2010), junto com Peter Zoller e o espanhol Juan Ignacio Cirac.
Os vencedores deste prêmio, dotado com 8 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,5 milhões), 20% menos que no ano passado, seguem na relação do Nobel da Física os astrônomos americanos Saul Perlmutter, Brian P. Schmidt e Adam G. Riess, que obtiveram o prêmio na última edição.
A atual edição dos Nobel começou ontem com a concessão do prêmio de Medicina ao britânico John B. Gurdon e ao japonês Shinya Yamanaka por suas pesquisas no campo das células-tronco.
Amanhã será divulgado o nome dos ganhadores do Nobel de Química; e na quinta e na sexta-feira, os de Literatura e da Paz, respectivamente, para concluir na próxima segunda-feira, com o anúncio do de Economia.
A entrega dos Nobel será realizada, de acordo com a tradição, em duas cerimônias paralelas, em Oslo para o da Paz e em Estocolmo para os restantes, no dia 10 de dezembro, coincidindo com o aniversário da morte de Alfred Nobel. EFE Fonte: Yahoo Nóticias

sábado, 29 de setembro de 2012

Hipersensibilidade a ondas eletromagnéticas: a ciência procura, mas não encontra

Homem fala ao celular em Manhattan em 27 de setembro de 2011

São muitas as pesquisas científicas sobre os efeitos das ondas eletromagnéticas produzidas por celulares e sistemas sem fio, mas ninguém conseguiu ainda encontrar uma explicação convincente para a síndrome da intolerância a campos eletromagnéticos.

Dor de cabeça, problemas de concentração, tonturas, zumbido nos ouvidos: "uma porcentagem significativa da população se queixa de sintomas que se conectam à exposição aos campos eletromagnéticos", ressalta Gerard Lasfargues, da agência de segurança sanitária francesa, a Anses.
"Mas, do ponto de vista científico, não há provas dos mecanismos fisiológicos desta síndrome", afirmou à AFP o médico, que é vice-diretor científico da agência.
Um simpósio sobre os campos eletromagnéticos e saúde, organizado pela Anses, demonstra a vitalidade das pesquisas nesta área: estudo da radiação emitida por celular sobre "a memória e a atenção em ratos", efeito do Wifi em roedores jovens, ou sobre a possível ligação entre tumores cerebrais em crianças/adolescentes e o uso de celular (Mobi-Kids, um estudo internacional em andamento).
O neurologista da Inserm (de Toulouse) Jean-Pierre Marc-Vergnes explora a hipótese de uma relação entre a síndrome de hipersensibilidade as ondas eletromagnéticas e uma "disfunção do sistema sensorial" dos pacientes.
"Eu quero ver se essas pessoas têm o seu sistema sensorial hiperativo, se isto é específico a eles, e compará-los com aqueles que se queixam de hipersensibilidade a odores químicos", explica. Sua pesquisa, financiada pelo Anses, começará em janeiro.
"Temos de continuar a estudar para melhor caracterizar tais exposições e ver se alguns parâmetros, ainda não analisados, estariam relacionados aos sintomas denunciados pelos hipersensíveis", explica Gerard Lasfargues.
A Anses fez desta questão uma prioridade, com a criação em 2011 de um Comitê de Diálogo Radiofrequência e Saúde, que reúne organizações de pacientes e operadoras de telecomunicações, explica o diretor da agência, Marc Mortureux.
Várias metanálises - estudos de aproximação sobre assuntos semelhantes - demonstraram que os eletrosensíveis não são mais capazes do que o resto da população de saber se estão ou não expostos a ondas de antenas, por exemplo.
Em contrapartida, as mais recentes metanálises "mostraram laços mais fortes entre o fato de perceber que estamos expostos e a percepção de sintomas de dores de cabeça, tontura e zumbido", associados a eletrosensibilidade, de acordo com Lasfargues.
"Não estamos aqui para negar ou não a realidade desta síndrome. Há pessoas que sofrem, com consequências importantes sobre a vida social e profissional (...). O que nos interessa é se as pesquisas são pertinentes e que as preocupações dos doentes sejam levadas em conta nas pesquisas", explica.
Isto é ainda mais importante do que "muito de charlatanismo que cresce para cuidar desses pacientes", acrescenta. Além disso, estudos científicos são rotineiramente rejeitados por pacientes que sentem que sua doença não está devidamente estudada.
Marc-Vergnes observa: "Por 40 anos, eu vi pessoas se consultando com sintomas bastante comparáveis a esses pacientes (eletrosensíveis) que não tiverm seu caso registrado". Fonte: Yahoo notícias

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Novo material transforma calor em eletricidade


Uma equipe de cientistas desenvolveu um material termoelétrico apresentado como o mais eficiente do mundo para transformar calor desperdiçado em eletricidade, uma inovação que abre novas perspectivas para as energias renováveis.

