As discussões entre os especialistas das grandes potências e o Irã para a aplicação do acordo de Genebra sobre o programa nuclear iraniano, concluído em 24 de novembro, foram retomadas nesta quinta-feira à tarde, de acordo com fontes iranianas.
As conversações técnicas devem terminar na sexta-feira, de acordo com o porta-voz da chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton.
Não haverá comunicado à imprensa, e cada participante deverá prestar contas as suas respectivas capitais.
As negociações "longas e detalhadas" entre as potências do grupo "5+1" (Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha) e o Irã tiveram início no dia 9 de dezembro em Viena.
Inicialmente previstas para durar dois dias, elas se estenderam por quatro, mas foram interrompidas na noite de 12 para 13 de dezembro. Os negociadores iranianos voltaram a Teerã para "consultas".
Os Estados Unidos haviam anunciado em 12 de dezembro a inclusão de dez indivíduos e empresas em sua lista negra. Eles eram suspeitos de burlar o programa de sanções internacionais contra o Irã. Essa medida acabou provocando o retorno prematuro dos especialistas iranianos.
Durante uma grande ofensiva diplomática concluída no dia 24 de novembro em Genebra, os "5+1" e o Irã concluíram um acordo estabelecendo que não haverá novas sanções contra a República Islâmica por um período de seis meses durante o qual o governo iraniano aceitou suspender o enriquecimento de urânio.
Citado pela rádio-televisão iraniana, o vice-ministro das Relações Exteriores Abbas Araqchi afirmou na quarta que Teerã estava pronto para retomar as discussões após receber de Ashton "a garantia de que as potências mundiais, particularmente os Estados Unidos, dariam continuidade às conversas com uma boa vontade".
Nesta quinta, "as duas partes vão decidir claramente como aplicar o acordo de Genebra, formular seus procedimentos e definir a data de execução da primeira parte" do programa, explicou Araqchi.
Já o presidente israelense, Shimon Peres, apelou nesta quinta-feira à China e a outras grandes potências para que mantenham a pressão sobre o Irã.
"O mundo, no qual a China tem um importante papel, deve ajudar o povo iraniano a se distanciar das estratégias de ameaça e hostilidade, para impedir (o Irã) de adquirir capacidades nucleares", declarou em Jerusalém após um encontro com o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi. Fonte: yahoo notícias
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