As reações químicas ocorrem constantemente no ambiente, nas fábricas, nos veículos e em nosso corpo. Em uma reação química, um ou mais tipos de matéria se transformam em um novo tipo — ou em vários novos tipos — de matéria. Acima, mostram-se algumas reações comuns. A vida tal como a conhecemos não existiria sem esses processos: as plantas não poderiam realizar a fotossíntese, os automóveis não se moveriam, os músculos não teriam força, a cola não grudaria e o fogo não poderia arder.
Química, estudo da composição, estrutura e propriedades das substâncias materiais, de suas interações e dos efeitos produzidos sobre elas, ao se acrescentar ou extrair energia em qualquer de suas formas.Desde os tempos primitivos, os seres humanos observaram a transformação das substâncias (a carne cozinhando, a madeira queimando, o gelo derretendo) e especularam sobre as causas dessa transformação.
Os primeiros processos químicos conhecidos foram feitos pelos artesãos da Mesopotâmia, do Egito e da China. A princípio, trabalhavam com metais como o ouro e o cobre, às vezes encontrado em estado puro na natureza; mas rapidamente aprenderam a esquentar os minérios com madeira ou carvão de lenha para obter os metais.
A maioria dos artesãos trabalhava nos mosteiros e palácios, fazendo artigos de luxo. Nos mosteiros, especialmente, os monges tinham tempo para especular sobre a origem das mudanças que viam. Suas teorias se baseavam freqüentemente na magia, mas também elaboraram idéias astronômicas, matemáticas e cosmológicas, que utilizavam em suas tentativas de explicar algumas mudanças que hoje são consideradas químicas.
Na Grécia, desde os tempos de Tales de Mileto, cerca de 600 anos a.C., os filósofos começaram a fazer especulações lógicas sobre o mundo físico, em vez de confiar nos mitos para explicar os fenômenos. Tales acreditava que toda a matéria procedia da água, que podia solidificar-se para formar a terra ou evaporar-se para formar o ar. Seus sucessores ampliaram essa teoria na idéia de que o mundo era composto por quatro elementos: terra, água, ar e fogo. Aristóteles acreditava que a cada um desses elementos correspondiam quatro qualidades: calor, frio, umidade e secura; e que a combinação de elementos e qualidades em diferentes proporções resultava nos componentes do planeta. Portanto, mudando-se as proporções, podia-se transformar um elemento em outro, bem como as substâncias materiais formadas por eles, por exemplo, o chumbo em ouro. Tais idéias resultaram na alquimia que dominou boa parte da Idade Média.
Ao final do século XVIII, Lavoisier demonstrou, com uma série de experiências brilhantes, que o ar continha cerca de 20% de oxigênio e que a combustão devia-se à combinação deste elemento com uma substância combustível. Definiu os elementos como substâncias que não podem ser decompostas por meios químicos, preparando o caminho para a aceitação da lei de conservação da massa. Isto abriu o caminho da química moderna. Um passo importante foi, em 1803, a teoria atômica química do cientista inglês John Dalton, que atribuiu arbitrariamente ao hidrogênio a massa atômica 1 e logo calculou a massa atômica relativa dos elementos até então conhecidos. Em 1811, o físico italiano Amedeo Avogadro sugeriu que, a uma temperatura e pressão dadas, o número de partículas em volumes iguais de gases era o mesmo e introduziu a distinção entre átomos e moléculas.
Os estudos dos espectros de emissão e absorção dos elementos e compostos começaram a adquirir importância, tanto para os químicos como para os físicos, culminando no desenvolvimento do campo da espectroscopia. Além disso, iniciou-se a pesquisa básica sobre os colóides e a fotoquímica. Ao final do século XIX, todos os estudos deste tipo foram englobados em um campo conhecido como físico-química. Nesta época ainda, chegou-se à descoberta da radioatividade. Os métodos químicos foram utilizados para isolar novos elementos, como o rádio, para separar novos tipos de substâncias, conhecidas como isótopos, e para sintetizar e isolar os novos elementos transurânicos.
]A química tem exercido uma enorme influência sobre a vida humana: desenvolvem-se técnicas para sintetizar, com grande economia, substâncias novas; criam-se novos plásticos e tecidos e ainda fármacos para todo o tipo de doenças. Ao mesmo tempo, teve início a união de ciências que antes estavam totalmente separadas. A criação de disciplinas intercientíficas, como a geoquímica ou a bioquímica, estimulou todas as ciências originais.
Fonte: Enciclopédia encarta
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