O princípio da termoeletricidade consiste em reciclar o calor perdido, por exemplo no cano de escapamento dos carros, em eletricidade.
Mas o procedimento até agora tropeçava na ineficácia dos materiais termoelétricos.
O novo material desenvolvido pelos pesquisadores da Universidade de Northwestern (Evanston, Estados Unidos) e apresentado esta quarta-feira em artigo na revista britânica Nature permitirá transformar entre 15% e 20% do calor residual em eletricidade útil.
Os campos de aplicação são variados e incluem a indústria pesada (refinarias, usinas de carvão ou de gás) ou automotiva.
Químicos, físicos, engenheiros mecânicos e outros especialistas colaboraram para a fabricação deste novo material, que faz uso de nanoestruturas, e tem como base o telúrio de chumbo (PbTe), um semicondutor utilizado pela primeira vez para fornecer energia renovável, termoelétrica, para as missões lunares Apolo. Fonte: Yahoo Notícias

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Países que abandonam a energia nuclear, a mantêm ou a desejam


Manifestantes protestam contra a energia nuclear em frente à residência do premier japonês, Yoshihido Noda, em Tóquio
O Japão, depois da Alemanha e da Suíça, se tornou o terceiro país a decidir pelo fechamento progressivo de todas as suas usinas de produção de energia nuclear desde a catástrofe de Fukushima, mas outros ainda confiam nesta fonte de energia e alguns querem, inclusive, construir seus primeiros reatores.
OS QUE QUEREM SAIR OU NÃO QUEREM CONTINUAR UTILIZANDO-A
O Japão se somou nesta sexta-feira a Alemanha e Suíça, que tinham decidido no ano passado, depois da catástrofe nuclear que ocorreu no arquipélago japonês, abandonar progressivamente a energia atômica para geração de eletricidade.
A Itália, por sua vez, decidiu depois de Fukushima não relançar a indústria nuclear. Esta fonte de energia foi abandonada na península nos anos 1990. Em 2008, o governo da época reverteu a medida, mas em junho de 2011, a esmagadora maioria dos italianos se pronunciou em um referendo contra o retorno da energia nuclear.
A Bélgica confirmou, após Fukushima, uma lei adotada em 2003 prevendo o abandono progressivo da energia nuclear até 2025. Este ano o governo decidiu que o abandono será progressivo entre 2016 e 2025.
OS QUE QUEREM CONTINUAR
Vários países confirmaram a vontade de recorrer à energia nuclear por diferentes razões, mas principalmente pela necessidade de garantir o fornecimento de energia sem depender das fontes fósseis importadas ou porque veem nela uma forma inevitável de reduzir suas emissões de CO2.
Neste grupo estão incluídos França, Grã-Bretanha, Rússia, China, Índia e Estados Unidos, entre outros, embora muitos projetos americanos sejam ameaçados pela concorrência do gás xisto (obtido por fratura hidráulica), comercializados a preços muito vantajosos.
Na América Latina, o Brasil retomou em 2010 as obras de construção de Angra III, depois de 24 anos de polêmica, e até 2020 não tem previsto novas usinas. A Argentina pôs em funcionamento em 2011 sua terceira usina atômica, a de Atucha II. Seu plano estratégico prevê a construção de uma nova central nuclear, a de Atucha III, e a ativação de um reator de baixa potência CAREM, desenhado e projetado pelos argentinos.
Em março deste ano, o México, terceiro país latino-americano com esta tecnologia, anunciou que analisava a possibilidade de criar duas centrais eletronucleares dentro das instalações onde está a única que opera atualmente no país (Laguna Verde, leste), que já conta com dois reatores.
Alguns desses países realizam programas muito importantes de construção de novas usinas nucleares, como é o caso da China, e também da Grã-Bretanha, que quer renovar todo o seu parque nuclear, ou da África do Sul, que só tem uma central construída nos anos 1970 (a única em uso no continente africano) e quer construir 6 novos reatores.
OS QUE QUEREM CONSTRUIR SEUS PRIMEIROS REATORES
Uma série de países quer atualmente desenvolver a energia nuclear, em particular os Estados do Golfo, que atualmente geram eletricidade a partir do petróleo ou do gás e tentam preservar seus recursos hidrocarboríferos.
Isso inclui países como Polônia, Turquia, Jordânia, Emirados Árabes Unidos e também Arábia Saudita, sem falar do caso muito controverso do programa nuclear iraniano, reivindicado para fins pacíficos por Teerã, mas que as grandes potências suspeitam que encubra um programa com fins militares. Fonte: Yahoo Notícias

