terça-feira, 26 de agosto de 2014

Operadora de Fukushima é condenada a indenizar família por suicídio de moradora

Família de Hamako chega ao tribunal para ouvir a decisão da Justiça

A empresa que opera a central de Fukushima foi condenada pela justiça japonesa a pagar 49 milhões de ienes (470.000 dólares) à família de uma pessoa que cometeu suicídio depois de ser obrigada a abandonar sua casa devido ao acidente nuclear.
Pela primeira vez em um caso do tipo, a justiça considerou que a demanda da família era válida. A Tokyo Electric Power (Tepco) alegava que as consequências da catástrofe nuclear "não eram mais que um motivo entre outros" para o agravamento do estado de saúde da vítima.
Hamako Watanabe cometeu suicídio ao queimar o corpo com gasolina em 1 de julho de 2011, aos 58 anos, depois de retornar por um período pontual a sua casa em Kawamata, cidade que fica a 40 km da central nuclear, onde as autoridades ordenaram uma evacuação a partir de abril.
Watanabe sofria de depressão desde que havia sido obrigada a abandonar a residência.
O marido de Watanabe e três parentes processaram a Tepco e exigiam o pagamento de 91,16 milhões de ienes (877.000 dólares) em danos e prejuízos.
A empresa já havia indenizado a família de outra pessoa que cometeu suicídio, mas depois de um acordo com os demandantes.
Quase 125.000 pessoas ainda moram fora de suas casas em consequência da radioatividade ao redor da central de Fukushima Daichi, cenário de um acidente após o tsunami de 11 de março de 2011.
mis-kap/fp Fonte: Yahoo Notícias

terça-feira, 19 de agosto de 2014

ONGs alertam UE para risco de pensamento único no campo científico

O Greenpeace é uma das ONGs que pediu a eliminação do cargo de conselheira científica da Comissão Europeia
Um grupo de ONGs pediu nesta terça-feira a eliminação do cargo de conselheira científica da Comissão Europeia, atualmente ocupado por uma defensora dos organismos geneticamente modificados (OGM), diante do risco de um pensamento único e tendencioso no campo científico na União Europeia (UE).
Estas ONGs, entre as quais estão o Greenpeace, a francesa Rede Meio Ambiente Saúde e a britânica Aliança para a Prevenção do Câncer, fizeram esse pedido através de uma carta aberta dirigida ao presidente eleito da Comissão, Jean-Claude Juncker, que no outono substituirá José Manuel Durão Barroso na direção do Executivo europeu.
As organizações pedem a eliminação do cargo de conselheiro científico em chefe da Comissão Europeia, criado por Barroso e atualmente nas mãos da britânica Anne Glover.
Manter esse cargo "não é o melhor meio para que a Comissão garanta a elaboração de políticas públicas informadas por dados científicos conclusivos", e sim, "pelo contrário, mais uma fonte de problemas", diz o texto.
"Os membros dos grupos de pressão (lobbies) da indústria se deram conta há algum tempo de que quanto mais concentrada é a opinião científica nas mãos de uma única pessoa, mais fácil é controlá-la", acrescentou.
"Parece difícil que um único conselheiro científico em chefe (...) garanta o princípio de um conselho científico independente, objetivo e transparente", insistem na missiva.
As organizações ambientais e de defesa do consumidor acusam com frequência a Comissão de se posicionar a favor da indústria em questões como transgênicos, mas também no campo da clonagem, pesticidas e alteradores endócrinos.
Anne Glover, bióloga nomeada para o cargo em 2012, é alvo de críticas pelo apoio declarado aos organismos geneticamente modificados. Em setembro, ela disse que a oposição aos OGM é uma "espécie de loucura". Fonte: Yahoo Notícias

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Cientistas inventam chip capaz de aprender como o cérebro humano

Cientistas apresentaram nesta quinta-feira um chip do tamanho de um selo dos correios, que opera como um supercomputador que imita o funcionamento do cérebro humano
Cientistas apresentaram nesta quinta-feira um chip do tamanho de um selo dos correios, que opera como um supercomputador que imita o funcionamento do cérebro humano.

O chamado chip "neurossináptico" abre todo um leque de possibilidades na computação, de carros que se dirigem sozinhos a sistemas de inteligência artificial que podem ser instalados em celulares inteligentes, explicaram seus criadores.
Cientistas de IBM, Cornell Tech e colaboradores de todo o mundo disseram que foi preciso adotar um novo conceito de design em comparação com arquiteturas de computação prévias, avançando para um sistema chamado de "computação cognitiva".
"Nós nos inspiramos no córtex cerebral para desenhar esse chip", afirmou Dharmendra Mohda, diretor científico da IBM para a computação inspirada no cérebro.
Mohda explicou que a linhagem dos computadores atuais remonta a máquinas criadas nos anos 1940, que são, essencialmente "calculadoras de números sequenciais", que agem de forma matemática, ou que executam tarefas próprias da parte esquerda do cérebro, porém um pouco mais.
Já o novo chip, também chamado "TrueNorth", opera imitando o lado "direito do cérebro", onde estão as funções que processam a informação percebida pelos sentidos, razão pela qual pode responder a imagens, aromas e informações do entorno para "aprender" a agir em diferentes situações.
O sistema consegue fazer isso usando uma grande rede de "neurônios e sinapses", similares às que o cérebro humano utiliza para usar informação compilada dos sentidos.
Os cientistas projetaram TrueNorth com um milhão de neurônios programáveis e 256 milhões de sinapses programáveis em um chip com 4.096 núcleos e 5,4 bilhões de transistores.
Outro fator-chave desse chip é seu baixo consumo, pois é capaz de funcionar com uma pequena bateria como as utilizadas nos fones de ouvido, razão pela qual pode ser instalada em carros, ou celulares inteligentes.
Seus inventores acreditam que ainda levará anos para que o chip esteja disponível em aplicativos comerciais, mas destacam que tem o potencial de "transformar a sociedade" - sobretudo, quando "computadores híbridos" combinarem, no futuro, as capacidades do lado esquerdo e direito do nosso cérebro. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Cientista envolvido em caso das células Stap é encontrado enforcado

