O maior acelerador de partículas do mundo bateu um novo recorde mundial nesta quinta-feira enquanto mantém a busca pela matéria fundamental e a exploração das origens do universo, informou a Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (Cern).
Às 00h38 locais desta quinta-feira (19h38 de quarta-feira, hora de Brasília),
o Grande Colisor de Hádrons juntou dois feixes opostos de prótons, cada um com
energia de quatro teraeletronvolts (TeV), anunciou o Cern em um comunicado.
"A energia de colisão de 8 TeV é um novo recorde mundial e aumenta
consideravelmente o potencial de descoberta da máquina", afirmou.
O Grande Colisor de Hádrons compreende um túnel em forma de anel no
subterrâneo de Genebra com 27 km de comprimento a 175 metros de
profundidade.
Feixes de prótons foram acelerados em direções opostas perto da velocidade da
luz.
Ímãs supercondutores "uniram" os feixes de forma que colidissem dentro de
quatro grandes câmaras. Envolvendo as câmaras havia detectores que forneceram
imagens tridimensionais dos rastros das partículas subatômicas liberados com a
destruição dos prótons.
Os rastros foram, então, examinados em busca de movimentos, propriedades ou
novas partículas que pudessem oferecer mais dados para a compreensão da
matéria.
A grande meta de 2012 é determinar a existência ou não do bóson de Higgs, que
segundo uma teoria da matéria denominada Modelo Padrão, explicaria a massa.
O acelerador de partículas esteve operando durante dois anos totalizando uma
energia de colisão de 7 TeV, antes da decisão de aumentá-la para 8 TeV.
"Embora o aumento na energia de colisão seja relativamente modesta, ele
traduz um aumento no potencial da descoberta", destacou o Cern no
comunicado.
Colisões de energia maiores significam que os bósons de Higgs, caso existam,
serão produzidos de forma mais abundante, destacou a organização.
A intensificação das operações do colisor também eleva o potencial de criação
das partículas "supersimétricas", que poderiam explicar porque a matéria visível
só responde por 4% da formação do cosmo. A matéria escura (23%) e a energia
escura (73%) compõem o restante.
O Grande Colisor de Hádrons deve se manter operacional até o final de 2012,
quando será desligado para uma longa manutenção antes de voltar a gerar 13 TeV a
partir de 2014, para então operar na capacidade máxima de 14
TeV. Fonte: Yahoo Notícias
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