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Nasa descobre dois planetas ao redor de aglomerado de estrelas


A ilustração representa um planeta (no alto) no centro de um cluster (aglomerado) de estrelas
Cientistas americanos encontraram evidências pela primeira vez da existência de planetas que podem se formar e sobreviver ao redor de estrelas similares ao Sol apesar de integrarem densos aglomerados estelares, anunciou a Nasa esta sexta-feira.
Os astrônomos descobriram duas órbitas similares às de Júpiter no Beehive Cluster, um aglomerado com cerca de mil estrelas que parecem brotar ao redor de um centro comum.
"Este tem sido um grande enigma para os caçadores de planetas", disse Sam Quinn, doutorando em Atronomia da Universidade do estado da Geórgia, em Atlanta, e principal autor do artigo que descreve os resultados.
"Sabemos que a maioria de estrelas se forma em entornos agrupados, como na Nebulosa de Orion, sendo assim, ao menos que este entorno denso iniba a formação de planetas, algumas estrelas similares ao sol em agrupações abertas devem ter planetas", afirmou Quinn.
"Agora sabemos finalmente que estão aí", acrescentou, em um comunicado.
A descoberta deixou os astrônomos desconcertados, pois eles tinham teorizado que planetas gasosos não podem se formar perto demais de uma estrela porque evaporariam.
A explicação mais disseminada até o momento é que os planetas se formam mais longe e em seguida migram para o exterior, mais perto da estrela.
Levando em conta a relativa juventude das estrelas de Beehive, os planetas que acabam de ser descobertos poderiam ajudar os cientistas a desenvolver a teoria a respeito.
Se as estrelas são jovens, isto quer dizer que os planetas também devem ser, o que "estabelece uma limitação sobre a velocidade com que os planetas gigantes migram para dentro", disse Russel White, principal pesquisador do programa sobre as Origens do Sistema Solar da Nasa, financiador do estudo.
"Saber a que velocidade (os planetas) migram é o primeiro passo para descobrir como o fazem", emendou.
A equipe descobriu os planetas Pr0201b e Pr0211b usando um telescópio Tillinghast de 1,5 metro em um observatório do Arizona com o objetivo de medir o tremor gravitacional ao qual os planetas induzem suas estrelas-mãe.
Os cientistas tinham descoberto anteriormente dois planetas ao redor de estrelas maciças, mas ainda não tinham encontrado nenhum ao redor de estrelas similares à estrela que ocupa o centro do nosso sistema solar. Fonte: Yahoo Notícias