(Abril) A cientista japonesa Haruhiko Obokata, que trabalhou com Sasai, participa de uma entrevista coletiva
O cientista japonês Yoshiki Sasai, um dos protagonistas do caso conhecido como das células Stap, enforcou-se nesta terça-feira em seu local de trabalho, indicaram a polícia e o instituto público Riken, no qual ele era uma grande personalidade.
Segundo a polícia, o cientista deixou várias cartas de despedida.
Sasai foi encontrado sem vida durante a manhã em sua sala do instituto em Kobe (oeste do Japão) e foi levado ao hospital, onde sua morte foi confirmada, indicou à AFP um porta-voz do Riken, sem revelar detalhes sobre as circunstâncias da morte.
Personalidade japonesa do mundo da pesquisa celular, este professor de 52 anos ajudou Haruhiko Obokata, jovem diretora de uma unidade de pesquisa do Riken, na redação dos dois artigos controversos sobre a descoberta e a criação das células chamadas STAP, publicados no fim de janeiro na prestigiada revista britânica Nature.
Diversas pessoas expressaram dúvidas sobre os artigos científicos e o Riken abriu uma investigação. A comissão chegou à conclusão de que havia ocorrido uma falsificação de imagens e na prática colocou em xeque o conjunto dos elementos apresentados.
A cientista recorreu, mas seu pedido foi indeferido, e a Nature, com o consentimento da interessada e a aprovação dos 12 coautores, retirou no início de julho os artigos questionados.
Sasai, com mais experiência que Obokata, participou da formulação dos artigos e estava com ela na primeira coletiva de imprensa de apresentação dos trabalhos incriminados, no dia 28 de janeiro, véspera da publicação do artigo na Nature.
Em meados de abril se desculpou publicamente, embora considerando possível a existência das células STAP, células devolvidas a um estado indiferenciado mediante um procedimento químico novo. Em teoria, podem evoluir para criar diferentes órgãos, constituindo um avanço importante para a medicina regenerativa.
Já a jovem pesquisadora segue trabalhando no Riken, que optou por associá-la a novas pesquisas para tentar confirmar a existência das células STAP, em uma sala acondicionada especialmente "com vídeo-vigilância dia e noite com duas câmeras".
Este caso semeou dúvidas sobre muitos artigos científicos japoneses, tendo como pano de fundo as rivalidades entre cientistas. O biólogo Sasai era apresentado por vezes como rival de Shinya Yamanaka, o criador das chamadas células-tronco pluripotentes induzidas (iPS), uma descoberta de grande importância para a pesquisa celular que em 2012 o fez receber o Prêmio Nobel de Medicina. Fonte: Yahoo Notícias

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Estudo situa Brasil como um dos piores países em eficiência energética

Turistas visitam hidrelétrica de Itaipu, em 16 de novembro de 2013









O Brasil e o México encerram o ranking das 16 principais economias do planeta no quesito eficiência energética, que a Alemanha, com suas rígidas normas de construção, lidera, informou um grupo ambientalista nesta quinta-feira.

