quinta-feira, 28 de junho de 2012

Cientistas desenvolvem bateria em spray


Amostra de bateria de íon-lítio em exibição em feira de automóveis em Tóquio
Uma bateria revolucionária que pode ser borrifada com um spray sobre qualquer superfície foi apresentada esta quinta-feira por uma equipe de cientistas que a testou em tudo, de ladrilhos de banheiro a uma caneca de chope.
A inovação pode revolucionar o desenho de baterias de íon-lítio que alimentam nossos laptops, celulares e carros elétricos, levando à fabricação de equipamentos mais finos e leves usados em sistemas elétricos.
Usando versões líquidas dos mesmos componentes encontrados em baterias de íon-lítio convencionais, a equipe borrifou sua invenção, em várias camadas, sobre uma lâmina de vidro, uma chapa de aço inoxidável, ladrilhos de cerâmica esmaltada e a superfície curva de uma caneca.
"Basicamente, usando esta abordagem, podemos transformar qualquer superfície em uma bateria", explicou o autor principal do estudo, Neelam Singh, estudante de engenharia da Universidade Rice, no Texas.
As baterias de íons-lítio (ou Li-ion) funcionam transferindo carga entre um eletrodo negativo e outro positivo.
Em comparação com outras baterias recarregáveis, elas são leves, têm grande saída de potência e capacidade de armazenamento. Além disso, são mais seguras.
Para o protótipo, a equipe criou versões líquidas e de pintura dos cinco componentes em diferentes camadas: dois eletrodos, um cátodo, um ânodo e um polímero separador.
"Primeiro, transformamos em tinta todos os componentes da bateria. Poderíamos, então, usar estas tintas para literalmente pintar baterias sobre qualquer superfície e usar nada, além de um jato de spray", explicou Singh.
A caneca foi usada para mostrar a aplicação versátil da tinta em objetos com formatos diferentes.
Em um dos experimentos, os cientistas borrifaram bateria sobre nove ladrilhos de banheiro, que foram em seguida conectados uns aos outros.
Um dos ladrilhos tinha uma placa solar presa a ele, que foi carregada usando uma luz branca de laboratório.
Uma vez carregados e conectados, os ladrilhos "geraram energia suficiente para alimentar 40 lâmpadas vermelhas de LED (light-emitting diodes) por mais de seis horas", relatou a equipe em artigo na revista Nature Scientific Reports, uma constância de 2,4 volts.
Os cientistas descreveram a inovação como uma "mudança de paradigma no design das baterias".
Diferente das baterias existentes, a versão em tinta não exige um compartimento extra para estocagem e poderia, assim, ser mais facilmente integrada aos desenhos existentes para equipamentos movidos a bateria.
Também abre possibilidades para a geração e armazenamento de energia solar.
"Os ladrilhos de cerâmica que transformamos em baterias poderiam ser usados para construir muros externos completos de uma casa", disse Singh.
"Um muro feito destas baterias poderia, então, ser coberto com células fotovoltaicas e esta combinação de células solares e baterias poderiam ser usadas para capturar e armazenar a energia solar em eletricidade", acrescentou. Fonte: Yahoo Notícias

terça-feira, 19 de junho de 2012

Processo químico suíço produz jeans ecologicamente correto


A tecnologia, conhecida como Advanced Denim, foi descrita na 16º Conferência de Engenharia e Química Verde

Muitos litros de água e de produtos químicos são gastos para produzir jeans, e os fabricantes de roupas ecologicamente conscientes perceberam anos atrás a necessidade de fazer versões mais sustentáveis destas calças populares.