sábado, 18 de agosto de 2012

Curiosity registra em Marte temperaturas superiores a 0°


Tempestade de poeira na superfície de Marte
A temperatura na cratera marciana Gale, onde o robô Curiosity da Nasa realizou uma aterrissagem bem-sucedida em 5 de agosto e que tem uma paisagem "parecida com a do Arizona", superou 0°C, informou nesta sexta-feira o chefe da missão.
John Grotzinger, chefe científico da missão no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), em Pasadena (Califórnia), comemorou que os cientistas tenham novamente, graças ao Curiosity, uma estação meteorológica em Marte.
"Posso dizer que a temperatura máxima de ontem na superfície de Marte perto do robô foi superior" a 0 grau Celsius, disse Grotzinger em entrevista coletiva, afirmando que a medição exata era de "276º Kelvin" ou 2,85°C.
"Esta é uma referência muito importante para a ciência, pois a última estação meteorológica de longa duração em Marte remonta exatamente a 30 anos", quando a sonda Viking 1 deixou de se comunicar com a Terra em 1982, disse.
Grotzinger também apresentou quatro novas fotos, em uma das quais se podem ver claramente as diferentes camadas de rochas das colinas cor de argila aos pés do Monte Sharp, que o robô deve subir durante seus dois anos de missão.
"A borda da cratera (Gale) se parece um pouco com o deserto de Mojave (na Califórnia) e agora o que veem é semelhante à região de Four Corners (cruz formada pelas quatro esquinas dos estados de Colorado, Arizona, Utah e Novo México), ou de Sedona, no Arizona, onde essas colinas e mesetas também são vistas", disse o cientista.
"Deve haver minerais hidratados em todas estas camadas", acrescentou. Os cientistas acreditam que a área da cratera de Gale tinha água no passado e as antigas formações geológicas do Monte de Sharp podem ter conservado vestígios da vida passada.
Grotzinger disse que o robô poderia por à prova "na próxima semana" seus primeiros movimentos.
Ele anunciou também que o primeiro destino do robô provavelmente será uma região chamada Glenelg, "a união de três sítios geológicos interessantes". Esta área fica na direção oposta ao Monte Sharp, que continua sendo "nosso verdadeiro objetivo", assegurou Grotzinger.
Se o robô se dirigir diretamente a Glenelg, deverá chegar em "duas ou três semanas". Mas o cientista não descarta a ideia de parar caso no caminho sejam encontradas amostras interessantes.
A longo prazo, "perto do final de 2012", penso que o objetivo deve ser o Monte Sharp, do qual novas e mais precisas fotos deveriam estar disponíveis "em uma ou duas semanas", disse.
O robô Curiosity, uma missão de US$ 2,5 bilhões de dólares, é o robô mais avançado enviado até agora a Marte pela Nasa. Fonte:  Yahoo Notícias

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Quimioterapia pode estimular crescimento do câncer


A quimioterapia atua inibindo a reprodução de células de rápida divisão, como as encontradas em tumores
A quimioterapia pode danificar células saudáveis, fazendo-as secretar uma proteína que sustenta o crescimento de tumores e sua resistência a tratamentos futuros, alerta um estudo realizado nos Estados Unidos.
Os cientistas fizeram a descoberta, que consideraram completamente inesperada, enquanto procuravam explicar por que as células cancerosas são tão resilientes dentro do corpo humano, enquanto são fáceis de matar em laboratório.
Eles testaram os efeitos de um tipo de quimioterapia em tecido extraído de homens com câncer de próstata e descobriram "evidências de danos no DNA" de células saudáveis após o tratamento, escreveram no estudo publicado na edição deste domingo da revista Nature Medicine.
A quimioterapia atua inibindo a reprodução de células de rápida divisão, como as encontradas em tumores.
Os cientistas descobriram que células saudáveis danificadas por quimioterapia secretaram uma quantidade maior de uma proteína chamada WNT16B, que estimula a sobrevivência de células cancerosas.
"O aumento de WNT16B foi completamente inesperado", declarou à AFP Peter Nelson, co-autor do estudo do Instituto de Pesquisas sobre o Câncer Fred Hutchinson, em Seattle.
A proteína foi extraída de células tumorais vizinhas às células danificadas.
"Quando secretada, a WNT16B interage com células tumorais vizinhas e faz com que cresçam, invadam e, mais importante, resistam ao tratamento subsequente", afirmou Nelson.
Os tumores costumam responder bem a tratamentos contra o câncer, mas rapidamente costuma ocorrer um novo crescimento e resistência a quimioterapia subsequente.
As taxas de reprodução de células tumorais demonstram uma aceleração entre ciclos de tratamento.
"Nossos resultados indicam que as respostas aos danos nas células benignas pode contribuir diretamente para aumentar a cinética do crescimento tumoral", escreveram os pesquisadores, que disseram ter confirmado suas descobertas com tumores cancerosos de mama e ovários.
Os resultados abrem o caminho para a pesquisa de tratamentos novos e melhores, afirmou Nelson.
"Por exemplo, um anticorpo da WNT16B, inserido na quimioterapia, pode melhorar as respostas (matando mais células tumorais)", explicou em e-mail.
"Alternativamente, pode ser possível usar doses menos tóxicas de quimioterapia", acrescentou. Fonte: yahoo Notícias