O estudo sobre as 16 potências, realizado pelo Conselho para uma Economia Energeticamente Eficiente, colocou o Brasil na penúltima posição e o México, na última, e se disse preocupado com o ritmo dos esforços de Estados Unidos e Austrália.
Segundo os autores da pesquisa, o Brasil e o México demonstraram investimentos escassos em programas de eficiência energética, embora suas usinas térmicas sejam eficientes.
Lanterna do grupo, o México carecia de eficiência energética no transporte de carga, destinando poucos recursos ao transporte ferroviário.
No topo da lista, o conselho atribuiu à Alemanha, a maior economia europeia, a melhor pontuação por suas normas em prédios residenciais e comerciais, na tentativa de reduzir em 20% até 2020 o consumo de energia com relação a 2008.
"Alegra-nos receber um segundo prêmio em uma semana", reagiu Philipp Ackermann, adido na embaixada alemã de Washington, em alusão à Copa do Mundo de futebol, conquistada no Brasil.
Ackermann destacou que seu país alcançou um crescimento econômico, ao mesmo tempo em que melhorou sua eficiência energética e reduziu os efeitos ambientais do comércio de energia.
"Todos concordamos, penso, que a energia mais barata é aquela que não é preciso produzir", observou Ackermann.
O estudo situou a Itália em segundo lugar, destacando a eficiência nos transportes e o conjunto da União Europeia em terceiro lugar. China e França empataram em quarto, seguidas de Japão e Inglaterra.
O informe destacou que a China usou menos energia por metro quadrado do que qualquer outro país, embora suas normas de construção nem sempre sejam rigorosas.
"A China pode fazer muito mais, também desperdiçam muita energia, mas estão realmente progredindo", afirmou Steven Nadel, diretor executivo do conselho.
O estudo destacou, no entanto, um "claro retrocesso" na Austrália, cujo primeiro-ministro, Tony Abbott, é um cético das mudanças climáticas. De fato, nesta quinta-feira a Austrália aboliu um controverso imposto sobre o carbono.
Os Estados Unidos ficaram na 13ª posição. Segundo o estudo, a principal economia do mundo fez avanços, mas em nível nacional desperdiça energia de forma absurda. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Vitamina B3, usada para reduzir colesterol, traz risco de morte

Suplementos alimentares são vistos em farmácia de Nova York, em 11 de novembro de 2004
A niacina, conhecida como vitamina B3, usada para reduzir o risco de infarto ou acidente vascular cerebral (AVC) em pessoas com colesterol alto, também traz risco de morte, revelou um amplo estudo internacional divulgado nesta quarta-feira.
Por este motivo, a maioria das pessoas deveria parar de usar este suplemento popular, destacou em editorial a revista New England Journal of Medicine, que publicou simultaneamente os resultados da prova.
A niacina ganhou popularidade nos últimos 50 anos e é usada principalmente para elevar o nível de colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade), também conhecido como colesterol bom.
No entanto, um estudo feito durante quatro anos com pessoas entre os 50 e os 80 anos, com colesterol elevado, revelou não haver benefícios que se traduzissem em uma redução da taxa de infartos ou AVCs.
Foram estudadas 25.673 pessoas, todas já tinham tomado estatinas para reduzir o colesterol. Além disso, algumas tomavam niacina e laropiprant (um medicamento que reduz a vermelhidão do rosto causado pelas altas doses de niacina). Outras tomaram um placebo.
As pesquisas foram feitas em Grã-Bretanha, China e Escandinávia.
A niacina "se associou a uma tendência crescente de morte", informou o estudo, segundo o qual o composto também se associa a "um aumento significativo de efeitos colaterais graves: problemas hepáticos, excesso de infecções, sangramento excessivo, gota, perda de controle (das taxas) de açúcar no sangue, no caso dos diabéticos, e desenvolvimento de diabetes naqueles que não padeciam dela quando começou o estudo".
Donald Lloyd-Jones, diretor de medicina preventiva da escola de medicina da Universidade Northwestern Feinberg e do hospital Northwestern Memorial, disse que os usuários de niacina correm um risco 9% maior de morrer, um percentual que os cientistas consideraram estatisticamente significativo, ou seja, os benefícios ficam em segundo plano.
"Poderia ocorrer uma morte a cada 200 pessoas que tomam niacina", disse Lloyd-Jones, que escreveu o editorial da revista. "Com um sinal como este, é claro que (a niacina) é uma terapia inaceitável para a ampla maioria dos pacientes".
Outro estudo sobre a niacina, feito com mais de 3.400 pacientes, revelou que ela aumentava o risco de infecção e daria certa proteção a problemas cardiovasculares, reportou o New England Journal of Medicine.
"Deve-se considerar que a niacina tem uma toxicidade inaceitável para a maioria dos pacientes e que não deve ser usada rotineiramente", escreveu Lloyd-Jones.
Ao contrário, os tratamentos com estatinas deveriam continuar sendo - como são atualmente - o principal recurso para ajudar a reduzir o colesterol ruim, enquanto a niacina só deveria ser prescrita para pacientes com alto risco que não conseguem tolerar as estatinas, acrescentou. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Nasa lança satélite para medir CO2 na atmosfera

O OCO-2 decola a bordo do foguete Delta 2

A Nasa lançou na madrugada desta quarta-feira um satélite para medir o nível de dióxido de carbono na atmosfera, o gás com maior incidência no aquecimento global.
O Orbiting Carbon Observatory-2 (OCO-2) decolou a bordo do foguete Delta 2 às 6H56 (horário de Brasília) da Base Vandenberg da Força Aérea, na Califórnia.
O lançamento representa um alívio para a Nasa, após duas tentativas frustradas de colocar o satélite em órbita, em 2009 e 2011, por problemas de funcionamento no foguete.
Um tentativa de lançamento na terça-feira foi abortada no último minuto por um problema com o fluxo de água do foguete.
O OCO-2 está a caminho para unir-se ao A-Train, grupo de cinco satélites internacionais para a observação da Terra.
"A missão do OCO-2 proporcionará as imagens mais detalhadas até hoje das fontes naturais de dióxido de carbono", destacou a Nasa. Fonte: Yahoo Notícias