Mas uma empresa química suíça afirmou nesta terça-feira que seu processo de fabricação de calças jeans ecologicamente corretas pode dinamizar esses esforços, economizando água suficiente para atender às necessidades de 1,7 milhão de pessoas por ano se um quarto dos produtores de jeans no mundo começassem a utilizá-la.
A tecnologia, conhecida como Advanced Denim, foi descrita na 16º Conferência de Engenharia e Química Verde, patrocinada pela American Chemical Society's Green Chemistry Institute.
Miguel Sanchez, um engenheiro têxtil da Clariant, afirmou que a técnica permite produzir um par de jeans utilizando até 92% menos água e até 30% menos energia em comparação com os métodos tradicionais de fabricação de jeans.
As técnicas tradicionais podem exigir até 15 tonéis de tingimento e uma série de produtos químicos, enquanto a Advanced Denim utiliza um tonel e um novo tipo de corante de enxofre líquido que requer apenas um agente redutor à base de açúcar, explicou.
O processo, se for utilizado em larga escala, pode economizar até 2,5 bilhões de galões de água por ano, evitar a liberação de 8,3 milhões de metros cúbicos de águas residuais e poupar até 220 milhões de quilowatts-hora de eletricidade, acrescentou.
"A Advanced Denim quer ir além das tecnologias que hoje são consideradas padrão para a obtenção de brim", disse Sanchez.
Muitas outras empresas, incluindo a gigante do jeans Levi-Strauss, já fazem suas próprias versões de jeans ecologicamente correto, que utilizam menos água, são feitos com algodão orgânico ou usam corantes naturais. No entanto, esses produtos continuam a ser um nicho de mercado.
O jeans, particularmente aquele produzido de forma a parecer que já foram utilizados, tem sofrido muitas críticas nos últimos anos pelo desperdício de água devido ao uso excessivo de produtos químicos prejudiciais em sua produção e pela utilização da técnica de jateamento, que pode colocar em perigo a saúde dos trabalhadores. Fonte:  Yahoo Notícias

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O vírus Flame estaria vinculado ao Stuxnet


Captura da tela divulgada pelo laboratório do grupo Kaspersky

O vírus Flame, ativo no Oriente Médio, tem fortes vínculos com o Stuxnet, um programa de malware que teria sido desenvolvido pelos Estados Unidos ou Israel, afirmou nesta segunda-feira a empresa de segurança russa Kaspersky, que descobriu o novo vírus no mês passado.
Segundo a fonte, a investigação mostra que os dois programas compartilham certas porções de código, o que sugere algum tipo de vínculo entre os dois grupos de programadores independentes.
O pesquisador do Kaspersky, Alexander Gostev, afirmou em seu blog que, apesar de no início acharem que os dois vírus não estavam vinculados, na realidade isso não acontece.
"Quando o Stuxnet foi criado (janeiro-junho de 2009), a plataforma Flame já existia (foi criada no mais tardar em 2008) e já tinha uma estrutura modular", afirmou.
Segundo ele, isso aponta para a existência de duas equipes de programadores independentes, que desenvolveram uma plataforma própria de 2007 a 2008, no mais tardar.
Kaspersky, um dos maiores produtores mundiais de software antivírus, afirmou que o Flame é 20 vezes mais potente que o Stuxnet", o vírus descoberto em junho de 2010 e utilizado contra o programa nuclear iraniano.
Uma alta concentração de computadores afetados pelo Flame também foi detectada no Líbano, Cisjordânia e Hungria. Infecções adicionais foram reportadas na Áustria, Rússia, Hong Kong e Emirados Árabes Unidos.  Fonte: Yhaoo Notícias

