quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Nasa lança com êxito sonda para estudar atmosfera de Marte

A sonda foi enviada à órbita de Marte para analisar as camadas de sua atmosfera superior e as interações com o sol e o vento solar que podem ter influenciado a perda de gases, destacou a agência espacial americana.
O lançamento da sonda ocorreu, conforme o previsto, da base da Força Aérea americana, em Cabo Cañaveral, Flórida (sudeste), às 13h28 locais (16h28 de Brasília). A nave, com 2,45 toneladas de peso, é transportada por um foguete Atlas V 401, da empresa United Launch Alliance.
"Tudo parece estar indo bem", informou o centro de controle da Nasa logo após o lançamento perfeito da espaçonave.
A separação entre a sonda e o segundo estágio do foguete Atlas deve acontecer 52 minutos após o lançamento e 15 minutos depois, Maven deverá estender seus painéis solares para recarregar.
Os encarregados da missão fizeram vários testes nos sistemas da sonda para garantir seu funcionamento correto. Em 3 de dezembro farão a primeira das quatro correções previstas para alinhar com precisão a trajetória de Maven rumo ao seu destino final.
Se cumprir o cronograma previsto, a missão da sonda Maven, de US$ 671 milhões, chegará à órbita de Marte em 22 de setembro de 2014, após uma viagem de dez meses. A missão científica começará em novembro do ano que vem.
A data cai dois dias antes da chegada da sonda espacial que a Índia enviou a Marte, a Mars Orbiter, lançada em 5 de novembro passado, embora seus objetivos científicos se sobreponham, explicou David Mitchell, chefe de projeto da Maven.
A sonda indiana irá em busca de metano, que pode provar a existência de algum tipo de vida no passado do planeta, enquanto a americana busca respostas sobre as mudanças climáticas que o planeta vermelho sofreu.
O quebra-cabeça da história de Marte
A missão da sonda Maven é a primeira da Nasa destinada a explorar a atmosfera superior de Marte, ao invés de estudar sua superfície, destacou a agência espacial americana.
"Quando a água líquida fluía em abundância em Marte - como demonstram muitos indícios -, o planeta devia ter uma atmosfera mais densa, que produzia gases de efeito estufa, permitindo que o planeta fosse mais quente", explicou no domingo, durante uma coletiva de imprensa, Bruce Jakosky, da Universidade do Colorado (oeste), chefe científico da missão.
"Queremos compreender o que aconteceu, para onde foi a água e o CO2 que antes formavam uma atmosfera densa", acrescentou.
Por meio de uma análise da dinâmica atual da atmosfera superior de Marte é possível entender as mudanças ao longo do tempo do planeta e seus efeitos, segundo o cientista.
"Temos um conjunto de instrumentos de bordo que realmente tentará encontrar as peças que faltam no quebra-cabeça da história de Marte", disse David Mitchell.
A sonda Maven conta tem oito instrumentos com um total de nove sensores, inclusive um espectrômetro de massa para determinar as estruturas moleculares dos gases atmosféricos e um sensor SWEA (Solar Wind Electron Analyzer), desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas de Astrofísica e Planetologia (IRAP) de Toulouse (França), que analisará o vento solar na magnetosfera de Marte.
Depois de sua inserção orbital e cinco semanas de calibragem dos instrumentos, a sonda entrará em uma órbita elíptica de quatro horas e meia, o que permitirá a ela fazer observações em todas as latitudes de todas as camadas da atmosfera superior do planeta, com altitude variável de 150 km a mais de 6.000 km.
Maven é a segunda missão do programa americano Scout, que consiste em pequenas missões menos onerosas, dedicadas a explorar Marte antes de uma missão tripulada prevista para 2030, segundo planos da Nasa. fonte: yahoo notícias

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