Swisscom, a histórica empresa telefônica da Suíça, se lançou no desafio dos veículos sem motorista com um carro testado durante dez dias pelas ruas de Zurique, apresentado nesta terça-feira à imprensa.
Desde o início, o grupo suíço explicou que não tinha a intenção de competir com os fabricantes de automóveis. O objetivo deste projeto é coletar dados para entender esta nova forma de mobilidade e compreender suas implicações nas redes de comunicação.
"A Swisscom está interessada na digitalização da economia", afirmou a jornalistas Christian Petit, diretor de clientes corporativos do grupo suíço.
O veículo em questão é um Volkswagen Passat clássico ao qual foram adicionados uma série de sensores, câmeras, radares e um scanner a laser para permitir que o software processe dados em toda a trajetória programada.
O software então se encarrega de detectar simultaneamente outros veículos e pedestres, de analisar os semáforos e lançar os controles de condução, permitindo tirar as mãos do volante.
Este carro auto-dirigido circula nas ruas de Zurique desde 4 de maio para testes que continuarão até esta quinta-feira. Os trechos visitados devem, contudo, ser comunicados às autoridades no dia anterior.
O projeto é realizado em parceria com o laboratório alemão AutoNomos Labs, formado dentro da Universidade Livre de Berlim, que já tinha realizado testes nas ruas da capital alemã.
No final de abril o departamento federal de Meio Ambiente, Transportes, Energia e Comunicação (DETEC) suíço deu permissão à Swisscom para realizar o experimento até o final do ano.
Esta autorização, no entanto, estava sujeita a várias condições, incluindo a necessidade da presença permanente de dois condutores para intervir a qualquer momento.
"Parece surpreendente que um veículo autônomo precise de um piloto e um co-piloto", brincou Tinosch Ganjineh, sócio da AutoNomos.
No entanto, ele ressaltou que a presença de duas pessoas a bordo foi essencial durante as fases de teste: o piloto para supervisionar a estrada e para assumir o volante se necessário.
Já o co-piloto, com um computador no colo, examina os dados tratados enquanto aparece um vídeo da estrada e uma representação do caminho em 3D.
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