Química
no Brasil, atividade cujo
marco inicial no país foi a criação, por decreto do rei dom João VI, em 6 de julho de 18 10,
da cadeira de Química na Real Academia Militar, ocupada inicialmente pelo
professor João da Silveira Caldeira (1800-1854). Logo depois, dom João VI, pelo
decreto de 25 de
janeiro de 18 12, criou o Laboratório Químico-Prático, no Rio de
Janeiro, atendendo proposta do conde das Galveias, ministro e secretário de
Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos. Esse laboratório teve
vida efêmera. Em 15
de dezembro de 18 24, o imperador dom Pedro I determinou a criação
de um laboratório de química no Museu Nacional, aceitando sugestão de João da
Silveira Caldeira, então diretor do museu. Esse laboratório foi da maior
importância para a divulgação da química no país. Apesar de ter sido destinado,
inicialmente, às análises químicas de minerais, realizou muito mais. Um dos
trabalhos mais notáveis foi o do farmacêutico alemão Theodoro Peckolt
(1822-1912), que realizou pesquisas fotoquímicas da flora brasileira. Em 113
anos de existência, o Laboratório de Química do Museu Nacional formou quadros
especializados e deu origem a outros laboratórios no país.
Apesar de o ensino médico ter se instalado
no Brasil em 1808, só muito mais tarde, na segunda metade do século XIX, o
estudo regular de Química passou a fazer parte do currículo das faculdades de
Medicina.
A modernização do ensino de Química ocorreu
quando, em 1875, por iniciativa do visconde do Rio Branco, criou-se a Escola
Central, sucessora da Academia Militar, e decidiu-se criar um curso de Química,
com instrução prática. Pouco depois fundou-se também a Escola de Minas de Ouro
Preto, que também contribuiu para a modernização do ensino de Química.
As necessidades impostas pela Primeira
Guerra Mundial alteraram a fisionomia do país e mostraram a importância da
química para a indústria e para a defesa das nações. Desde então, impunha-se a
criação do ensino técnico profissional e do ensino científico orientado para a
pesquisa original. Foi o químico Mário Saraiva (1885-1950) quem idealizou,
organizou e dirigiu durante 20 anos, o Instituto de Química criado em 13 de março de 19 18.
Em fins de 1919, o Congresso Nacional propôs a criação de cursos de Química
Industrial em diversas capitais do país. Em 1933, foi criada a Escola Nacional
de Química, que, em 1937, incorporou-se à Universidade do Brasil, atual
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Todavia, a pesquisa em química
só surgiu depois da criação das faculdades de ciência pura como as faculdades
de Filosofia, Ciências e Letras, em 25 de janeiro de 19 34, em São Paulo , e no Rio de
Janeiro, em 4 de abril de 1939.
Fonte Internet
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