domingo, 10 de junho de 2012

Einstein tinha razão sobre teoria da relatividade, admitem cientistas




Uma equipe de cientistas que anunciou no ano passado que os neutrinos eram mais rápido do que a luz, admitiu nesta sexta-feira que Einstein tinha razão e que sua teoria da relatividade também se aplica a estas partículas subatômicas elementares.
A famosa foto de Einstein de 18 de março de 1951
Os pesquisadores, que trabalham no CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares) de Genebra, causaram comoção na comunidade científica ao publicar, em setembro de 2011, o resultado da experiência Opera (Oscillation Project with Emulsion t-Racking Apparatus).
Nela, se revelava uma velocidade dos neutrinos superior à da luz, considerada o "limite intransponível" na teoria da relatividade geral de Albert Einstein, de 1905.
Grande parte da física moderna é baseada na teoria de Einstein, que se baseia em que nada pode superar a velocidade dos feixes luminosos.
Os especialistas anunciaram, então, ter detectado neutrinos que percorreram os 730 km que separam as instalações do CERN, em Genebra, do laboratório subterrâneo de Gran Sasso (Itália), 6 km/seg mais rápido do que a luz e chegaram 60 nanossegundos antes dela.
Mas na sexta-feira, durante uma conferência internacional sobre física dos neutrinos e astrofísica, organizada em Kyoto, antiga capital imperial japonesa, a equipe do Opera admitiu que os resultados estavam equivocados.
"Os primeiros dados, medidos até 2011, com o feixe de neutrinos entre o CERN e Gran Sasso, foram revistos levando em conta os efeitos dos instrumentos testados", explicou a equipe.
Procedeu-se a "novas medições" que estabeleceram que há "uma velocidade de neutrinos coerente com relação à velocidade da luz".
Em fevereiro passado, alguns físicos que tinham estudado o experimento Opera aventaram a hipótese de que seus resultados estivessem equivocados devido a uma má conexão entre um GPS e um computador que era usado para a medição.
Na ocasião, o CERN emitiu um comunicado, dando a entender que os neutrinos não superaram a velocidade da luz (300.000 km/seg). "Começamos a presumir que os resultados da Opera se deviam a um erro de medição", avaliou o diretor de pesquisas do Centro Europeu, Sergio Bertolucci.
As verificações efetuadas pela equipe da Opera confirmaram este defeito na conexão, que reduzia o tempo do percurso dos neutrinos em 74 nanossegundos com relação à realidade.
Além disso, o relógio de alta precisão usado por Opera também estava sutilmente desajustado e acrescentou 15 nanossegundos ao tempo de trajeto, explicaram os membros da Opera em Kyoto.
Uma vez corrigidos estes dois erros, os neutrinos medidos entre o CERN e Gran Sasso exibiam efetivamente uma velocidade "coerente" com a teoria de Einstein.
Em março, o físico italiano coordenador da experiência Opera, Antonio Ereditato, se demitiu. O jornal italiano Corriere della Sera, em seu site na internet, o apelidou de "físico do fracasso". Fonte: Yahoo Notícias

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A invasão das bicicletas elétricas


A China é uma nação famosa por investir em bicicletas como meio de transporte de massa. Além das tradicionais bikes, os modelos movidos a energia elétrica e scooters estão tomando o mercado com toda a força. 
Segundo estimativa da Pike Research, as vendas de bicicletas elétricas alcançarão em 2018 o número de 47 milhões de unidades no continente asiático, sendo 42 milhões só na China. A previsão para veículos elétricos de duas rodas em geral é ainda mais animadora, com a possibilidade de entrada de 45 milhões de unidades no próximo ano e 65 milhões em 2018 em todo o continente.
Os veículos elétricos de duas rodas são mais sustentáveis e econômicos. Os que dependem de combustíveis não-renováveis, como o petróleo, liberam gases que poluem o ar, causam doenças respiratórias e agredirem o meio ambiente.
A bike elétrica está em processo de popularização no Brasil, principalmente nos grandes centros, e pode ser adquirida no 
Greenstore, do Greenvana.
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Greenvana Style – um site que trata de sustentabilidade no dia a dia, sem ser chato nem cair na mesmice. Dá um pulo lá.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Japão desativa último reator nuclear para manutenção


