sábado, 7 de janeiro de 2012

Química no Brasil


Química no Brasil, atividade cujo marco inicial no país foi a criação, por decreto do rei dom João VI, em 6 de julho de 1810, da cadeira de Química na Real Academia Militar, ocupada inicialmente pelo professor João da Silveira Caldeira (1800-1854). Logo depois, dom João VI, pelo decreto de 25 de janeiro de 1812, criou o Laboratório Químico-Prático, no Rio de Janeiro, atendendo proposta do conde das Galveias, ministro e secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos. Esse laboratório teve vida efêmera. Em 15 de dezembro de 1824, o imperador dom Pedro I determinou a criação de um laboratório de química no Museu Nacional, aceitando sugestão de João da Silveira Caldeira, então diretor do museu. Esse laboratório foi da maior importância para a divulgação da química no país. Apesar de ter sido destinado, inicialmente, às análises químicas de minerais, realizou muito mais. Um dos trabalhos mais notáveis foi o do farmacêutico alemão Theodoro Peckolt (1822-1912), que realizou pesquisas fotoquímicas da flora brasileira. Em 113 anos de existência, o Laboratório de Química do Museu Nacional formou quadros especializados e deu origem a outros laboratórios no país.
 Apesar de o ensino médico ter se instalado no Brasil em 1808, só muito mais tarde, na segunda metade do século XIX, o estudo regular de Química passou a fazer parte do currículo das faculdades de Medicina.
 A modernização do ensino de Química ocorreu quando, em 1875, por iniciativa do visconde do Rio Branco, criou-se a Escola Central, sucessora da Academia Militar, e decidiu-se criar um curso de Química, com instrução prática. Pouco depois fundou-se também a Escola de Minas de Ouro Preto, que também contribuiu para a modernização do ensino de Química.
 As necessidades impostas pela Primeira Guerra Mundial alteraram a fisionomia do país e mostraram a importância da química para a indústria e para a defesa das nações. Desde então, impunha-se a criação do ensino técnico profissional e do ensino científico orientado para a pesquisa original. Foi o químico Mário Saraiva (1885-1950) quem idealizou, organizou e dirigiu durante 20 anos, o Instituto de Química criado em 13 de março de 1918. Em fins de 1919, o Congresso Nacional propôs a criação de cursos de Química Industrial em diversas capitais do país. Em 1933, foi criada a Escola Nacional de Química, que, em 1937, incorporou-se à Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Todavia, a pesquisa em química só surgiu depois da criação das faculdades de ciência pura como as faculdades de Filosofia, Ciências e Letras, em 25 de janeiro de 1934, em São Paulo, e no Rio de Janeiro, em 4 de abril de 1939.
Fonte Internet

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