O Japão desativará no sábado o último reator nuclear em atividade para dar prosseguimento às operações de manutenção decididas após a catástrofe de Fukushima, em meio a preocupações crescentes por uma possível carência de energia elétrica a partir do verão.
O único dos 50 reatores do país atualmente em funcionamento, na central de Tomari (Hokkaido, norte), será desligado às 17H00 locais (5H00 de Brasília) e os equipamentos interromperão as atividades nas horas seguintes, segundo a operadora regional Hokkaido Electric Power Co.
A manutenção deve durar 70 dias e depois os reatores serão reativados.
Mas tudo não passa de hipótese, pois nenhum dos reatores desligados para inspeção após o desastre de Fukushima - onde quatro dos seis reatores da central foram danificados pelo terremoto e tsunami de 11 de março de 2011 - voltaram a funcionar até hoje. Fonte: Yahoo notícias.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Chernobyl inicia montagem de novo sarcófago 26 anos depois da tragédia


Vista geral do sarcófago destruído no acidente de Chernobyl

A Ucrânia relembrou nesta quinta-feira os 26 anos da catástrofe de Chernobyl com o lançamento oficial da montagem de um novo sarcófago sobre o reator de número 4, cuja explosão em 26 de abril de 1986 provocou o maior acidente nuclear da história.

O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, apertou um botão simbólico, dando início aos trabalhos na antiga usina localizada uma centena de quilômetros ao norte de Kiev, na presença de operários e embaixadores de países que ajudaram no projeto, com custo de 1,5 bilhão de euros.
"Em nome da Ucrânia, quero expressar meus profundos agradecimentos a todos os países que fizeram doações ao Fundo de Proteção de Chernobyl por sua compreensão e ajuda ao nosso país" para superar o desastre, disse o presidente.
A construção do novo sarcófago, disse, não tem equivalente no mundo.
Estiveram presentes representantes de cerca de 20 países doadores, inclusive Estados Unidos, China e França.
O novo sarcófago, cuja primeira fase foi iniciada no começo do ano, está projetado para reduzir a ameaça de radioatividade no local.
Os restos do reator acidentado foram recobertos com uma camada de concreto, mas esta instalação, construída em caráter de urgência, apresenta fissuras e não pode ser considerada segura. A nova estrutura deverá pesar 20.000 toneladas e chegar a 108 metros de altura.
O acidente, registrado próximo às fronteiras com a Rússia e a Belarus, chegou a contaminar uma parte da Europa, mas seus danos foram mais evidentes nos países que faziam parte do antigo bloco soviético.
Milhares de pessoas foram enviadas sem proteção ao local do desastre para ajudar a combater as chamas e resfriar o reator danificado.
Mais de 25.000 destes chamados "liquidadores", essencialmente russos, ucranianos e bielo-russos, perderam a vida após a catástrofe, segundo estimativas oficiosas.
Uma manifestação de "ex-liquidadores", que participaram dos trabalhos no entorno da usina nuclear, reuniu mil pessoas em Kiev. Eles exigem uma indenização maior. O protesto incluiu ex-trabalhadores que já fizeram previamente uma greve de fome para conseguir uma melhora em suas pensões.
O sarcófago novo será montado em um terreno vizinho ao reator e depois colocado sobre o antigo. A construção está a cargo do consórcio Novarka, formado pelas empresas francesas Bouygues e Vinci, que venceram a licitação organizada para a realização das obras.
Em abril do ano passado, durante conferência internacional celebrada em Kiev, a comunidade internacional arrecadou 55 milhões de euros, por ocasião do 25º aniversário do acidente. O restante foi conseguido com a ajuda do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD).
Segundo números do Ministério da Saúde, 2,4 milhões de ucranianos, inclusive 428.000 crianças, sofrem de problemas de saúde relacionados com o acidente.
O comitê científico da ONU sobre os efeitos da radiação reconhece apenas a morte de 31 operadores e bombeiros ligados diretamente à catástrofe, enquanto a organização ambientalista Greenpeace calcula em 100.000 o número de mortos por causa da contaminação. Fonte: Yahoo Notícias